LIVRO 1
E ENTÃO DEUS CRIOU OS CÉUS E A TERRA.
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CAPITULO 1
No começo Deus criou os céus,( Genesis 1-1) e a terra.
A terra era um vazio, sem nenhum ser vivente, e estava
coberta por um mar profundo. A escuridão cobria o mar, e o Espírito de Deus se
movia por cima da água.(Genesis
1-2) É sabido pela ciência hoje que o universo continua em expansão à
estonteantes velocidades (
nova medida para a constante de
Hubble é 74,3 mais ou menos 2,1 quilômetros por segundo por megaparsec (1
megaparsec equivale a 3,26 milhões de anos-luz). Antes, o valor era de 72
quilômetros por segundo por megaparsec.) Se no principio era o caos e da Palavra se iniciou o processo de
criação, Deus disse haja Luz( Genesis 1:3) e uma provável explosão liberou
energia que até os dias atuais vai criando, vai expandindo, gerando Luz no
caos, criando planetas e sóis. E a luz começou a
existir.(Genesis 1:3)
E Deus viu que a Luz era boa e a separou da escuridão.(Genesis
1:4) E
a Luz, Deus chamou dia, e a Escuridão Deus chamou noite, e a noite passou e
veio a manhã, este foi o primeiro dia.(Genesis
1:5)
3 No princípio, no primeiro dia, no domingo
santo, o primogênito de todos os dias, Deus criou o céu e a terra, a água, o ar
e a Luz, isto é, os Anjos e os Arcanjos, os Tronos, os Príncipes, as Dominações
e as Potestades, os Querubins e Serafins, as ordenações e coortes dos Espíritos,
e além disso, as trevas, a luz, a noite, o dia, os ventos e as tempestades.
Tudo isso foi criado no primeiro dia.
4 Naquele domingo,
pairou sobre as águas o Espírito Santo, uma das Pessoas da Unidade Trina. E em
virtude do seu flutuar sobre a superfície da água, esta foi abençoada, de modo
a tornar-se geradora. Toda a natureza da água ficou cálida e fervente, e assim
foi composto o fermento da Criação.
5 Assim como uma ave transmite o calor às suas
crias estendendo sobre elas as suas asas protetoras, de sorte que o calor que
elas emanam sobre os ovos possa formar os filhotes assim também, pela força do
Espírito Santo, o fermento da Criação foi unido à água, no momento em que Ele,
o Parácleto, pairou sobre ela. (Livro
Caverna dos Tesouros 1:3-5 )
EPÍGRAFO
DE GÊNESIS.
A
HISTÓRIA DO UNIVERSO
LIVRO DE
MELQUISEDEQUE.
Capitulo I
Antes
que existisse uma estrela a brilhar, antes que houvesse anjos a cantar, já
havia um céu, o lar do Eterno, o único YHWH (YAOHUH). Perfeito em sabedoria,
amor e glória, viveu o Eterno uma eternidade, antes de concretizar o Seu lindo
sonho, na criação do Universo. Os incontáveis seres que compõem a criação
foram, todos, idealizados com muito carinho. Desde o íntimo átomo às
gigantescas galáxias, tudo mereceu Sua suprema atenção. Amante da música, YHWH
(YAOHUH) idealizou o Universo como uma grande orquestra que, sob Sua regência,
deveria vibrar acordes harmoniosos de justiça e paz { Levando em consideração a época em que foi escrito esses
manuscritos é impressionante sabermos que o universo produz um som como uma
verdadeira orquestra.[
Neste endereço poderá ouvir os sons do universo
captado pela N.A.S.A (https://www.youtube.com/watch?v=aJVAE_0RDsI)
Neste
outro ouviremos o som do cometa pouco antes do pouso da sonda sobre o cometa.(https://www.youtube.com/watch?v=TOihMf92VaI).]} . Para cada criatura Ele compôs uma canção de amor. O
Eterno estava muito feliz, pois os Seus sonhos estavam para se realizar.
Movendo-Se com majestade, iniciou Sua obra de criação. Suas mãos moldaram
primeiramente um mundo de luz, e sobre ele uma montanha fulgurante sobre a qual
estaria para sempre firmado o trono do Universo. Ao monte sagrado YHWH (YAOHUH)
denominou: Sião. Da base do trono, o Eterno fez jorrar um rio cristalino, para
representar a vida que d'Ele fluiria para todas as criaturas. Como sala do
trono, criou um lindo paraíso que se estendia por centenas de quilômetros ao
redor do monte Sião. Ao paraíso denominou: Éden. Ao sul do paraíso, em ambas as
margens do rio da vida, foram edificadas numerosas mansões adornadas de pedras
preciosas, que se destinavam aos anjos, os ministros do reino da luz.
Circundando o Éden e as mansões angelicais, construiu YHWH (YAOHUH) uma muralha
de jaspe luzente, ao longo da qual podiam ser vistos grandes portais de
pérolas. Com alegria, o Eterno contemplou a Capital sonhada. A cidade em seu
esplendor era como uma noiva adornada, pronta para receber seu esposo.
Carinhosamente, o grande Arquiteto a denominou: Jerusalém, a Cidade da Paz.
YHWH (YAOHUH) estava para trazer à existência a primeira criatura racional.
Seria um anjo glorioso, de todos o mais honrado. Adornado pelo brilho das
pedras preciosas, esse anjo viveria sobre o monte Sião, como representante do
Rei dos reis diante do Universo. Com muito amor, o Criador passou a modelar o
primogênito dos anjos. Toda sabedoria aplicou ao formá-lo, fazendo-o perfeito.
Com ternura concedeu-lhe a vida; o formoso anjo, como que despertando de um
profundo sono, abriu os olhos e contemplou a face de seu Autor. Com alegria, o
Eterno mostrou-lhe as belezas do paraíso, falando-lhe de Seus planos, que
começavam a se concretizar. Ao ser conduzido ao lugar de sua morada, junto ao
trono, o príncipe dos anjos ficou agradecido e, com voz melodiosa, entoou seu
primeiro cântico de louvor. Das alturas de Sião, descortinava-se, aos olhos do formoso
anjo, Jerusalém em sua vastidão e esplendor. O rio da vida, ao deslizar sereno
em meio à Cidade, assemelhava-se a uma larga avenida, espelhando as belezas do
jardim do Éden e das mansões angelicais. Envolvendo o primogênito dos anjos com
Seu manto de luz, o Eterno passou a falar-lhe dos princípios que haveriam de
reger o reino universal. Leis físicas e morais deveriam ser respeitadas em toda
a extensão do governo divino. As leis morais resumiam-se em dois princípios
básicos: amar a YHWH (YAOHUH) sobre todas as coisas e ao próximo como a Si
mesmo. Cada criatura racional deveria ser um canal por meio do qual o Eterno
pudesse jorrar aos outros vida e luz. Dessa forma, o Universo cresceria em
harmonia, felicidade e paz. No reino de YHWH (YAOHUH), as leis não seriam
impostas com tirania; Os súditos seriam livres. A obediência deveria surgir
espontânea, num gesto de reconhecimento e gratidão. Nesse reino de liberdade, a
desobediência também seria possível. O resultado de tal comportamento seria o
esvaziamento das forcas vitais. Depois de revelar ao formoso anjo as leis de
Seu governo, o Eterno confiou-lhe uma missão de grande responsabilidade: seria
o protetor daquelas leis, devendo honrá-las e revelá-las ao Universo prestes a
ser criado. Com o coração transbordante de amor a YHWH (YAOHUH) e aos
semelhantes, caber-lhe-ia ser um modelo de perfeição: seria Lúcifer, o portador
da luz. O príncipe dos anjos; agradecido por tudo, prostrou-se ante o amoroso
Rei, prometendo-Lhe eterna fidelidade. O Eterno continuou Sua obra de criação,
trazendo à existência inumeráveis hostes de anjos, os ministros do reino da
luz. A Cidade Santa ficou povoada por essas criaturas radiantes que, felizes e
gratas, uniam as vozes em belíssimos cânticos de louvor ao Criador. YHWH
(YAOHUH) traria agora à existência o Universo que, repleto de vida, giraria em
torno de Seu trono firmado em Sião. Acompanhado por Seus ministros, partiu para
a grandiosa realização. Depois de contemplar o vazio imenso, o Eterno ergueu as
poderosas mãos, ordenando a materialização das multiformes maravilhas que
haveriam de compor o Cosmo. Sua ordem, qual trovão, ecoou por todas as partes,
fazendo surgir, como que por encanto, galáxias sem conta, repletas de mundos e
sóis - paraísos de vida e alegria -, tudo girando harmoniosamente em torno do
monte Sião. Ao presenciarem tão grande feito do supremo Rei, as hostes
angelicais prostraram-se, fazendo ecoar pelo espaço iluminado um cântico de
triunfo, em saudação à vida. Todo o Universo uniu-se nesse cântico de gratidão,
em promessa de eterna fidelidade ao Criador. Guiados pelo Eterno, os anjos
passaram a conhecer as riquezas do Universo. Nessa excursão sideral, ficaram
admirados ante a vastidão do reino da luz. Por todas as partes encontravam
mundos habitados por criaturas felizes que os recebiam em festa. Os anjos
saudavam-nos com cânticos que falavam das boas novas daquele reino de paz. Tão
preciosa como a vida, a liberdade de escolha, através da qual as criaturas
poderiam demonstrar seu amor ao Criador, exigia um teste de fidelidade. Com o
propósito de revelá-lo, o Eterno conduziu as hostes por entre o espaço
iluminado, até se aproximarem de um abismo de trevas que contrastava com o
imenso brilho das galáxias. Ao longe, esse abismo revelara-se insignificante
aos olhos dos anjos, como um pontinho sem luz; mas à medida de sua aproximação,
mostrou-se em sua enormidade. O Criador, que a cada passo revelava aos anjos os
mistérios de Seu reino, ficou ali silencioso, como que guardando para Si um
segredo. As trevas daquele abismo consistiam no teste da fidelidade.
Voltando-Se para as hostes, o Eterno solenemente afirmou: -"Todos os
tesouros da luz estarão abertos ao vosso conhecimento, menos os segredos
ocultos pelas trevas. Sois livres para me servirem ou não. Amando a luz estareis
ligados à Fonte da Vida". Com estas palavras, fez YHWH (YAOHUH) separação
entre a luz e as trevas, o bem e o mal. O Universo era livre para escolher seu
destino.
CAPITULO 2
Então o universo está
se criando, à partir da sua primeira explosão de criação, Deus cria a matéria,
todos os elementos químicos, as leis da física, matemática, são concebidos
neste primeiro momento. Os seres celestiais, já é uma realidade em Seu plano de
criação, já não há mais caos. Por ser atemporal, Deus e os seres celestiais,
este primeiro dia dentro da eternidade, para nossa mortalidade é como uma
eternidade, e como visto antes, antes da criação o Eterno já havia vivido uma
eternidade, logo consideremos ao menos um néon como base para os dias da
criação, falemos de mais ou menos um milhão ou um bilhão de anos da forma que
conhecemos o tempo e a temporária existência a nós conhecida. No universo
físico a qual conhecemos, existem bilhões ou trilhões de estrelas, que continua
sua expansão, em velocidades inimagináveis, para qualquer lugar que se aponte o
telescópio, ou qualquer outro meio de observação. E ao contrário do que é Deus,
o universo tem um inicio, e se ele continua a se expandir, quer dizer que
continua a levar o abismo para mais longe, isso não quer dizer que o abismo irá
deixar de existir, e sim, que estará para todo sempre cada vez mais distante da
Luz.
Então
disse Deus. Que haja no meio da água uma divisão para separá-la em duas partes!(Genesis 1:6) E assim
aconteceu. Deus fez uma divisão que separou a água em duas partes: uma parte
ficou do lado de baixo da divisão, e outra parte ficou do lado de cima da
divisão. (Genesis 1:7) Nessa divisão Deus pôs o nome de “céu”. (Genesis 1:8)
A noite passou e veio a manhã. Esse foi o segundo dia. (Genesis
1:8)
6 No segundo dia, Deus criou o céu inferior, e
chamou o de firmamento. Isso revela que este não tem a mesma natureza do céu
superior, e que a sua aparência difere da do céu acima dele, isto é, do céu
superior, de fogo. Aquele segundo céu é feito de luz, e este que se encontra
abaixo dele é composto de substância concreta; chama-se firmamento porque
possui uma natureza espessa, aquosa.
7 E Deus, no segundo dia separou as águas das
águas isto é, as águas superiores das águas inferiores. E no segundo dia, elas
levantaram-se para o alto do céu como uma densa massa de névoa; subiu e
localizou-se acima do firmamento, no espaço. Mas não se movia nem se derramava
para lado algum. (Livro Caverna dos Tesouros
1:6-7)
¶ E disse
Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca;
e assim foi.
E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares; e viu Deus que era bom. (Gênesis 1:9-10)
E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares; e viu Deus que era bom. (Gênesis 1:9-10)
Neste dia Deus dá forma a terra, pois
antes ela era disforme e vazia e aguardava nas sombras do abismo, (E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas
sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.)(Gênesis 1:2)
A História do Universo
Capitulo II
O tão acalentado sonho
do Criador se concretizara. Agora, como Pai carinhoso, conduzia as criaturas
através de uma eternidade de harmonia e paz. Em virtude do cumprimento das leis
divinas, o Universo expandia-se em felicidade e glória. Havia um forte elo de
amor, que a todos unia fortemente. Os seres racionais, dotados da capacidade de
um desenvolvimento infinito, encontravam indizível prazer em aprender os
inesgotáveis tesouros da Sabedoria divina, transmitindo-os aos semelhantes.
Eram como canais por meio dos quais a Fonte da Eterna Vida nutria a todos de
amor e luz. Em Jerusalém, os ministros do reino reuniam-se ante o soberano Rei,
sempre prontos a cumprir os Seus propósitos. Era através de Lúcifer que o
Eterno tornava manifesto os Seus desígnios. Depois de receber uma nova
revelação, ele prontamente a transmitia às hostes angelicais. Estas, por sua
vez, a compartilhavam com a criação. Em célere vôo os anjos rumavam para os
planetas capitais, onde, em grandes assembléias, reuniam-se os representantes
dos demais mundos. Em muitas dessas assembléias, Lúcifer fazia-se presente,
enchendo os participantes de alegria e admiração. Perfeito em todas as
virtudes, ele os cativava com sua simpatia. Nenhum outro anjo conseguia revelar
como ele os mistérios do amor do Eterno. O Universo, alimentando-se da Fonte da
Vida, expandia-se numa eternidade de perfeita paz. A obediência às leis divinas
era o fundamento de todo progresso e felicidade. Ainda que conscientes do
livre-arbítrio, jamais subira ao coração de qualquer criatura o desejo de se
afastar do Criador. Assim foi por muito tempo, até que tal problema irrompeu na
vida daquele que era o mais íntimo do Eterno. Lúcifer, que dedicara sua vida ao
conhecimento dos mistérios da luz, sentiu-se aos poucos atraído pelas trevas. O
Rei do Universo, aos olhos de quem nada pode ser encoberto, acompanhou com
tristeza os seus passos no caminho descendente que leva à morte. A princípio,
uma pequena curiosidade levou Lúcifer a se aproximar daquele abismo profundo.
Contemplando-o, ele começou a indagar o porquê de não poder compreender o seu
enigma. Retornando a seu lugar de honra, junto ao trono, prostrou-se ante o
divino Rei, suplicando-Lhe: - Pai, dá-me a conhecer os segredos das trevas,
assim como me revelas a luz. Ante o pedido do formoso anjo, o Eterno, com voz
expressiva de tristeza, disse-lhe: - Meu filho, você foi criado para a luz, que
é vida. Convencendo-se de que o Criador não lhe revelaria os tesouros das
trevas, Lúcifer decidiu compreender por si mesmo o enigma. Julgava-se
capacitado para tanto. Com esta triste decisão, o príncipe dos anjos permitiu
que surgisse em seu coração uma mancha de pecado que poderia trazer uma
catástrofe para o Universo. Só YHWH (YAOHUH) sabia o que se passava no coração
de Lúcifer. O anjo, que fora criado para ser o portador da luz, estava
divorciando-se em pensamentos do bondoso Criador que, num esforço de impedir o
desastre, rogava-lhe permanecer a Seu lado. Uma tremenda luta passou a
travar-se em seu íntimo. O desejo de conhecer o sentido das trevas era imenso,
contudo, os rogos daquele amoroso Pai, a quem não queria também perder, o
torturavam. Vendo o sofrimento que sua atitude causava ao Criador, às vezes
demonstrava arrependimento, mas voltava a cair. Antes de criar o Universo, YHWH
(YAOHUH) já previra a possibilidade de uma rebelião. O risco de conceder
liberdade às criaturas era imenso, mas, sem este dom, a vida não teria sentido.
O Eterno não queria reinar sobre robôs, programados para fazerem somente a Sua
vontade. Ele queria que a obediência fosse fruto de reconhecimento e amor, por
isso decidiu correr o grande risco. Ainda que prosseguisse na busca do sentido
das trevas, Lúcifer não pretendia abandonar a luz. Esforçava-se para chegar a
uma combinação entre essas partes que, no reino do Eterno, coexistiam
separadas. Finalmente, com um sentimento de exaltação, concebeu uma teoria
enganosa, que pretendia apresentar ao Universo como um novo sistema de governo,
superior ao governar do Eterno. Denominou sua teoria de "a ciência do bem
e do mal". Estruturada na lógica, a ciência do bem e do mal se revelou
atraente aos olhos de Lúcifer, parecendo descerrar um sentido de vida superior
àquele oferecido pelo Criador, cujo reino possibilitava unicamente o
conhecimento experimental do bem. No novo sistema, haveria equilíbrio entre o
bem e o mal, entre o amor e o egoísmo, entre a luz e as trevas. Ao longo do
tempo em que amadurecera em sua mente a ciência do bem e do mal, Lúcifer soube
guardar segredo diante do Universo. Continuava em seu posto de honra, cumprindo
a função de Portador da Luz. Contudo, por mais que procurasse fingir, seu
semblante já não revelava alegria em servir ao Eterno. O divino Rei, que sofria
em silêncio, procurava, por meio de Suas revelações de amor, preparar as
criaturas racionais para a grande prova que se aproximava. Sabia que muitos
dariam ouvido à tentação, voltando-Lhe as costas. À noite da provação faria
sobressair, contudo, os verdadeiros fiéis - aqueles que serviam ao Criador não
por interesse, mas por amor. Ao ver que a hora da prova chegara, e que Lúcifer
estava pronto para traí-Lo diante do Universo, o Eterno, que jamais cessara de
revelar os tesouros de Sua sabedoria, tornou-se silencioso e contemplativo. O
silêncio fez reviver no coração das hostes a lembrança daquela primeira
excursão sideral, quando, depois de lhes mostrar as riquezas do reino da luz,
YHWH (YAOHUH) tornou-se silencioso ante aquele abismo. Lembram-se de Suas
palavras: "Todos os tesouros da luz estarão abertos ao vosso conhecimento,
menos os segredos ocultos pelas trevas. Sois livres para me servirem ou não.
