Penso
como será o mundo nos próximos anos, lembro-me quando criança e
enquanto criança que queria ser como meu pai, olhava-o de barba,
forte, voz grave, imponente dentro de minha casa, onde todos o
respeitava, onde sua palavra, apenas sua palavra já bastava. Não
era um ambiente opressivo, muito pelo contrário, lembro-me dele como
um ambiente repleto de amor, respeito, união.
Fomos
criados na liberdade plena, e nesta mesma liberdade nenhum de nós,
ou seja, meus irmãos e eu, nos aventuramos na vida do crime, devo
frisar que nunca fomos ricos, e eu como o mais novo ainda desfrutei
de luxos aos quais meus irmãos não tiveram, se há algo que não
tive na minha infância e que poderia ter tido mais, talvez tenha
sido apenas mais repreensão, porque amor tive de sobra, de todos.
Posso
falar por mim usando meus irmãos como espelho, cada qual com suas
limitações e defeitos, assim como eu, posso falar de meus pais,
perfeitos em suas imperfeições (ambos vivos graças a Deus) que
mesmo na ignorância de seu saber, foram e são sábios, não possuem
diplomas nem de primeiro grau, e são verdadeiros engenheiros,
doutores, físicos, matemáticos, melhor dizendo não há palavras
para expressar o que são, o que foram e mesmo depois de terem ido um
dia, o que serão, porque ainda espelham doçura nas gerações que
estão chegando, seus netos, bisnetos e quem sabe com a glória do
Senhor possam a ver seus tataranetos.
Mais
não foi para falar da grandeza de meus pais que escrevo este e sim,
para dizer no que vejo se transformar nossa sociedade geração a
geração.
Minha
geração tinha suas rebeldias, assim como as anteriores, e assim
como as vindouras, mais nossa rebeldia resumia-se a sexo, drogas e
rock in roll, pois prezávamos o trabalho, ao menos não lembro-me de
ouvir meus amigos lamuriando-se por serem e virem de onde vieram,
mais sim, lembro-me deles falando em trabalhar e conquistar, e vejo
muitos que eram até menos favorecidos do que eu fui, vitoriosos,
vencedores e em condições anos luz melhores que a minha que tive
mais oportunidades, porém despejei em copos e garrafas ou drogas e
orgias, mais isso é para outro tema, o que pretendo aqui é falar do
futuro de nossas gerações, como leigo, como um observador sem
títulos nem diplomas, apenas como um observador que pude ver a
involução, a decadência, o abstratismo que nossa sociedade vem
definhando.
Com
pavor ainda posso frisar que exemplo terá por exemplo e o que advirá
destes que tiverem a infelicidade de serem ainda adotados por GAYS,
pois, eu que venho de uma família normal e feliz, tive erros
medonhos comigo mesmo, vivi um mundo fantasioso e embriagado,
deturpado e entorpecido, pelo que cria e praticava, embora ainda sem
ter falado, venho de pais cristãos praticantes e sinceros na
palavra, porém não obtiveram o êxito invejável que assisto em
outras famílias cujos membros todos são abraçados a cruz de
Cristo.
Vejo
com horror, nossos jovens perdendo valores, valores que talvez tenha
ajudado a destruir semeando lá nos idos de 80/90 ideias e ideais
profanos, quando discutíamos em bares e madrugadas sobre Marx, ou a
liberdade de cada um, querendo a legalização de drogas, pregando
que cada um era livre para praticar o sexo que desejasse, que a
bíblia era uma mentira entre tantas outras barbáries que se faz
enquanto soldados de satanás.
Hoje
assisto com terror um número cada vez maior de gays pelas ruas como
se isso fosse normal, vejo jovens dispostos a lutarem pela
legalização das drogas, vejo desfiles ou passeatas gays pela TV,
sendo aplaudidas e promovidas por autoridades políticas, artistas,
intelectuais, com microfones e discursos que aliciam e deturpam as
mentes de nossos jovens, colocando o bizarro como bonito. Incrédulo
fico, estarrecido quando vejo jovens ainda se perdendo em drogas, e
drogas cada vez mais devastadoras chegando ao mercado, nesta enorme
feira de perdição.
A
família hoje se desestruturou, pais e mães convertem-se as novelas,
seriados, a igreja embora cheias, muitas delas encontram-se vazias no
leilão dos milagres, enquanto nós caminhamos para um mundo amoral,
imoral na decadência de Sodoma.
O
que antes era exceção hoje é regra, mais para regra jamais poderia
haver exceção e foi por estas exceções que se corromperam as
regras.
O
politicamente correto é a ditadura do futuro, pois castra e silencia
tudo que é correto, porque o correto vai em colisão ao que
desejamos e nem tudo que desejamos é correto, logo, para driblar o
bom senso a tradição e a moralidade, criamos o politicamente
correto, que diz, você é livre para fazer o que quiser, meu corpo
minhas regras, pergunto, há algo mais medonho, covarde, vil que a
legalização do aborto?
O
criminoso o é por culpa da sociedade é o que dizem, mais uma
mentira do diabo, mais um motivo para que justifiquem a barbárie em
nome da falsidade e da mentira, pois somos exatamente aquilo que
queremos ser, independente de termos uma família perfeita ou não,
pois conheço inúmeros casos de famílias desestruturadas onde
saíram filhos prodigiosos e invejáveis na sociedade.
Este
mal que vivemos, tem um nome, este mal não é fruto de algo semeado
hoje, é algo semeado a anos atrás, décadas atrás, que vem ano a
ano rendendo seus frutos.
Se
não cuidarmos da família hoje, mesmo porque a família de ontem jaz
a tempos e para resgatá-la requererá muita luta quando, todos os
meios justificam os fins para destruí-la, necessitaremos de muita
união e oração além de uma igreja forte e disposta a ir em busca
de seus valores e não de seu enchimento vazio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário