segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

LIVRO 1


E ENTÃO DEUS CRIOU OS CÉUS E A TERRA.

WWW.MEUSENHORMEUREI.BLOGSPOT.COM.BR



CAPITULO 1
                                             


No começo Deus criou os céus,( Genesis 1-1) e a terra.
A terra era um vazio, sem nenhum ser vivente, e estava coberta por um mar profundo. A escuridão cobria o mar, e o Espírito de Deus se movia por cima da água.(Genesis 1-2) É sabido pela ciência hoje que o universo continua em expansão à estonteantes velocidades ( nova medida para a constante de Hubble é 74,3 mais ou menos 2,1 quilômetros por segundo por megaparsec (1 megaparsec equivale a 3,26 milhões de anos-luz). Antes, o valor era de 72 quilômetros por segundo por megaparsec.) Se no principio era o caos e da Palavra se iniciou o processo de criação, Deus disse haja Luz( Genesis 1:3) e uma provável explosão liberou energia que até os dias atuais vai criando, vai expandindo, gerando Luz no caos, criando planetas e sóis. E a luz começou a existir.(Genesis 1:3)
E Deus viu que a Luz era boa e a separou da escuridão.(Genesis 1:4E a Luz, Deus chamou dia, e a Escuridão Deus chamou noite, e a noite passou e veio a manhã, este foi o primeiro dia.(Genesis 1:5)



3 No princípio, no primeiro dia, no domingo santo, o primogênito de todos os dias, Deus criou o céu e a terra, a água, o ar e a Luz, isto é, os Anjos e os Arcanjos, os Tronos, os Príncipes, as Dominações e as Potestades, os Querubins e Serafins, as ordenações e coortes dos Espíritos, e além disso, as trevas, a luz, a noite, o dia, os ventos e as tempestades. Tudo isso foi criado no primeiro dia.
       4 Naquele domingo, pairou sobre as águas o Espírito Santo, uma das Pessoas da Unidade Trina. E em virtude do seu flutuar sobre a superfície da água, esta foi abençoada, de modo a tornar-se geradora. Toda a natureza da água ficou cálida e fervente, e assim foi composto o fermento da Criação.
5 Assim como uma ave transmite o calor às suas crias estendendo sobre elas as suas asas protetoras, de sorte que o calor que elas emanam sobre os ovos possa formar os filhotes assim também, pela força do Espírito Santo, o fermento da Criação foi unido à água, no momento em que Ele, o Parácleto, pairou sobre ela. (Livro Caverna dos Tesouros 1:3-5 )
EPÍGRAFO DE GÊNESIS.
A HISTÓRIA DO UNIVERSO
LIVRO DE MELQUISEDEQUE.
Capitulo I
Antes que existisse uma estrela a brilhar, antes que houvesse anjos a cantar, já havia um céu, o lar do Eterno, o único YHWH (YAOHUH). Perfeito em sabedoria, amor e glória, viveu o Eterno uma eternidade, antes de concretizar o Seu lindo sonho, na criação do Universo. Os incontáveis seres que compõem a criação foram, todos, idealizados com muito carinho. Desde o íntimo átomo às gigantescas galáxias, tudo mereceu Sua suprema atenção. Amante da música, YHWH (YAOHUH) idealizou o Universo como uma grande orquestra que, sob Sua regência, deveria vibrar acordes harmoniosos de justiça e paz { Levando em consideração a época em que foi escrito esses manuscritos é impressionante sabermos que o universo produz um som como uma verdadeira orquestra.[ Neste endereço poderá ouvir os sons do universo captado pela N.A.S.A  (https://www.youtube.com/watch?v=aJVAE_0RDsI)  Neste outro ouviremos o som do cometa pouco antes do pouso da sonda sobre o cometa.(https://www.youtube.com/watch?v=TOihMf92VaI).]} . Para cada criatura Ele compôs uma canção de amor. O Eterno estava muito feliz, pois os Seus sonhos estavam para se realizar. Movendo-Se com majestade, iniciou Sua obra de criação. Suas mãos moldaram primeiramente um mundo de luz, e sobre ele uma montanha fulgurante sobre a qual estaria para sempre firmado o trono do Universo. Ao monte sagrado YHWH (YAOHUH) denominou: Sião. Da base do trono, o Eterno fez jorrar um rio cristalino, para representar a vida que d'Ele fluiria para todas as criaturas. Como sala do trono, criou um lindo paraíso que se estendia por centenas de quilômetros ao redor do monte Sião. Ao paraíso denominou: Éden. Ao sul do paraíso, em ambas as margens do rio da vida, foram edificadas numerosas mansões adornadas de pedras preciosas, que se destinavam aos anjos, os ministros do reino da luz. Circundando o Éden e as mansões angelicais, construiu YHWH (YAOHUH) uma muralha de jaspe luzente, ao longo da qual podiam ser vistos grandes portais de pérolas. Com alegria, o Eterno contemplou a Capital sonhada. A cidade em seu esplendor era como uma noiva adornada, pronta para receber seu esposo. Carinhosamente, o grande Arquiteto a denominou: Jerusalém, a Cidade da Paz. YHWH (YAOHUH) estava para trazer à existência a primeira criatura racional. Seria um anjo glorioso, de todos o mais honrado. Adornado pelo brilho das pedras preciosas, esse anjo viveria sobre o monte Sião, como representante do Rei dos reis diante do Universo. Com muito amor, o Criador passou a modelar o primogênito dos anjos. Toda sabedoria aplicou ao formá-lo, fazendo-o perfeito. Com ternura concedeu-lhe a vida; o formoso anjo, como que despertando de um profundo sono, abriu os olhos e contemplou a face de seu Autor. Com alegria, o Eterno mostrou-lhe as belezas do paraíso, falando-lhe de Seus planos, que começavam a se concretizar. Ao ser conduzido ao lugar de sua morada, junto ao trono, o príncipe dos anjos ficou agradecido e, com voz melodiosa, entoou seu primeiro cântico de louvor. Das alturas de Sião, descortinava-se, aos olhos do formoso anjo, Jerusalém em sua vastidão e esplendor. O rio da vida, ao deslizar sereno em meio à Cidade, assemelhava-se a uma larga avenida, espelhando as belezas do jardim do Éden e das mansões angelicais. Envolvendo o primogênito dos anjos com Seu manto de luz, o Eterno passou a falar-lhe dos princípios que haveriam de reger o reino universal. Leis físicas e morais deveriam ser respeitadas em toda a extensão do governo divino. As leis morais resumiam-se em dois princípios básicos: amar a YHWH (YAOHUH) sobre todas as coisas e ao próximo como a Si mesmo. Cada criatura racional deveria ser um canal por meio do qual o Eterno pudesse jorrar aos outros vida e luz. Dessa forma, o Universo cresceria em harmonia, felicidade e paz. No reino de YHWH (YAOHUH), as leis não seriam impostas com tirania; Os súditos seriam livres. A obediência deveria surgir espontânea, num gesto de reconhecimento e gratidão. Nesse reino de liberdade, a desobediência também seria possível. O resultado de tal comportamento seria o esvaziamento das forcas vitais. Depois de revelar ao formoso anjo as leis de Seu governo, o Eterno confiou-lhe uma missão de grande responsabilidade: seria o protetor daquelas leis, devendo honrá-las e revelá-las ao Universo prestes a ser criado. Com o coração transbordante de amor a YHWH (YAOHUH) e aos semelhantes, caber-lhe-ia ser um modelo de perfeição: seria Lúcifer, o portador da luz. O príncipe dos anjos; agradecido por tudo, prostrou-se ante o amoroso Rei, prometendo-Lhe eterna fidelidade. O Eterno continuou Sua obra de criação, trazendo à existência inumeráveis hostes de anjos, os ministros do reino da luz. A Cidade Santa ficou povoada por essas criaturas radiantes que, felizes e gratas, uniam as vozes em belíssimos cânticos de louvor ao Criador. YHWH (YAOHUH) traria agora à existência o Universo que, repleto de vida, giraria em torno de Seu trono firmado em Sião. Acompanhado por Seus ministros, partiu para a grandiosa realização. Depois de contemplar o vazio imenso, o Eterno ergueu as poderosas mãos, ordenando a materialização das multiformes maravilhas que haveriam de compor o Cosmo. Sua ordem, qual trovão, ecoou por todas as partes, fazendo surgir, como que por encanto, galáxias sem conta, repletas de mundos e sóis - paraísos de vida e alegria -, tudo girando harmoniosamente em torno do monte Sião. Ao presenciarem tão grande feito do supremo Rei, as hostes angelicais prostraram-se, fazendo ecoar pelo espaço iluminado um cântico de triunfo, em saudação à vida. Todo o Universo uniu-se nesse cântico de gratidão, em promessa de eterna fidelidade ao Criador. Guiados pelo Eterno, os anjos passaram a conhecer as riquezas do Universo. Nessa excursão sideral, ficaram admirados ante a vastidão do reino da luz. Por todas as partes encontravam mundos habitados por criaturas felizes que os recebiam em festa. Os anjos saudavam-nos com cânticos que falavam das boas novas daquele reino de paz. Tão preciosa como a vida, a liberdade de escolha, através da qual as criaturas poderiam demonstrar seu amor ao Criador, exigia um teste de fidelidade. Com o propósito de revelá-lo, o Eterno conduziu as hostes por entre o espaço iluminado, até se aproximarem de um abismo de trevas que contrastava com o imenso brilho das galáxias. Ao longe, esse abismo revelara-se insignificante aos olhos dos anjos, como um pontinho sem luz; mas à medida de sua aproximação, mostrou-se em sua enormidade. O Criador, que a cada passo revelava aos anjos os mistérios de Seu reino, ficou ali silencioso, como que guardando para Si um segredo. As trevas daquele abismo consistiam no teste da fidelidade. Voltando-Se para as hostes, o Eterno solenemente afirmou: -"Todos os tesouros da luz estarão abertos ao vosso conhecimento, menos os segredos ocultos pelas trevas. Sois livres para me servirem ou não. Amando a luz estareis ligados à Fonte da Vida". Com estas palavras, fez YHWH (YAOHUH) separação entre a luz e as trevas, o bem e o mal. O Universo era livre para escolher seu destino.


CAPITULO 2

           
           
            Então o universo está se criando, à partir da sua primeira explosão de criação, Deus cria a matéria, todos os elementos químicos, as leis da física, matemática, são concebidos neste primeiro momento. Os seres celestiais, já é uma realidade em Seu plano de criação, já não há mais caos. Por ser atemporal, Deus e os seres celestiais, este primeiro dia dentro da eternidade, para nossa mortalidade é como uma eternidade, e como visto antes, antes da criação o Eterno já havia vivido uma eternidade, logo consideremos ao menos um néon como base para os dias da criação, falemos de mais ou menos um milhão ou um bilhão de anos da forma que conhecemos o tempo e a temporária existência a nós conhecida. No universo físico a qual conhecemos, existem bilhões ou trilhões de estrelas, que continua sua expansão, em velocidades inimagináveis, para qualquer lugar que se aponte o telescópio, ou qualquer outro meio de observação. E ao contrário do que é Deus, o universo tem um inicio, e se ele continua a se expandir, quer dizer que continua a levar o abismo para mais longe, isso não quer dizer que o abismo irá deixar de existir, e sim, que estará para todo sempre cada vez mais distante da Luz.
 Então disse Deus. Que haja no meio da água uma divisão para separá-la em duas partes!(Genesis 1:6) E assim aconteceu. Deus fez uma divisão que separou a água em duas partes: uma parte ficou do lado de baixo da divisão, e outra parte ficou do lado de cima da divisão. (Genesis 1:7) Nessa divisão Deus pôs o nome de “céu”. (Genesis 1:8)
A noite passou e veio a manhã. Esse foi o segundo dia. (Genesis 1:8)
6 No segundo dia, Deus criou o céu inferior, e chamou o de firmamento. Isso revela que este não tem a mesma natureza do céu superior, e que a sua aparência difere da do céu acima dele, isto é, do céu superior, de fogo. Aquele segundo céu é feito de luz, e este que se encontra abaixo dele é composto de substância concreta; chama-se firmamento porque possui uma natureza espessa, aquosa.
7 E Deus, no segundo dia separou as águas das águas isto é, as águas superiores das águas inferiores. E no segundo dia, elas levantaram-se para o alto do céu como uma densa massa de névoa; subiu e localizou-se acima do firmamento, no espaço. Mas não se movia nem se derramava para lado algum. (Livro Caverna dos Tesouros 1:6-7)
¶ E disse Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca; e assim foi.
E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares; e viu Deus que era bom. 
(Gênesis 1:9-10)
            Neste dia Deus dá forma a terra, pois antes ela era disforme e vazia e aguardava nas sombras do abismo, (E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.)(Gênesis 1:2)
A História do Universo Capitulo II
O tão acalentado sonho do Criador se concretizara. Agora, como Pai carinhoso, conduzia as criaturas através de uma eternidade de harmonia e paz. Em virtude do cumprimento das leis divinas, o Universo expandia-se em felicidade e glória. Havia um forte elo de amor, que a todos unia fortemente. Os seres racionais, dotados da capacidade de um desenvolvimento infinito, encontravam indizível prazer em aprender os inesgotáveis tesouros da Sabedoria divina, transmitindo-os aos semelhantes. Eram como canais por meio dos quais a Fonte da Eterna Vida nutria a todos de amor e luz. Em Jerusalém, os ministros do reino reuniam-se ante o soberano Rei, sempre prontos a cumprir os Seus propósitos. Era através de Lúcifer que o Eterno tornava manifesto os Seus desígnios. Depois de receber uma nova revelação, ele prontamente a transmitia às hostes angelicais. Estas, por sua vez, a compartilhavam com a criação. Em célere vôo os anjos rumavam para os planetas capitais, onde, em grandes assembléias, reuniam-se os representantes dos demais mundos. Em muitas dessas assembléias, Lúcifer fazia-se presente, enchendo os participantes de alegria e admiração. Perfeito em todas as virtudes, ele os cativava com sua simpatia. Nenhum outro anjo conseguia revelar como ele os mistérios do amor do Eterno. O Universo, alimentando-se da Fonte da Vida, expandia-se numa eternidade de perfeita paz. A obediência às leis divinas era o fundamento de todo progresso e felicidade. Ainda que conscientes do livre-arbítrio, jamais subira ao coração de qualquer criatura o desejo de se afastar do Criador. Assim foi por muito tempo, até que tal problema irrompeu na vida daquele que era o mais íntimo do Eterno. Lúcifer, que dedicara sua vida ao conhecimento dos mistérios da luz, sentiu-se aos poucos atraído pelas trevas. O Rei do Universo, aos olhos de quem nada pode ser encoberto, acompanhou com tristeza os seus passos no caminho descendente que leva à morte. A princípio, uma pequena curiosidade levou Lúcifer a se aproximar daquele abismo profundo. Contemplando-o, ele começou a indagar o porquê de não poder compreender o seu enigma. Retornando a seu lugar de honra, junto ao trono, prostrou-se ante o divino Rei, suplicando-Lhe: - Pai, dá-me a conhecer os segredos das trevas, assim como me revelas a luz. Ante o pedido do formoso anjo, o Eterno, com voz expressiva de tristeza, disse-lhe: - Meu filho, você foi criado para a luz, que é vida. Convencendo-se de que o Criador não lhe revelaria os tesouros das trevas, Lúcifer decidiu compreender por si mesmo o enigma. Julgava-se capacitado para tanto. Com esta triste decisão, o príncipe dos anjos permitiu que surgisse em seu coração uma mancha de pecado que poderia trazer uma catástrofe para o Universo. Só YHWH (YAOHUH) sabia o que se passava no coração de Lúcifer. O anjo, que fora criado para ser o portador da luz, estava divorciando-se em pensamentos do bondoso Criador que, num esforço de impedir o desastre, rogava-lhe permanecer a Seu lado. Uma tremenda luta passou a travar-se em seu íntimo. O desejo de conhecer o sentido das trevas era imenso, contudo, os rogos daquele amoroso Pai, a quem não queria também perder, o torturavam. Vendo o sofrimento que sua atitude causava ao Criador, às vezes demonstrava arrependimento, mas voltava a cair. Antes de criar o Universo, YHWH (YAOHUH) já previra a possibilidade de uma rebelião. O risco de conceder liberdade às criaturas era imenso, mas, sem este dom, a vida não teria sentido. O Eterno não queria reinar sobre robôs, programados para fazerem somente a Sua vontade. Ele queria que a obediência fosse fruto de reconhecimento e amor, por isso decidiu correr o grande risco. Ainda que prosseguisse na busca do sentido das trevas, Lúcifer não pretendia abandonar a luz. Esforçava-se para chegar a uma combinação entre essas partes que, no reino do Eterno, coexistiam separadas. Finalmente, com um sentimento de exaltação, concebeu uma teoria enganosa, que pretendia apresentar ao Universo como um novo sistema de governo, superior ao governar do Eterno. Denominou sua teoria de "a ciência do bem e do mal". Estruturada na lógica, a ciência do bem e do mal se revelou atraente aos olhos de Lúcifer, parecendo descerrar um sentido de vida superior àquele oferecido pelo Criador, cujo reino possibilitava unicamente o conhecimento experimental do bem. No novo sistema, haveria equilíbrio entre o bem e o mal, entre o amor e o egoísmo, entre a luz e as trevas. Ao longo do tempo em que amadurecera em sua mente a ciência do bem e do mal, Lúcifer soube guardar segredo diante do Universo. Continuava em seu posto de honra, cumprindo a função de Portador da Luz. Contudo, por mais que procurasse fingir, seu semblante já não revelava alegria em servir ao Eterno. O divino Rei, que sofria em silêncio, procurava, por meio de Suas revelações de amor, preparar as criaturas racionais para a grande prova que se aproximava. Sabia que muitos dariam ouvido à tentação, voltando-Lhe as costas. À noite da provação faria sobressair, contudo, os verdadeiros fiéis - aqueles que serviam ao Criador não por interesse, mas por amor. Ao ver que a hora da prova chegara, e que Lúcifer estava pronto para traí-Lo diante do Universo, o Eterno, que jamais cessara de revelar os tesouros de Sua sabedoria, tornou-se silencioso e contemplativo. O silêncio fez reviver no coração das hostes a lembrança daquela primeira excursão sideral, quando, depois de lhes mostrar as riquezas do reino da luz, YHWH (YAOHUH) tornou-se silencioso ante aquele abismo. Lembram-se de Suas palavras: "Todos os tesouros da luz estarão abertos ao vosso conhecimento, menos os segredos ocultos pelas trevas. Sois livres para me servirem ou não. Amando a luz estareis ligados à Fonte da Vida". Lúcifer, que passara a cobiçar o trono de YHWH (YAOHUH), indagou-Lhe o motivo de Seu silêncio. O Criador, contemplando-o com infinita tristeza, disse-lhe: "É chegada à hora das trevas. Você é livre para realizar seus propósitos". Vendo que o momento propício para a propagação de sua teoria havia chegado, Lúcifer convocou os anjos para uma reunião especial. As hostes, desejosas de conhecer o significado do silêncio do Pai, tomaram seus lugares junto ao magnífico anjo, que sempre lhes revelara os tesouros do reino da luz. Lúcifer começou seu discurso exaltando, como de costume, o governo do Eterno. Num amplo retrospecto, lembrou-lhes as grandiosas revelações que os enriquecera em toda aquela eternidade. O silêncio divino, apresentou-o como sendo a indicação de que o Universo alcançara a plenitude do conhecimento oriundo da luz. Silenciando, o Eterno abria-lhes caminho para o entendimento de mistérios ainda não sondados, mantidos até então além dos limites de Seu governo. Surpresas, as hostes tomaram conhecimento da experiência de Lúcifer sobre as trevas. Com eloqüência, ele falou-lhes da ciência do bem e do mal, indicando-a como o caminho das maiores realizações. O efeito de suas palavras logo se fez sentir em todo o Universo. A questão era decisiva e explosiva, gerando pela primeira vez discórdia. Os seres racionais, em sua prova, tinham de optar por permanecer somente com o conhecimento da luz, o qual Lúcifer afirmava haver chegado ao seu limite, ou se aventurar no conhecimento da ciência do bem e do mal. No começo, os anjos debateram-se diante da questão, sendo logo depois todo o Universo posto à prova. Dir-se-ia que a ciência do bem e do mal haveria de arrebanhar a maior parte das criaturas, mas, aos poucos, muitos que a princípio se empolgaram com a teoria, despertaram para a ilusão da mesma, reafirmando sua fidelidade ao reino da luz. Ao fim desse conflito, que se arrastou por longo tempo, revelou-se um terço das estrelas do céu ao lado de Lúcifer, e as restantes, ainda que abaladas pela prova ao lado do Eterno. A ciência do bem e do mal fora apregoada por Lúcifer como um novo sistema de governo. Mas como exercê-lo, se o Eterno continuava reinando em Sião? Precisavam encontrar um meio de afastá-Lo dali. O conselho, formado pelos anjos rebeldes, passou a tratar disso. Decidiram, finalmente, solicitar-Lhe o trono por um tempo determinado, no qual poderiam demonstrar a excelência do novo sistema de governo. Caso fosse aprovado pelo Universo, o novo sistema se estabeleceria para sempre; caso contrário, o domínio retornaria ao Criador. Foi assim que Lúcifer, acompanhado por suas hostes, aproximou-se arrogante d'Aquele Pai sofredor, fazendo-Lhe tal pedido. O Eterno não era ambicioso, apenas queria bem às Suas criaturas. Se a ciência do bem e do mal consistisse realmente num bem maior, não Se oporia à sua implantação, cedendo o trono a seus defensores. Mas Ele sabia que aquele caminho conduziria à infelicidade e à morte. Movido por Seu amor protetor, o Criador desatendeu o pedido das hostes rebeldes, que se afastaram enfurecidas. A lhes ser negado o trono, Lúcifer e suas hostes passaram a acusar o divino Rei, proclamando ser o seu governo de tirania. Afirmavam ser sua permanência no trono a mais patente demonstração de Sua arbitrariedade. Não lhes concedera liberdade de escolha? For que neutralizá-la agora, impedindo-os de pôr em prática um sistema de governo superior? As acusações das hostes rebeldes repercutiram por todo o Universo, fazendo parecer que o governo do Eterno era injusto. Isto trouxe profunda angústia àqueles que permaneciam fiéis ao reino da luz. Não sabendo como refutar tais acusações, essas criaturas, emudecidas pela dor moral, ansiavam pelo momento em que novas revelações procedentes do Criador pudessem aclarar-lhes os mistérios desse grande conflito. As acusações e blasfêmias das hostes rebeldes alcançavam o ponto culminante quando o Eterno, num gesto surpreendente, ergueu-se de Seu trono, como que pronto a deixá-lo. Os infiéis, na expectativa de uma conquista, aquietaram-se, enquanto um sentimento de temor penetrava no coração dos súditos da luz. Entregaria Ele o domínio de toda a criação, para livrar-Se das vis acusações? De acordo com a lógica a partir da qual Lúcifer fundamentava seus ensinamentos, não restava alternativa ao Criador. Nesta tremenda expectativa, o Universo acompanhava os passos de YHWH (YAOHUH). Num gesto de humildade, o Criador despojou-Se de Sua coroa e de Seu manto real, depondo-os sobre o alvo trono. Em Seu semblante não havia expressão de ressentimento ou ira, mas de infinito amor e tristeza. Com solenidade, o Eterno proclamou que o momento decisivo chegara, quando cada criatura deveria selar sua decisão ao lado da luz ou das trevas. Numa ampla revelação, alertou para as conseqüências de um rompimento com a Fonte da Vida. Com olhar de ternura o Criador contemplou seus filhos. Era um olhar de humildade, que cheio de amor, suplicava para que permanecessem ao Seu lado. Incontáveis criaturas, emocionadas, corresponderam ao Seu olhar de bondade, enquanto uma multidão se manteve cabisbaixa. Lúcifer e seus seguidores estavam conscientes da seriedade daquele momento. Ainda era possível voltar atrás em seus planos, entregando-se arrependidos ao divino Pai que sempre os amara. Enquanto cabisbaixos consideravam sobre a decisão final, Lúcifer e seus adeptos ouviam o cântico daqueles que, em reconhecimento e gratidão, colocavam-se ao lado do Eterno. A última luta travava-se no coração dos infiéis que, estremecidos, chegaram a pensar em recuar. Finalmente, a lembrança do recente gesto divino, despojando-Se da coroa, deu-lhes a certeza de que o governo lhes seria entregue. Vendo que o Trono permanecia vazio, Lúcifer e suas hostes, dominados pela cobiça, romperam definitivamente com o Criador Ao ver um terço dos súditos transpor as divisas da eterna separação, YHWH (YAOHUH) deixou extravasar a dor angustiante que por tanto tempo martirizava Seu coração, curvando-Se em inconsolável pranto. Contemplando Seus filhos rebeldes, ergueu a voz numa lamentação dolorosa: "Meus filhos, meus filhos! Já não posso chamá-los assim! Queria tanto tê-los nos braços meus! Lembro-Me quando os formei com carinho! Vocês surgiram felizes e perfeitos, em acordes de esperança em eterna harmonia! Vivi para vocês, cobrindo-os de glória e poder! Vocês foram a minha alegria! Por que seus corações mudaram tanto? O que mais poderia eu ter feito para fazê-los permanecer comigo? Hoje minh'alma sangra em dor pela separação eterna! Como olharei para os lugares vazios onde tantas vezes rejubilantes ergueram as vozes em hosanas festivas, sem me vir à mente um misto da felicidade e dor?! Saudade infinita já invade o meu ser, e sei que será eterna! Hoje o meu coração rompeu e quebrou-se; as cicatrizes carregarei para sempre! Depois de proclamar em pranto tão dolorosa lamentação, o Eterno, dirigindo-Se a Lúcifer, o causador de todo o mal, disse: "Você recebeu um nome de honra ao ser criado. Agora não mais o chamarão Lúcifer, mas Satã, o inimigo do Criador e de Suas leis." Depois de lamentar a perdição das hostes rebeldes, o Eterno, em lentos passos, ausentou-se do jardim do Éden, lugar do trono Universal.. Onde seria agora a Sua morada? As hostes fiéis acompanharam reverentes os Seus misteriosos passos de abandono, que pareciam descerrar um futuro difícil, de sofrimentos e humilhações. Ocupariam os rebeldes o divino trono, profanando-o como domínio do pecado? Esta indagação torturava o coração dos súditos do Eterno. Deixando Sua amada Cidade, o Senhor da luz conduziu-Se, em meio às glórias do Universo, em direção do abismo imenso, a respeito do qual silenciara até então. Ali deteve-Se mais uma vez, emudecido, enquanto parecia ler nas trevas um futuro de grandes lutas. Ante o sofrimento do Eterno, expresso na tristeza de Seu semblante, os fiéis puderam finalmente compreender o significado daquele misterioso abismo: consistia numa representação simbólica do reino da rebeldia. Na face entristecida de YHWH (YAOHUH) manifestou-se, por fim, um brilho que aos fiéis animou. Erguendo os poderosos braços ante as trevas, ordenou em alta voz: "Haja luz." Imediatamente, a luz de Sua presença inundou o profundo abismo e, triunfando sobre as trevas, revelou um mundo inacabado, coberto por cristalinas águas. Com esse gesto, iniciava o Eterno uma grande batalha pela reivindicação de Seu governo de luz; batalha do amor contra o egoísmo; da justiça contra a injustiça; da humildade contra o orgulho; da liberdade contra a escravidão; da vida contra a morte. Batalha que, sem trégua, se estenderia até que, no alvorecer almejado, pudesse o divino Rei retornar vitorioso ao santo monte Sião, onde, entronizado em meio aos louvores dos remidos, reinaria para sempre em perfeita paz. As trevas, em sua fuga, apontavam para o aniquilamento final da rebeldia. As águas abundantes que cobriam aquele mundo, até então oculto, simbolizavam a vida eterna que para os fiéis seria conquistada pelo amor que tudo sacrifica. O mundo revelado era a Terra. Visitada pelas trevas e pela luz, ela seria o palco da grande luta. Rejubilavam-se os fiéis ante o triunfo da luz naquele primeiro dia, quando as trevas em sua fúria rolaram sobre o planeta, sucumbindo-o em densa escuridão. A luz, que parecia vencida, renasceu vitoriosa num lindo alvorecer. Ao raiar a luz do segundo dia, o Eterno ordenou: "Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre água e águas." Imediatamente, o calor de Sua luz fez com que imensa quantidade de vapor se elevasse das águas, envolvendo o planeta num manto de transparência anil. Surgiu assim a atmosfera, com sua mistura perfeita de gases que seriam essenciais à vida que em breve coroaria o planeta. O Criador, contemplando a expansão, denominou-a "céus". A atmosfera, que cheia de brilho envolvia a Terra, sombreou-se ao sobrevir o crepúsculo de um outro entardecer.

CAPITULO 3

O TERCEIRO DIA DA CRIAÇÃO.
O primeiro dia após a rebelião de Lúcifer.


¶ E disse Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca; e assim foi.
E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares; e viu Deus que era bom.
E disse Deus: Produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente está nela sobre a terra; e assim foi.
E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie, e a árvore frutífera, cuja semente está nela conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.
E foi a tarde e a manhã, o dia terceiro.
( Gênesis 1:9-13 )

A HISTORIA DO UNIVERSO CAPITULO 3
Ao serem vencidas as trevas no terceiro dia, o Criador prosseguiu Sua obra, fazendo surgir os imensos continentes que ainda estavam sob a superfície das águas. Com as mãos erguidas ordenou: "Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar e apareça a porção seca."
Em pronta obediência, as cristalinas águas cederam sua posição superior à porção seca que se ergueu, sobrepondo-se a elas.
Nas regiões baixas da Terra, as águas continuariam refletindo o brilho celeste, sendo um refrigério para as criaturas sedentas.
Nesse gesto de humildade, as águas prefiguravam o Criador, que na grande luta desceria ao mais profundo abismo para fazer renascer nas almas sedentas a vida eterna.
Contemplando a face daquele novo mundo, o Eterno denominou a parte seca "terra", e ao ajuntamento das águas chamou "mares".
Com Sua poderosa voz prosseguiu, ordenando: "Produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nela sobre a terra."
Em obediência ao mando divino, a superfície sólida do planeta revestiu-se de toda sorte de vegetação: lindos prados a florir, campos verdejantes entrecortados por rios cristalinos, florestas sem fim.
Enquanto com admiração as hostes contemplavam as belezas daquela criação, surpreenderam-se ao reconhecer sobre o novo planeta o jardim do Éden, lugar do trono divino. O Eterno, pelo poder de Sua palavra, o havia transferido para o seio daquele mundo especial, onde em justiça seria confirmado o governo do Universo.
Contemplando Sua obra, o Criador com felicidade exclamou: "Eis que tudo é muito bom."
As hostes fiéis agora podiam compreender melhor a importância da luz divinal. Sua ausência havia ofuscado, naquela noite, as belezas de Sião.
Nesse novo dia, o Criador expressaria o Seu grande poder, dando à Terra luminares que a encheriam de luz e calor. Esses luminares permaneceriam para sempre como símbolos da presença espiritual do Eterno, que é a fonte de toda a luz.
Contemplando o espaço escuro e vazio que se estendia ao redor da Terra, com potente voz ordenou: "Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; sejam eles para sinais e para tempos determinados, para dias e anos. E sejam para luminares na expansão dos céus para alumiarem a Terra."
Imediatamente, o espaço tornou-se radiante pelo brilho do sol e pelo reflexo de planetas e estrelas. Ante esta demonstração de poder, as hostes fiéis curvaram-se em reverente adoração.

LIVRO  A  CAVERNA DOS TESOUROS 1:8-11

8 No terceiro dia, Deus ordenou às águas abaixo do firmamento que se ajuntassem num lugar, e que aparecesse a parte seca. Quando então a cobertura da água foi retirada da superfície da terra, revelou-se que esta não era consistente e firme, mas sim que possuía uma natureza úmida e flácida.
9 A água então agregou-se nos mares, mas também debaixo da terra, e sobre a terra, e acima da terra. E Deus criou no seio dela corredores, veios e canais, para o fluxo das águas, e também para os vapores que emanam da terra, a partir desses veios e cursos; criou também os calores e os frios, para o melhor benefício da terra. Pois, na sua profundidade, a terra é como uma esponja, porque se apóia sobre as águas.
10 No mesmo terceiro dia, Deus ordenou à terra que fizesse brotar ervas por baixo dela. E assim, no seu seio, ela ficou prenhe de árvores, sementes, plantas e raízes. No terceiro dia, Deus criou o sol, a lua e as estrelas.
11 E quando o calor do sol se estendeu sobre a superfície da terra, esta endureceu a sua moleza, pois foi-lhe retirada a umidade e a fluidez das águas.
Quando esquentou o pó da terra, esta fez brotar árvores, plantas, sementes e raízes, que no terceiro dia foram engendradas no seu selo.

Neste plano, o universo a qual conhecemos habitará Deus também, há contudo o céu dos céus, ou seja, o mundo espiritual donde provém Deus, e agora temos o mundo material, donde vem o cosmos e toda materialidade. O projeto de Deus não fracassou com a rebelião Luciferiana, muito pelo contrário, cumpriu seu propósito, pois, embora não fizesse parte dos planos de Deus, Deus sabia em sua infinita sabedoria e misericórdia que as trevas poderiam se apossar de Suas criaturas, mesmo ele avisando e mostrando o perigo das trevas. Lúcifer nutriu em seu coração sentimentos tais, a negativa de Deus de lhe expor os segredos das trevas não coloca Deus jamais no banco dos réus do Universo, pois, antes mesmo que qualquer um descobrissem as trevas, ELE, Deus levou as hordas celestiais a conhecerem as trevas e a escuridão, e através do livre arbítrio deixado para cada criatura, deixou a cada um a escolha entre a sabedoria infinita da Luz, O Criador, que a cada passo revelava aos anjos os mistérios de Seu reino, ficou ali silencioso, como que guardando para Si um segredo. As trevas daquele abismo consistiam no teste da fidelidade. Voltando-Se para as hostes, o Eterno solenemente afirmou: -"Todos os tesouros da luz estarão abertos ao vosso conhecimento, menos os segredos ocultos pelas trevas. Sois livres para me servirem ou não. Amando a luz estareis ligados à Fonte da Vida".
É o mesmo quando ensinamos nossos pequeninos, não roubes, não mates, não ires, ora, quando uma pessoa opta por ações contrárias a moralidade, ele o faz dentro da consciência, o dizer e mostrar o que é errado, como o uso de drogas por exemplo, pois por mais que se alerte, ainda há quem opte por esses caminhos.
Deus jamais quer a destruição dos seus, e como ficou comprovado até aqui, Deus sofre também pelos seus filhos perdidos, contudo, nada pode fazer quando os  filhos seus escolhem a perdição, assim como nós pais mortais e terrenos, sofremos pelas escolhas erradas de nossos filhos, Deus sofre mais ainda quando os seus caem nas armadilhas da escuridão.

¶ E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos.
E sejam para luminares na expansão dos céus, para iluminar a terra; e assim foi.
E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas.
E Deus os pôs na expansão dos céus para iluminar a terra,
E para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas; e viu Deus que era bom.
E foi a tarde e a manhã, o dia quarto.
  (
Gênesis 1:14-19)


CAPITULO 4
¶ E disse Deus: Produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente; e voem as aves sobre a face da expansão dos céus.
E Deus criou as grandes baleias, e todo o réptil de alma vivente que as águas abundantemente produziram conforme as suas espécies; e toda a ave de asas conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.
E Deus os abençoou, dizendo: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei as águas nos mares; e as aves se multipliquem na terra.
E foi a tarde e a manhã, o dia quinto. 
(Gênesis 1:20-23)


 12 No quinto dia, Deus deu ordens às águas, e estas produziram toda espécie de peixes possíveis e frutos do mar, as baleias, o Leviatã e outros animais de aparência horrorosa, bem como os pássaros do ar e as aves aquáticas.
13 No mesmo quinto dia, Deus criou da terra todo o gado, os animais selvagens e os animais predadores, cada um segundo a sua espécie.
(LIVRO CAVERNA DOS TESOUROS)



No quarto dia, o Eterno criou os mundos de nosso sistema solar não para serem habitados como a Terra, mas para o equilíbrio do sistema. Encheriam também o céu de fulgor, abrandando as trevas das noites terrenas. Volvendo os olhos para a Terra, as hostes alegraram-se por vê-la radiante em cores. Bem próximo dela podia-se ver a Lua que, com seu reflexo prateado, afugentaria as profundas sombras noturnas. Envolvidos por esse cenário encantador, os filhos da luz, rejubilantes, saudaram o alvorecer do quinto dia, que seria de muitas surpresas. O Eterno tornaria a Terra festiva pela presença de infindáveis espécies de animais irracionais que habitariam toda a superfície do planeta. Essa criação teria continuidade no sexto dia. Erguendo as poderosas mãos, o Criador, olhando primeiramente para as cristalinas águas, ordenou: "Produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente." De imediato, as águas tornaram-se ondulantes pela presença de incontáveis espécies de répteis que, felizes e gratos, festejavam a existência num contínuo nadar e saltitar. Desde os seres microscópicos até as grandes baleias, todos surgiram em completa harmonia, refletindo em sua natureza o amor do Criador. Pousando os olhos sobre a atmosfera anil que repousava sobre as verdejantes florestas, o Eterno continuou: "Voem as aves sobre a face da expansão dos céus". Mediante Sua ordem, os Céus encheram-se de pássaros coloridos que, voando em todas as direções, tinham no coração um cântico de gratidão pela vida. Esse cântico encheu o ar, misturando-se com o perfume das matas floridas. Contemplando com prazer Suas criaturas terrenas, o Eterno abençoou-as dizendo: "Frutificai e multiplicai-vos e enchei as águas nos mares, e as aves se multipliquem na Terra." Rejubilantes, as hostes fiéis presenciaram o alvorecer do sexto dia. O que criaria YHWH (YAOHUH) nesse novo dia? Esta indagação pairava na mente de todos os seres racionais. Estavam certos de que algo muito especial estava para acontecer. Erguendo os potentes braços, o Eterno ordenou: "Produza a Terra alma vivente conforme a sua espécie: gado, répteis e bestas-feras da terra, conforme a sua espécie." Sua voz poderosa foi prontamente ouvida e, nas florestas e campos, pôde-se ver o resultado de Seu poder criador. Animais de todas as espécies despertaram numa existência feliz, em meio a um paraíso de perfeita paz. A Terra tomara-se extremamente bela, qual princesa adornada para receber o seu rei e senhor. Quem seria esse ser especial? Movendo-Se com majestade, o Eterno baixou às glórias do novo mundo, dirigindo-Se ao jardim do Éden, lugar do divino trono. Os anjos da luz acompanharam-no reverentes, detendo-se qual nuvem sobre os céus do paraíso. Todo Universo observava com profundo interesse o desdobramento dos atos do Criador, em resposta às acusações de seus inimigos. O momento era decisivo. Tudo indicava que o Eterno demonstraria não ser tirano nem egoísta, coroando alguém sobre o monte Sião. Satã e seus seguidores não duvidavam de que o reino lhes seria entregue e reinariam vitoriosos no seio daquele antigo abismo, onde as trevas e a luz agora se entrelaçavam. Os súditos da luz estremeceram ante essa perspectiva. Junto à fonte do rio da vida, o Eterno curvou-Se solenemente e, com os elementos naturais da Terra, começou a moldar, com muito carinho, uma criatura especial.
(PSEUDO EPÍGRAFO DE GÊNESIS)


           
            Deus não abandonou Seu Trono Celestial, ao contrário disso, prova para os anjos seduzidos por Satã, assim como aos anjos fiéis o poder da Luz e as maravilhas pela Luz obtidas e possíveis, ou seja, pela Luz a verdadeira Luz, tudo é possível, Satã por sua vez mantém o desejo de igualar-se a Deus, sem deixar arrepender que seus sentimentos egoístas e invejosos, não só o condenou ao abismo da escuridão, como o impossibilitou de voltar a Luz de Deus, porque ele, Satã teve todas as chances de arrepender-se dos sentimentos por ele, e somente por ele gerados.
            Desde o principio, Deus é amor, Deus é perfeição e bondade, Deus é compreensão e razão, jamais em momento algum Deus quis criar autômatos, seres que o obedecessem apenas por medo, ou mesmo por imposição, Deus nos dá amor e em troca espera amor, e amor antes de tudo também é gratidão. A gratidão de termos sido criados, a gratidão por termos sidos gerados em espírito, a gratidão pelo acordar e adormecer, a gratidão por estarmos a cada dia mais próximos de ama-lo e venera-lo, tendo muito a agradecer e pouco a pedir.
            Jamais iremos compreender o amor de Deus, e nem precisamos ou poderemos, além de apenas aceita-lo, e Deus nos aceita, basta pedir que ELE nos adota como filhos, e nos ama como a filhos, e nos quer como a filhos.
            Nestes cinco primeiros dias da criação, podemos observar que Deus em momento algum se contradiz e tampouco se mostra vingativo, com os erros assumidos pelos anjos rebelados, ao contrário ELE, Deus, sofre a eternidade, por não poder mais partilhar com eles, a alegria da presença, pois, no mais alto dos céus, o pecado não tem lugar e não pode habitar, pois o pecado é a destruição da vida,  é a aniquilação da existência perfeita, pois o pecado, é pecado, é uma mancha imunda, onde a alvura não pode compartilhar sem se contaminar.

CAPITULO 5.

¶ E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.
E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.
¶ E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dê semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que há fruto que dê semente, ser-vos-á para mantimento.
E a todo o animal da terra, e a toda a ave dos céus, e a todo o réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde será para mantimento; e assim foi.
¶ E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto.  (Gênesis 1:26-31)


Depois de alguns instantes, estava estendido diante do Criador o corpo, ainda sem vida, do primeiro homem. O Eterno contemplou-o e, após acariciar-lhe a face fria e descorada, soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida e o homem começou a viver. Como que despertando de um sono, o homem abriu os olhos e contemplou a face meiga de Seu Criador que, sorrindo, beijou-lhe a face agora corada e cheia de vida. Emocionou-se ao ouvir o Eterno dizer-lhe com voz suave e cheia de afeição: "Meu filho, meu querido filho!" Por ter nascido do solo, o primeiro homem recebeu o nome de Adão. Tomando-o pela mão, o Eterno levantou-o. Sem perceber o cenário de fulgor que o circundava, Adão, num gesto de gratidão pela existência, envolveu o Criador num terno abraço, prostrando-se em reverente adoração. As hostes fiéis que admiradas testemunhavam a grandiosa realização divina, emocionadas ante o gesto humano, prostraram-se também em reverente adoração. Uniram então as vozes num cântico de júbilo em saudação àquela criatura especial, que despertava para a vida num momento tão decisivo para o Universo. Com o coração cheio de felicidade, Adão uniu-se aos anjos em seu cântico de louvor. Sua voz, ao ecoar pelos arredores floridos, misturou-se ao canto das aves e ao mugir de animais que se aproximavam em festa. Num passeio de surpresas inesquecíveis, Adão foi conscientizado das belezas de seu lar. Com admiração, contemplou o monte Sião, donde jorrava o rio da vida, numa cascata de luz. O glorioso monte jazia coroado por um lindo arco-íris. Em seus passos, seguiu o curso do cristalino rio, que deslizava sereno em meio às maravilhas do Éden. Admirava-se das altaneiras árvores que, embaladas pela brisa, deixavam pender dos ramos abundantes flores e frutos. Inclinava-se aqui e acolá, atraído pelo fulgor de pedras preciosas que por todas as partes enfeitavam o gramado. Com intensa alegria, Adão tomava conhecimento das infindáveis espécies de animais que povoavam o jardim. Todos eram mansos e submissos e viviam em perfeita harmonia e felicidade. Detendo-se em seus passos, Adão admirou-se da alvura e meiguice de um animalzinho que brincava no gramado. Aproximando-se, tomou-o em seus braços, dedicando-lhe um afeto especial. Como era agradável acariciar sua alva lã! Seus olhinhos meigos refletiam um brilho de amor e humildade. Havia algo de especial naquele animalzinho. Afetuosamente, Adão chamou-o de "cordeiro". Com o animalzinho em seus braços, Adão olhou agradecido para o Eterno e O adorou. Contemplando Suas alvas vestes, Seus olhos expressivos de um amor sem par, Adão descobriu que tinha nos braços um símbolo de seu Autor. Feliz, exclamou: "Oh, Senhor, este cordeirinho revestido de tão branca lã, com olhar expressivo de tanto amor, se parece Contigo. Eu quero tê-lo sempre junto a mim." Observando os animais, Adão percebeu que eles desfrutavam de um companheirismo especial. Via por toda parte casais felizes que viviam um para o outro. Seus pensamentos voltaram-se para o Seu Companheiro. Olhou ao derredor e ficou surpreso por não vê-Lo. O Eterno havia Se ocultado propositalmente, tornando-Se invisível. Adão sentia-se solitário em meio àquele paraíso. Com quem partilharia sua felicidade e seu amor? Havia ali os animais, mas eles eram irracionais, não podendo compartilhar de seus ideais. Nascia em seu coração, ao caminhar solitário naquele entardecer, um desejo ardente de encontrar alguém que pudesse estar sempre a seu lado. Enquanto Adão olhava para as distantes colinas na esperança de ver alguém, o Eterno apresentou-Se ao seu lado e disse-lhe: "Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma companheira." Adão ficou feliz ao ouvir do Criador essa promessa, justamente no momento em que tanto ansiava ter alguém para estar sempre visível a seu lado. Tomado por um profundo sono, Adão reclinou-se no peito de seu amoroso Criador que, com carícias, o fez adormecer.
(PSEUDO EPÍGRAFO DE GÊNESIS)



¶ Assim os céus, a terra e todo o seu exército foram acabados.
E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito.
E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que Deus criara e fizera.
¶ Estas são as origens dos céus e da terra, quando foram criados; no dia em que o Senhor Deus fez a terra e os céus,
E toda a planta do campo que ainda não estava na terra, e toda a erva do campo que ainda não brotava; porque ainda o Senhor Deus não tinha feito chover sobre a terra, e não havia homem para lavrar a terra.
Um vapor, porém, subia da terra, e regava toda a face da terra.
E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.
¶ E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, do lado oriental; e pôs ali o homem que tinha formado.
E o Senhor Deus fez brotar da terra toda a árvore agradável à vista, e boa para comida; e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal.
E saía um rio do Éden para regar o jardim; e dali se dividia e se tornava em quatro braços.
O nome do primeiro é Pisom; este é o que rodeia toda a terra de Havilá, onde há ouro.
E o ouro dessa terra é bom; ali há o bdélio, e a pedra sardônica.
E o nome do segundo rio é Giom; este é o que rodeia toda a terra de Cuxe.
E o nome do terceiro rio é Tigre; este é o que vai para o lado oriental da Assíria; e o quarto rio é o Eufrates.
E tomou o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar.
¶ E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente,
Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.
¶ E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele.
Havendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todo o animal do campo, e toda a ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome.
E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo o animal do campo; mas para o homem não se achava ajudadora idônea.
¶ Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar;
E da costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Adão.
E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada.
Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.
E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam.

(Gênesis 2:1-25)

            Entramos assim no oitavo dia da criação, Adão já não mais estaria só, pois tinha sua companheira Eva, e ao tê-la inicia-se a história da humanidade, pois, é ordem de Deus, crescer e multiplicar, assim como é ordem de Deus, a indissolubilidade da união, (Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.)
            Deus também alerta Adão para que o universo seja testemunha favorável a Deus a respeito do conhecimento do bem e do mal, assim como alertou a todos os anjos quando da criação do universo espiritual, aquele que não vemos, que se oculta do materialismo e somente foi revelado estar escondido sobre o abismo quando Lúcifer e seus seguidores, resolveram reivindicar um trono e um status que não vos pertencia, quando resolveram, afrontar o Criador. Provocando a tristeza eterna no coração de Deus, por sua rebeldia, gerando assim sua queda, para o universo que jazia sobre as trevas, donde nossos olhos veem, donde nossa existência habita, contudo não seria assim, se Adão não tivesse além de pecado, ter transferido a culpa de seu pecado para Eva, se Adão não tivesse desobedecido, se Adão não tivesse sido seduzido pela idéia de que poderia ser tal qual seu Criador. O pecado de Satã antes Lúcifer, já não mais se agravará, pois até então ele o enganador, ainda posicionava-se na presença de Deus, mesmo caído, desta vez portanto, ele o diabo, seduz ao homem criação de Deus Pai Todo Poderoso, seduz com a mesma mentira que o fez cair dos tronos celestes, e Adão sucumbe então ao pecado praticamente com o mesmo tempo de criação de Lúcifer, ou seja, dois dias apenas pós ter sido criado, pois Adão foi feito no sexto dia, e caiu no oitavo, Lúcifer foi feito no primeiro dia, e caiu no segundo, desta vez, Deus em sua infinita misericórdia e bondade, não mais apenas poderia levar Adão para outro plano, senão a morte, Lúcifer caiu e foi mandado para o universo material, Adão caiu e foi mandado ao mesmo universo material, porém como veremos a seguir, Adão arrepende-se amargamente,  e este arrependimento, não lhe trará a morte eterna, como é prometido e sentenciado a besta e sim, lhe é prometido a ressurreição, como poderemos ver a seguir.

CAPITULO 6



Em seu subconsciente surgiram os primeiros sonhos coloridos: Contempla o olhar meigo do Eterno; ouve o som harmonioso da música angelical; descobre as maravilhas ao derredor: o monte Sião com seu arco-íris; o rio da vida; os prados em flor; os animais que o saúdam em festa. Repetem-se em seus sonhos as cenas que o envolveram em seu anseio; olha ao derredor na esperança de encontrar seu companheiro, mas não o vê. Sente-se solitário em seu sonho, e isso o faz procurar alguém com quem possa compartilhar sua existência. Seu olhar estende-se por campinas verdejantes, divisando ao longe colinas floridas. Enquanto caminha esperançoso, sente a brisa mansa a afagar-lhe os cabelos macios. Conversa com a brisa: "Brisa, você parece ser quem tanto procuro; você me afaga os cabelos; beija minha face; você tem o perfume das verdes matas. Se eu pudesse ver sua face, beijá-la-ia; se eu pudesse tocar os seus cabelos, faria longas tranças e as enfeitaria com as flores do nosso jardim!" Após caminhar em sonho pelos prados do paraíso, Adão deteve-se enquanto contemplava a paisagem ao redor. Admirou-se por não ver o efeito da brisa nos ramos floridos. Mas como, se a sentia calidamente no rosto? Começou então a despertar de seu sonho. Ainda com os olhos fechados lembrou-se do momento em que, sonolento, recostara-se no peito do Eterno. Seria a brisa o afago de Suas mãos? Com esta indagação abriu os olhos e emocionou-se ao contemplar uma linda mulher que, com as mãos perfumadas, acariciava-lhe a face com amor. Era a brisa de seu sonho; a promessa de um Criador que só queria fazê-lo feliz. Agora Adão era completo, pois tinha Eva, que era carne de sua carne e ossos de seus ossos. Tomando-a pela mão, Adão convidou-a para um passeio de surpresas inesquecíveis. Mostraria à sua companheira as belezas de seu lar. Sensibilizada Eva detinha-se a cada passo, atraída pelas flores que exalavam suaves perfumes; pelos pássaros que gorjeavam alegres cantos; pelos animais que os seguiam submissos; pela vegetação de ricos matizes; pelas águas cristalinas do rio da vida que jorravam em cascata do monte Sião. Tudo no paraíso era perfeito e belo, mas nada se igualava ao ser humano, criado à imagem de YHWH (YAOHUH). Voltaram-se um para o outro em admiração e carícias. Embalados por esse amor, permaneceram até o entardecer. Com deleite, o jovem casal passou a contemplar o sol poente que, através de rosados raios, coloria o céu em lindo arrebol. Era o sexto dia que chegava ao seu final, dando lugar às horas de um dia especial: o sábado. Esse dia, em seu significado, seria solene para todos os súditos do Eterno, pois seu alvorecer traria a vitória para o reino da luz. O sol, que durante o sexto dia alegrara a natureza com seu brilho e calor, ocultou-se, deixando-a em frias sombras. Os alegres pássaros, silenciando seus trinos, buscavam seus ninhos enquanto os outros animais se recolhiam. Somente o casal permaneceu imóvel, procurando divisar, no último lampejo que se apagava no horizonte, a esperança de um novo alvorecer. Indagavam o sentido das trevas quando, por entre as ramagens, viram um lindo luar, cujos raios prateados banhavam a natureza em suave luminosidade. Todo o céu estava iluminado pelo fulgor das estrelas. Admirados, descobriram que a noite somente era trevas quando se olhava para baixo. Adão e Eva em sua inocência não sabiam que aquela noite simbolizava o futuro sombrio da humanidade. Quando o compreendessem, ficariam confortados ao contemplar o fulgor dos céus: o luar falaria de esperança e as estrelas cintilantes testemunhariam o interesse das hostes da luz em aclarar-lhes as trevas morais, dando alento aos pecadores. Mas seriam iluminados apenas aqueles que, desviando os olhos da Terra, contemplassem os altos céus. Após contemplar por algum tempo o céu em sua luminosidade, o casal, lembrando-se das belezas do paraíso, volveu os olhos, buscando divisá-las. Estavam, porém, ocultas em meio às sombras. Quanto almejavam o alvorecer, pois somente ele traria consigo o paraíso! Ante o anseio do coração humano, o Eterno surgiu em meio às trevas, devolvendo ao casal a alegria de se encontrar novamente num jardim colorido. Banhados em suave luz, caminhavam agora por prados verdejantes e floridos. o brilho do Criador despertava a natureza por onde passavam, colorindo e alegrando tudo em derredor. O casal, admirado, aprendeu que ao lado do Eterno poderiam ter um paraíso em plena noite. Sentindo-se sonolentos, Adão e Eva recostaram-se no colo do amoroso Pai, que os faz adormecer docemente, esperançosos de um despertar feliz. Deitando-os sobre a relva macia, o Eterno elevou-Se indo para junto das hostes contemplativas. Voltaria a manifestar-Se ao alvorecer, fazendo o casal despertar para o mais solene acontecimento, que reduziria a pó as vis acusações dos inimigos. A noite escura e fria, através de suas longas horas, parecia zombar da luz. Ofuscaria para sempre as belezas da criação? Oh, jamais! O sol não recuaria ante a imponência das trevas; surgiria em breve como um libertador, arrebatando com seus cálidos raios a natureza das frias garras, dando-lhe vida e cor. Num último desafio, as trevas tornaram-se densas nas horas que antecederam o alvorecer. A noite arregimentava suas forças para lutar pelo domínio usurpado. Finalmente, surgiu no leste um lampejo que parecia falar de esperança em um novo dia. O céu aos poucos tornou-se colorido de um vermelho vivo. As trevas impotentes recuaram ante a força crescente da luz e foram consumidas em sua fuga. A natureza começou a despertar da longa noite, refletindo em seu seio os saudosos raios. Flores abriram-se, exalando perfumes de alegria; animais e aves, silenciados pela noite, uniram as vozes num cântico triunfal em saudação ao alvorecer daquele dia grandioso. A negra noite chegara ao fim, dando lugar à luz do dia sonhado - dia que para YHWH (YAOHUH) tinha um sentido especial, pois prefigurava a final vitória de Seu reino sobre o domínio da rebeldia. O Eterno agora despertaria Seus filhos humanos que, banhados pela luz de Sua presença, haviam adormecido na esperança de um alvorecer feliz. Numa marcha festiva, todas as hostes santas, com cânticos de vitória, acompanharam-nO rumo ao paraíso banhado em luz. Quando já estavam próximos, o Criador deteve-Se contemplando o casal adormecido, e exclamou suavemente: "Acordem meus filhos." Sua voz penetrou nos ouvidos de Adão e Eva, despertando-os para a mais feliz comunhão. Quão depressa raiara a acalentada manhã, trazendo em sua luz o doce paraíso, perdido naquela noite! Com alegria o casal saudou o divino Criador, unindo-se aos anjos em antífonas triunfais. O Universo vivia um momento deveras solene. Naquela manhã festiva, o Eterno haveria de revelar a grandeza de Seu caráter, que é justiça e amor. As acusações de que Seu governo era de egoísmo e tirania seriam refutadas. Aos olhos de todas as criaturas racionais do vasto Universo, YHWH (YAOHUH) conduziu o jovem casal ao monte Sião, lugar do divino trono. Ali, ante o estremecimento das hostes emudecidas, o Criador, num gesto surpreendente, cobriu o homem com o manto real, colocando sobre sua cabeça a coroa que fora cobiçada por Lúcifer. Movidos por profunda gratidão pela suprema honra conferida, Adão e Eva prostraram-se reverentes, depondo aos pés do Criador sua coroa preciosa, em sinal de submissão. Seguiu-se a esse gesto humano um brado de vitória que sacudiu toda a Criação. Os filhos da luz, que por tanto tempo haviam sofrido afrontas e humilhações ante as constantes acusações das hostes rebeldes, exaltaram em retumbante louvor o YHWH (YAOHUH) bendito, que em Sua obra de justiça desmentira os inimigos, revelando Seu caráter de humildade, desprendimento e amor. Tendo constituído o homem como o senhor de toda a criação, o Eterno, com voz solene, passou a conscientizá-lo da grandiosidade de sua missão. Como um mordomo fiel, deveria cuidar do paraíso, mantendo límpida a fonte do rio da vida. As leis da justiça e do amor, fundamentos do reino da luz, deveriam ser honradas. Como um cetro racional, caberia ao homem, em gesto de reconhecimento e gratidão, aceitar livremente o governo d'Aquele que o criou. As hostes, que maravilhadas testemunhavam a revelação do desprendimento divino, compreenderam que o Senhor da Luz não governaria mais o Universo, a não ser com o consentimento humano. O homem, pela vontade do Eterno, fora feito o árbitro da criação; em seu glorioso ser, feito à imagem do Criador, resplandecia o selo do eterno domínio. Após revelar ao casal a infinita honra e responsabilidade de sua missão, o Criador conscientizou-o do conflito espiritual que se travava pela conquista do domínio universal: Lúcifer, que por incontáveis eras servira ao divino Rei em Sião, havia sido corrompido pelo orgulho e pelo egoísmo, sendo seguido por um terço das hostes racionais; buscavam agora destronar o Eterno, desonrando-O com vis acusações. Tendo revelado ao ser humano a dolorosa situação em que o Universo se encontrava, o Eterno, num gesto solene, mostrou-lhe duas altaneiras árvores que, carregadas de grandes frutos, se erguiam em ambas as margens do rio que nascia do trono. A que se elevava à direita revelou o Senhor ser a árvore da vida monumento do reino da luz. A que se erguia à outra margem revelou ser a árvore da ciência do bem e do mal - símbolo da rebeldia. Comendo do fruto da árvore da vida, o homem manifestaria sua submissão ao Criador, que é Fonte de vida e luz. Comer da outra árvore seria entregar ao inimigo o domínio de Sião. O inevitável resultado desse passo seria a morte eterna, não somente para o ser humano, mas para toda a criação, que se reduziria ao caos sob a fúria da rebeldia. Após contemplar demoradamente as duas altaneiras árvores, que externavam em seus frutos tão infinita responsabilidade, Adão prostrou-se ante o Criador, dizendo: "Digno és Senhor de reinar sobre o Universo, pois pela Tua sabedoria, amor e poder todas as coisas foram criadas e subsistem." O sábado, emblema do triunfo divino, encheu-se de louvor. Todos os filhos da luz uniram-se ao ser humano no mais harmonioso cântico de exaltação Àquele cuja grandeza é sem par. Foi com espanto que Satã e seus seguidores testemunharam a grandiosa realização do Eterno. Presenciaram com amargura a alegria dos fiéis ante a coroação do homem- acontecimento que lançara por terra as fortes acusações que eles haviam levantado contra o governo divino. Cheios de frustração e ira, consideravam agora sua triste condição. Quão terrível e humilhante era-lhes o pensamento de verem seus planos de rebeldia desfazerem-se diante do Criador, semelhantes às sombras daquela noite. Se pudessem, pensavam, encheriam o sábado de trevas, banindo da mente dos súditos do Eterno qualquer esperança de vitória. Finalmente, em suas considerações, Satã e seus liderados compreenderam que lhes restava uma oportunidade: no meio do jardim do Éden, nas alturas de Sião, elevava-se, junto ao rio da vida, a árvore da ciência do bem e do mal. Bastaria um gesto humano, nada mais, e teriam sob seu poder, para sempre, o domínio cobiçado. Mas como seduzi-lo? Animado ante a perspectiva de uma conquista, Satã procurou, com engenhosidade, arquitetar um plano de abordagem. Sabia que, se falhasse em sua tentativa, todas as esperanças de triunfo ter-se-iam diluído, desfazendo-se todos os seus sonhos de aventura. Concluiu que o engano haveria de ser sua poderosa arma. Não fora através dele que conseguira dominar um terço das hostes celestes?! Aguardaria, portanto, um momento propício para armar sua cilada.
(PSEUDO EPÍGRAFO DE GÊNESIS)


            E assim é dada ao homem autoridade sobre o universo e Deus criador de tudo quanto o que há, deixa sob a gerencia humana a responsabilidade sobre o universo material a qual conhecemos, tendo elo de ligação o Edén, e entre o paraíso (mundo espiritual, o universo a qual não percebemos, e o mundo material onde caído encontra-se Satã e suas hordas, assim sendo Adão e Eva recebem as honras sublimes sobre o universo, mas também a sentença sobre o mesmo, comer do fruto da árvore da vida, representava para Deus a obediência e servidão voluntaria, comer da arvore do conhecimento, representava o pecado, o erro, o saber sobre o bem e o mal, seria repetir o erro de Satã e sua horda.

5 Mas com que outro objetivo teria Deus criado Adão desses quatro elementos, a não ser para que todas as coisas do mundo lhe fossem submetidas?
6 Tomou um grãozinho de terra, para que todos os seres que procedem do pó servissem a Adão; uma gota de água, para que tudo o que existe nos mares e nos rios se lhe fosse apropriado; um sopro de vento, para que todas as coisas do ar lhe fossem entregues; e um halo de calor, para que todas as naturezas e forças ígneas estivessem a seu serviço.
7 E Deus plasmou Adão com as suas mãos santas, segundo a sua imagem e semelhança. Quando os Anjos constataram o seu aspecto magnífico, ficaram tocados pela beleza da sua figura. Pois viram que a imagem do seu semblante era luminosa como o brilho do sol, a luz dos seus olhos irradiava raios como a luz solar, e o brilho do seu corpo era como o do cristal.
8 Ele se alongou e pôs-se de pé no centro da terra. E colocou os seus pés naquele mesmo lugar em que foi erguida a cruz do nosso Salvador: daí é que Adão foi criado em Jerusalém. Ali é que ele se revestiu das vestes da realeza; ali foi-lhe colocada a coroa real sobre a cabeça. Ali ele foi constituído rei, sacerdote e profeta; ali Deus fê-lo assentar-se sobre o trono da sua glória. Ali Deus deu-lhe o domínio sobre toda a Criação.
9 Lá reuniram-se todos os animais selvagens, bem como o gado e as aves, e apresentaram-se diante de Adão; então ele deu um nome a cada um e eles curvaram a cabeça diante dele. Todas as espécies respeitavam-no e serviam-no.
10 Os Anjos e as Potestades ouviram a voz de Deus, quando falou a ele: "Adão! Eu te constituí rei, sacerdote e profeta, bem como senhor, chefe e guia de todos os seres vivos e de toda a Criação. Todas as criaturas deverão servir-te como coisa tua; dei-te o domínio sobre tudo o que foi por mim criado".
11 Ao ouvirem essas palavras, os Anjos todos puseram-se de joelhos e o adoraram.
(LIVRO CAVERNA DOS TESOUROS)

¶ Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?
E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos,
Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais.
Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.
Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.

Gênesis 3:1-5

O ódio alimentado por Satã começa a mostrava seus frutos de morte e destruição, Pois Satã sabia que seduzindo Eva, ele, “o diabo” teria o controle sobre o universo, e assim sabe que irá por o processo de Criação em destruição, pois o próprio Criador ao dar a gerencia do universo a Adão e Eva, alerta-os sobre o que adviria da desobediência, assim sendo, Deus sabe que haverá a tentação sobre Adão e Eva, como sabia que haveria a tentação sobre o abismo, porém, Deus quer que nós sejamos fiéis a Ele, incondicionalmente assim como Ele nos é, sendo ELE Criador de tudo que há, o reconhecimento e nossa obediência é o mínimo a ser feito por nós, ELE Deus, não nos obriga a nada, e assim como um Pai nos ensina, e nos alerta, porém ELE Deus, não intervém em nossas ações, assim como nós não intervimos nas ações de nossos filhos, a isso chama-se livre arbítrio.
Assim sendo, quando nossos filhos tomam decisões erradas, por vezes com consequências terríveis, como prisão, e até mesmo morte, resta-nos entristecermos, pois, da mesma forma que ficamos tristes e inconsoláveis com as atitudes de nossos filhos, amigos, etc, Deus fica abatido quando um filho Seu desvia-se da luz e opta pelas trevas, e que trevas são essas que destrói a vida, que trevas são essas que nos legam a morte, que trevas são essas que odeiam a Deus?
São as trevas de nossa própria maldade, as trevas de nosso egoísmo, as trevas de nossa ambição, as trevas de nossa covardia, as trevas  de nosso orgulho, as trevas de nossa desobediência, as trevas das desesperanças.
Primariamente fomos constituídos de Luz, e abdicamos desta luz em prol da escuridão, chama-se a isso o pecado original, que nos foi legado quando Adão deixa seduzir-se por Eva.
Vejamos bem, a serpente, ou seja, satanás seduz Eva, que após ser seduzida por ele, o diabo, seduz Adão dentro da mesma mentira. O pecado cometido por Adão é o mesmo pecado cometido por Lúcifer, que após decair, torna-se Satanás.
Quando Lúcifer realiza sua rebelião contra Deus, acusando o Criador de tirania, por omitir nas trevas o poder das trevas, Deus estava poupando os seus, de conhecerem o mal, e assim, privou a escuridão da luz, dizer que Deus não previa tal fato é inocência de quem quer que seja. Contudo, Deus sabia que limitar a liberdade de seus anjos até este ponto de divisão entre a luz e a escuridão, deixando ao abismo as trevas, Deus experimentava também a fidelidade dos seus, ou seja, o universo jamais poderá acusa-lo de não ter avisado sobre as trevas e o perigo das trevas, ao rebelar-se, Lúcifer descobre o poder das trevas, e com este poder origina-se todo os pecados.
Sendo assim voltamos então a Adão, ele Adão não foi seduzido pela serpente, mas sim Eva, e cegamente Adão segue a Eva na consumação do pecado, e ao pecar, em seu intimo Adão que tinha a imagem e semelhança de Deus, não obstante estar na presença de Deus, Adão quis , assim como Satã ser Deus, ou seja, comete o mesmo pecado, tanto Lúcifer, agora Satanás , assim como Adão, viveram na presença física de Deus, mais isso não bastou, eles quiseram a glória de Deus.
Assim veremos na Bíblia em Gêneses


¶ E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.
Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.
E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim.¶ E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?
E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me.¶ E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses? Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi.
(Gênesis 3:6-12)

Com a serpente em seus braços, Eva interrogou-a a respeito de muita coisa. Maravilhou-se ao perceber que a serpente a sobrepujava grandemente em conhecimento. Cheia de curiosidade, perguntou à serpente: - Onde está a fonte de seu tão grande saber? Responda-me, pois quero também possuí-la. Sem perder tempo, Satã, apontando para a árvore da ciência do bem e do mal, respondeu: - Ali está a fonte de todo meu saber. Ele conta então uma mentirosa história: disse que era uma serpente como as demais, comendo dos frutos do paraíso. Provando certo dia daquele fruto proibido, recebeu, como que por encanto, todas as virtudes. Olhando para a árvore da ciência do bem e do mal, Eva ficou surpresa e confusa. Privaria o Criador em seu amor algo tão bom às suas criaturas?! Vendo-a surpresa, Satã perguntou: - É assim que YHWH (YAOHUH) disse: Não comereis de todas as árvores do jardim? Eva, inquieta, respondeu: - Dos frutos das árvores do jardim comemos, mas do fruto dessa árvore que você diz ser fonte de sabedoria, disse YHWH (YAOHUH): "Não comereis dele, para que não morrais." A serpente em tom de desdém disse: - Isso é falso. Se fosse assim, eu teria morrido. Certamente o Eterno os proibiu de comer dessa árvore para impedir que o homem venha a se tomar como Ele, conhecendo todas as coisas. As palavras sedutoras da serpente causaram confusão na mente de Eva. Em quem confiaria? Tinha em mente a lembrança da ordem do Criador e de sua sentença, mas ao mesmo tempo tinha diante de si uma prova palpável que O contradizia. Atordoada, começou a duvidar do caráter do Eterno. Num desafio, a serpente colheu frutos da árvore proibida e passou a saboreá-los. Colocando um fruto nas mãos da mulher, incentivou-a a comer, dizendo: - Não disse o Eterno que se alguém tocasse nesse fruto morreria? Um completo silêncio pairava sobre o Universo. Em cada planeta habitado, os filhos da luz contemplavam impotentes àquela angustiante cena. O futuro deles estava em jogo. Em Jerusalém havia grande comoção. Poderosos anjos apresentaram-se diante do Criador, solicitando permissão para esmagarem o covarde inimigo, oculto naquela serpente. O Eterno, contudo, impediu-lhes tal ação. Se o uso da força fosse a solução, já o teria aplicado. Deviam respeitar o livre-arbítrio concedido ao homem, podendo ele manifestar sua escolha sob a tentação do inimigo. Os filhos da luz sofriam imensamente ao verem a mulher duvidando dAquele que tão bondosamente lhes dera a vida e a oportunidade de reinarem naquele paraíso. Como poderia duvidar de quem lhes dedicava tanto amor?! Adão, que numa forte esperança de assegurar a acalentada vitória apressava-se em sua corrida, contemplou ao longe sua amada, assentada junto à árvore da prova. O que fazia Eva naquele lugar tão perigoso?! Um pressentimento horrível lhe sobreveio, ao lembrar-se mais uma vez das advertências recebidas, mas procurou bani-lo como pensamento de que alcançaria sua esposa antes que algum mal lhe ocorresse. Eva vacilava em sua convicção ao contemplar o fruto em suas mãos. Por alguns momentos o futuro pareceu-lhe sombrio e aterrador, mas venceu esse sentimento, pensando nas glórias que haveria de conquistar ao comer aquele fruto. Ainda um tanto indecisa, ergueu vagarosamente as mãos até tocar o fruto com os lábios. Os súditos do reino da luz, estremecidos, inclinaram-se tomados por grande espanto. Parecia quase impossível, àquela altura, a mulher voltar atrás. Enquanto pálidos os fiéis indagavam sobre uma possível esperança, presenciaram com horror a terrível decisão de Eva: resolvera romper para sempre com o Criador, tornando-se cativa da morte. O Eterno, que em silente dor contemplava aquela cena de rebelião, curvou a fronte tendo a face banhada de lágrimas. Não podia suportar a dor daquela separação. Os fiéis, que em pânico julgavam-se vencidos, foram conscientizados de que nem tudo estava perdido. Se Adão resistisse à tentação, permanecendo fiel ao Eterno, ele selaria a grande vitória. Eva, que fora vítima de um engano, poderia ser conscientizada de seu erro, sendo favorecida com o perdão divino. Quando Adão em sua angustiosa corrida alcançou o lugar da provação, já era tarde demais. Assentada junto ao rio, Eva saboreava despreocupadamente o fruto proibido. Adão estremeceu. Seria mesmo o fruto da prova? Num gesto de esperança olhou para a árvore da ciência do bem e do mal, mas em pranto reconheceu a triste condenação. Cheio de tristeza contemplou sua esposa, mas não encontrou palavras para despertá-la para tão amarga realidade. Em completo desespero, ergueu a voz numa dolorosa exclamação: "Eva, Eva, o que você está fazendo!" Ao comer do fruto proibido, a mulher foi tomada por emoções que a fizeram imaginar haver alcançado uma esfera superior de vida. Ao ouvir a voz de seu esposo, ainda tomada pelas ilusórias emoções, ergueu a fronte estampando um sorriso, mas surpreendeu-se ao vê-lo chorando. Com profunda amargura, Adão procurou saber a razão que a levara a rebelar-se contra o Eterno. Eva, prontamente, passou a contar-lhe a fantástica história da sábia serpente. Satã sabia que essa história de serpente jamais convenceria o homem a comer do fruto da árvore proibida. Precisava encontrar uma maneira sutil de levá-lo a selar sua sorte seguindo os passos de sua esposa. Tendo Eva sob seu poder, resolveu fazer dela o objeto tentador. Aguardaria o momento oportuno para enlaçá-lo. No dia em que dela comerdes, certamente morrereis. A lembrança desta sentença deixava Adão muito aflito. A expectativa de ver sua amada perecendo em seus braços, era demais para suportar. Esta aflição, contudo, foi diminuindo, ao ver que ela continuava feliz e carinhosa ao seu lado, como se nenhum mal lhe houvesse acontecido. Aliviado, Adão voltou a sorrir, correspondendo aos afetos de sua companheira. Rendia-se às mais doces emoções, longe de saber que era o inimigo quem o envolvia naqueles abraços. Nesse momento de enlevo, Eva começou a falar-lhe de sua experiência com a ciência do bem e do mal. Falou-lhe dos tesouros da sabedoria que lhe haviam sido abertos. Em seu novo reino, viveria muito feliz. Entretanto, essa felicidade seria incompleta sem a participação de seu esposo. Falou-lhe da impossibilidade de retroceder em seus passos, e insistiu para que ele a seguisse. Depois de falar-lhe de sua decisão, Eva, com um doce sorriso, estendeu-lhe as mãos contendo um fruto, pedindo-lhe que o comesse numa demonstração de seu amor por ela. Com a voz tentadora em seus ouvidos, Adão assentou-se no gramado em profunda reflexão. Sua face tornou-se novamente pálida e suas mãos trêmulas. Temia rebelar-se contra o Criador, mas ao mesmo tempo compreendia que não conseguiria viver separado de sua companheira, a quem amava com infinito amor. Eva era carne de sua carne, a extensão de seu ser. Sentia-se angustiado ao ter de tomar uma decisão tão séria. A palidez do rosto de Adão refletiu-se no semblante de todos os fiéis ao Eterno. Ouviram a insinuação do inimigo e perceberam com horror a vacilação do homem. A indecisão de Adão deixava-os desesperados. Obedecesse ele àquela proposta de Satã, toda felicidade seria eternamente banida. Nas decisões do ser humano estava o destino de todo o Universo. Atenderia ele ao apelo de Satã? Depois de intensa luta íntima, Adão olhou para sua companheira; a ela unira-se em promessas de uma eterna entrega. Não a deixaria só agora. Partilharia com ela os resultados da rebelião. Tomou então das mãos de Eva um fruto e, num gesto apressado, levou-o à boca. Procurando abafar a voz de sua consciência, que lhe falava de uma eterna perdição, Adão lançou-se nos braços de sua esposa, desfrutando o alto preço de sua rebelião. Satã, com brados de triunfo, deixou o paraíso, voando rapidamente para junto de suas inumeráveis hostes, que aguardavam ansiosas o resultado de tão arriscada tentativa. Ao saberem da desgraça humana, uniram-se numa estrondosa festa. Sentiam-se seguros. Sião agora lhes pertencia por direito, podendo lá estabelecer um reino eterno, jamais sendo molestados pelas leis do Eterno. Em todo o Universo os filhos da luz sofriam e pranteavam a derrota. Nunca houvera tanta tristeza e horror ante o futuro. As vozes que viviam a entoar louvores ao Criador proferiam agora lamentações. O Eterno, que vencido por infinita dor prostrara - Se em pranto ante a queda do homem, não fora, contudo, surpreendido. Antes mesmo de criar o Universo já havia previsto esse triunfo da rebeldia e, em Sua sabedoria e amor, idealizara um plano de resgate que O envolveria num imenso sacrifício. Enxugando as lágrimas de Seu pranto, pôs-Se a agir poderosamente em favor de Seus fiéis aflitos, impedindo-os de caírem nas mãos dos inimigos. Nessa misteriosa intervenção que aparentemente depunha contra a justiça, o Eterno ordenou que Seus mais poderosos anjos circundassem imediatamente o jardim do Éden, impedindo que Satã tomasse posse do monte Sião. Consoladas ante a manifestação divina, as potentes criaturas, em pronta obediência, romperam o espaço infinito, circundando em instantes o paraíso, no seio do qual o ser humano, já transtornado pelo pecado, vivia o negror de uma noite que seria longa e cruel. Sendo a autoridade do Eterno fundamentada na justiça, de que maneira poderia justificar Suas ações diante dos inimigos? Não entregara por Sua vontade o reino ao homem, e esse por livre escolha não o submetera a Satã? Enquanto surpresas as criaturas racionais consideravam as ações decisivas de YHWH (YAOHUH), ouviram Sua potente voz que, repercutindo por toda a criação, trazia a revelação do grande mistério - revelação tão maravilhosa que a partir daquele momento, por toda a eternidade, ocuparia a mente dos fiéis, sendo tema para as mais doces meditações. O Eterno falou primeiramente sobre a terrível condenação que pendia sobre o homem e toda a criação. Disse que, ao se desligar da Fonte da Vida, o homem havia se precipitado em tão profundo abismo que não poderia ser alcançado pelo Seu braço de justiça e poder. Humilhado e torturado pelas garras do inimigo, não restava ao homem outra sorte além da morte - fruto doloroso de sua espontânea rebelião. Considerando a situação humana, as hostes da luz não viam possibilidades de triunfo. Sabiam que só o homem poderia retomar o domínio do inimigo, devolvendo-o ao Criador. Mas o ser humano, eternamente escravizado em sua natureza, seria incapaz de tal vitória. Com voz melodiosa e cheia de ternura, YHWH (YAOHUH) revelou o plano da redenção, dizendo: "Na verdade, o homem colherá o fruto de sua rebelião numa terrível morte. Não posso, com o meu poder, mudar-lhe a sorte. Se assim agisse, seria injusto diante de meu decreto.
(PSEUDO EPÍGRAFO DE GÊNESIS.)



Neste momento o pecado de Adão é sentenciado, pois, ele não só comeu da fruta da arvore do discernimento do bem e do mal, como não assume seu erro, jogando sobre os ombros de Eva o seu pecado. Que por sua vez irá acusar a serpente por sua falta, e a serpente é o próprio satã, e sua missão então é concluída, o de colocar a humanidade em perdição.

E disse o Senhor Deus à mulher: Por que fizeste isto? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.
¶ Então o Senhor Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isto, maldita serás mais que toda a fera, e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida.
E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
¶ E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará.
¶ E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida.
Espinhos, e cardos também, te produzirá; e comerás a erva do campo.
No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás.
¶ E chamou Adão o nome de sua mulher Eva; porquanto era a mãe de todos os viventes.
¶ E fez o Senhor Deus a Adão e à sua mulher túnicas de peles, e os vestiu.
¶ Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente,
O Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado.
E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida.

(Gênesis 3:13-24)

Mas farei cair toda a condenação sobre um Substituto que surgirá na descendência humana. Esse Homem não trará em suas mãos as algemas da morte, sendo inocente e incontaminado em Sua natureza. Como representante da raça humana, enfrentará Satã e o vencerá. Após triunfar nessa batalha, provando que o amor é mais forte que o egoísmo, que a verdade é mais forte que a mentira, que a humildade é mais poderosa que o orgulho, o fiel Substituto erguerá as mãos vitoriosas não para saudar a grande conquista, mas para tomar das mãos da humanidade escravizada a taça de sua condenação. Sorverá assim, submisso, o cálice da eterna morte. Esse imenso sacrifício abrirá aos seres humanos uma oportunidade de serem redimidos, voltando aos braços do Criador, juntamente com o domínio perdido."
As hostes, surpresas ante a revelação do Eterno, indagaram a identidade d'Esse Substituto. O Criador, com um sorriso amoroso, disse-lhes:
"Parte de Mim será esse Homem. O Meu Espírito repousará sobre uma virgem, e nela será gerado um Filho Santo. Esse menino será divino e humano. Em sua humanidade, ele será submisso à divindade que n'Ele habitará. Os remidos verão n'Ele o Pai da Eternidade, o Criador e Redentor, o Rei dos reis. O Seu nome será Yoshua (nome hebraico que traduzido significa o Eterno salva)."
Assumindo a natureza humana, Deus poderia pagar o resgate, morrendo em lugar dos pecadores.
As hostes da luz ficaram emudecidas ao conhecer o plano do Criador. O pensamento de verem-nO submeter-Se a tão penoso sacrifício, a fim de redimir o domínio perdido, era demais para suportarem. Não havia, contudo, outra esperança de vitória, a não ser através dessa amorosa entrega.
Após desfrutar o  pecado, o jovem casal sentiu-se mal. Inicialmente sentiram um grande vazio no coração, que logo foi preenchido pelo remorso e pela tristeza. Perceberam que, inspirados pela cobiça, haviam selado sua triste sorte e a de toda a criação. Parecia-lhes ouvir ao longe o gemido de um Universo vencido.
O sol, que os enchera de vida e calor naquele dia, ocultava-se no horizonte, anunciando-lhes uma negra noite. O arrebol, que até ali anunciara-lhes o feliz encontro com o Criador, parecia envolve-los numa sentença de que jamais despertariam para um novo dia. Com o olhar voltado para o frio solo, vinha-lhes à lembrança a sentença: "No dia em que dela comerdes, certamente morrereis." Desesperadas lágrimas rolavam em seus rostos ao aguardarem o trágico fim.
Ao considerar o motivo de sua rebelião, Adão começou a recriminar sua esposa por ter dado ouvidos à serpente. Eva, por sua vez, procurando desculpar-se, lançou a culpa sobre o Criador, dizendo: "Por que o Eterno permitiu que a serpente me enganasse?!"
O amor que reinava no coração humano desaparecia, dando lugar ao orgulho e ao egoísmo, que se fundiam em ressentimentos e ódio. Sua natureza já não era pura e santa, mas corrompida e cheia de rebeldia. Tudo estava mudado. Mesmo a brisa mansa que até ali os havia banhado em carícias refrescantes, enregelava agora o culposo par. As árvores e os canteiros floridos, que eram seu deleite, consistiam agora em empecilhos ao caminharem sem rumo naquela noite.
O propósito de Satã em encher o sábado de trevas parecia haver se cumprido. Naquela noite, não existia sequer o reflexo prateado do luar para falar-lhes de esperança. As estrelas cintilantes, suspensas no escuro céu, estavam ofuscadas pela dor.
Baixavam sobre o mundo as trevas de uma longa noite de pecado - sombras sob as quais tantos se arrastariam sem esperança de um alvorecer.
A noite já ia alta e as trevas pareciam envolver o triste casal em eternas sombras quando surgiu repentinamente um brilho no céu, que ia aumentando à medida que se aproximava da Terra. O casal estremeceu, pois sabia que era o Criador que vinha dar-lhes o castigo. Vencidos pelo pânico, puseram-se a correr, distanciando-se do monte Sião, o lugar da vergonhosa queda. Justamente para ali viram o Criador dirigir-Se. Eles, que sempre corriam ao encontro do amoroso Pai, atraídos por Sua luz, fugiam agora desesperados em busca de lugares escuros, de densa floresta.
O Eterno, movido por infinito amor, passou a seguir os passos do casal fugitivo.  Como tudo se transformara! Seus filhos não conseguiam mais ver n'Ele um Pai de amor, mas alguém que, irado, buscava castigá-los.
Movido por forte anseio de abraçar Seus filhos humanos, Deus fez ecoar a voz numa indagação: "Adão, onde vocês se encontram?" Sua voz, ao soar em meio às trevas, trazia consigo somente um eco vazio
Quantos, enganados por Satã, fugiriam de Sua presença no decorrer da longa noite de pecado, julgando-No um Senhor tirano, que vive buscando falhas e fraquezas nos pecadores, a fim de castigá-los! O Criador, todavia, não desistiria de procurá-los pelos vales sombrios do reino da morte, até conquistar um povo arrependido.
Adão e Eva, exaustos pela pressurosa fuga, esconderam-se por entre a folhagem de um pé de figueira. Reconhecendo sua nudez, procuraram fazer aventais cosendo aquelas folhas. Vestidos assim, julgaram poder livrar-se do sentimento de vergonha ante o Criador.
O Eterno, aproximando-Se do local onde o casal se escondia, perguntou:
- Adão, onde estão vocês?
Não podendo mais se ocultar de Deus, Adão ergueu-se juntamente com sua companheira e, cabisbaixos, apresentaram-se ao Criador, prostrando-se trêmulos a Seus pés. Não conseguiram encará-Lo mais, devido ao senso de culpa.
O Criador, carinhosamente, tomou-os pelas mãos, erguendo-os do chão, e, com expressão de tristeza no semblante,
perguntou-lhes:
- Por que vocês fugiram de Mim? Acaso comeram do fruto da árvore da ciência do bem e do mal?
Adão, todo trêmulo, com voz entrecortada  de temor, respondeu:
- A mulher que me deste por companheira, ela deu-me o fruto e eu comi.
Com esta resposta, Adão procurava desculpar-se, lançando a culpa sobre sua companheira.
Voltando-Se para Eva, o Eterno indagou-lhe:
- Por que você fez isso?
Eva prontamente respondeu-Lhe:
- Aquela serpente me enganou e eu comi.
Ambos não queriam reconhecer a culpa, lançando-a sobre outrem. Em suma, atribuíam ao Criador a responsabilidade por todo o mal praticado: "Por que concedera-lhes o livre-arbítrio? Por que criara a mulher? Por que criara a serpente?"
Deus observava Seus filhos que, tímidos e desconcertados, permaneciam diante de Si. Com profunda tristeza, Ele previu que essa seria a experiência de incontáveis seres humanos no decorrer da história. Quantos haveriam de se perder por não reconhecerem a própria culpa! Quantos procurariam justificar-se, lançando seus erros sobre os outros e até mesmo sobre o Criador!
Com palavras brandas, o Eterno procurou fazê-los reconhecer sua culpa. Somente reconhecendo sua necessidade, poderiam ser ajudados.
Olhando para as frágeis vestes tecidas por mãos pecadoras, disse ao casal:
- Filhos, essas vestes são insuficientes, logo secando se desfarão. Vocês precisam de vestes duradouras, que possam cobrir vossa nudez, livrando-vos da condenação. Se vocês quiserem, Eu posso dar-lhes essa veste.
Ante as palavras bondosas do Criador, que traziam esperança, o casal prostrou-se arrependido, despindo-se de suas ilusórias vestes, símbolos de seu fracasso. Almejavam agora as vestes da salvação, prometidas pelo Divino Pai.
(PSEUDO EPÍGRAFO DE GÊNESIS.)

A Expulsão do Paraíso
1 Na terceira hora, eles deram entrada no Paraíso; por três horas gozaram suas delícias; por três horas ficaram nuas as suas vergonhas, e na hora nona aconteceu a sua expulsão.
2 Depois que saíram do Paraíso em grande tristeza, Deus falou com Adão, consolou-o e disse: "Não te aflijas; Adão. Eu haverei de restabelecer a tua herança. Considera que é grande o amor por ti! Por tua causa eu amaldiçoei toda a terra; mas a ti eu preservei da maldição. Encerrei as pernas da serpente na sua barriga, e dei-lhe como alimento o pó da terra, e coloquei sobre Eva o jugo da submissão.
3 "Com certeza, tu transgrediste o meu Mandamento. Assim, deves sair; mas não fiques aflito! Depois de cumpridos os tempos que estabeleci para vós, em que deveis ficar fora, como estranhos sobre o mundo maldito, eu enviarei o meu Filho. Ele virá para trazer-te a Salvação; habitará numa virgem e se revestirá de um corpo. Por seu intermédio ocorrerá a tua libertação e o teu retorno.
4 "Mas ordena aos teus filhos que depois da tua morte unjam o teu corpo com mirra e aloés e o depositem na Caverna! Nela permito-vos morar pelo tempo em que devereis viver fora dos limites do Paraíso, na terra que se situa no exterior. E aquele que restar naqueles dias, levará consigo o teu corpo e o depositará no centro da terra, num lugar que eu lhe mostrarei. Pois lá acontecerá a Salvação para ti e para todos os teus filhos."
5 E Deus revelou a Adão todo o futuro, e que o Filho haveria de sofrer em seu lugar. Depois que Adão e Eva saíram do Paraíso, foram fechadas as suas portas, e um Querubim postou-se diante delas com uma espada de dois gumes. Adão e Eva desceram do monte do Paraíso; encontraram uma caverna no alto de uma colina, entraram nela, e lá se esconderam. Adão e Eva eram virgens.
(LIVRO A CAVERNA DOS TESOUROS)



            Consumado o pecado de Adão ou o pecado original, pois, desde então todos nós nascemos pecadores, impossibilitando-nos a nascermos puros, pois, ao sentenciar Adão a terra, e Deus por sua vez já a tendo amaldiçoada inclusive sentenciando Satã sobre ela, concluímos que nada puro nasceria da terra, desde que feita sobre ação humana, ou seja, nada que seja produzido pelo homem será livre do pecado, absolutamente nada, exceto quando há intervenção direta de Deus.
            Logo todos nós recebemos a mesma condenação de Adão, que é a morte, tal herança trás junto também a rebeldia, a desobediência, a prepotência, o orgulho, os vícios, a mentira, enfim, todo pecado revelado pelo poder das trevas, que antes oculto estava, até Lúcifer rebelar-se contra Deus, e posteriormente seduzir Adão que já trouxe consigo outro pecado além da afronta, que foi a dissimulação em não reconhecer sua culpa.
Então o homem começa a povoar a terra, e agora, fora do Éden onde Deus colocou anjos para impedir que o pecado retorne ao universo superior, faz uma promessa a Adão que é de reconciliação, se por um homem veio o pecado no mundo, por outro homem, o pecado será vencido. Assim sendo, até neste momento não há um povo escolhido, não há uma nação selecionada para levar o plano de redenção e amor de Deus adiante, assim, haverá de se povoar a terra para que posteriormente haja a salvação, é necessário habitar toda a terra, para que o homem possa obter sua redenção, Deus não mais irá surgir face a face com os homens, como o fez com Adão e Eva, assim como fazia com Lúcifer.

Iremos travar batalhas, iremos implorar para ver a face de Deus, mas Deus irá se revelar então através dos homens, que serão seus mensageiros, que serão sua voz, ante a terra perdida e condenada.