Amando a luz estareis ligados à Fonte da Vida". Lúcifer, que passara a
cobiçar o trono de YHWH (YAOHUH), indagou-Lhe o motivo de Seu silêncio. O
Criador, contemplando-o com infinita tristeza, disse-lhe: "É chegada à
hora das trevas. Você é livre para realizar seus propósitos". Vendo que o
momento propício para a propagação de sua teoria havia chegado, Lúcifer
convocou os anjos para uma reunião especial. As hostes, desejosas de conhecer o
significado do silêncio do Pai, tomaram seus lugares junto ao magnífico anjo,
que sempre lhes revelara os tesouros do reino da luz. Lúcifer começou seu
discurso exaltando, como de costume, o governo do Eterno. Num amplo
retrospecto, lembrou-lhes as grandiosas revelações que os enriquecera em toda
aquela eternidade. O silêncio divino, apresentou-o como sendo a indicação de
que o Universo alcançara a plenitude do conhecimento oriundo da luz.
Silenciando, o Eterno abria-lhes caminho para o entendimento de mistérios ainda
não sondados, mantidos até então além dos limites de Seu governo. Surpresas, as
hostes tomaram conhecimento da experiência de Lúcifer sobre as trevas. Com
eloqüência, ele falou-lhes da ciência do bem e do mal, indicando-a como o
caminho das maiores realizações. O efeito de suas palavras logo se fez sentir
em todo o Universo. A questão era decisiva e explosiva, gerando pela primeira
vez discórdia. Os seres racionais, em sua prova, tinham de optar por permanecer
somente com o conhecimento da luz, o qual Lúcifer afirmava haver chegado ao seu
limite, ou se aventurar no conhecimento da ciência do bem e do mal. No começo,
os anjos debateram-se diante da questão, sendo logo depois todo o Universo
posto à prova. Dir-se-ia que a ciência do bem e do mal haveria de arrebanhar a
maior parte das criaturas, mas, aos poucos, muitos que a princípio se
empolgaram com a teoria, despertaram para a ilusão da mesma, reafirmando sua
fidelidade ao reino da luz. Ao fim desse conflito, que se arrastou por longo
tempo, revelou-se um terço das estrelas do céu ao lado de Lúcifer, e as
restantes, ainda que abaladas pela prova ao lado do Eterno. A ciência do bem e
do mal fora apregoada por Lúcifer como um novo sistema de governo. Mas como
exercê-lo, se o Eterno continuava reinando em Sião? Precisavam encontrar um
meio de afastá-Lo dali. O conselho, formado pelos anjos rebeldes, passou a
tratar disso. Decidiram, finalmente, solicitar-Lhe o trono por um tempo
determinado, no qual poderiam demonstrar a excelência do novo sistema de
governo. Caso fosse aprovado pelo Universo, o novo sistema se estabeleceria
para sempre; caso contrário, o domínio retornaria ao Criador. Foi assim que
Lúcifer, acompanhado por suas hostes, aproximou-se arrogante d'Aquele Pai
sofredor, fazendo-Lhe tal pedido. O Eterno não era ambicioso, apenas queria bem
às Suas criaturas. Se a ciência do bem e do mal consistisse realmente num bem
maior, não Se oporia à sua implantação, cedendo o trono a seus defensores. Mas
Ele sabia que aquele caminho conduziria à infelicidade e à morte. Movido por
Seu amor protetor, o Criador desatendeu o pedido das hostes rebeldes, que se
afastaram enfurecidas. A lhes ser negado o trono, Lúcifer e suas hostes
passaram a acusar o divino Rei, proclamando ser o seu governo de tirania.
Afirmavam ser sua permanência no trono a mais patente demonstração de Sua
arbitrariedade. Não lhes concedera liberdade de escolha? For que neutralizá-la
agora, impedindo-os de pôr em prática um sistema de governo superior? As
acusações das hostes rebeldes repercutiram por todo o Universo, fazendo parecer
que o governo do Eterno era injusto. Isto trouxe profunda angústia àqueles que
permaneciam fiéis ao reino da luz. Não sabendo como refutar tais acusações,
essas criaturas, emudecidas pela dor moral, ansiavam pelo momento em que novas
revelações procedentes do Criador pudessem aclarar-lhes os mistérios desse
grande conflito. As acusações e blasfêmias das hostes rebeldes alcançavam o
ponto culminante quando o Eterno, num gesto surpreendente, ergueu-se de Seu
trono, como que pronto a deixá-lo. Os infiéis, na expectativa de uma conquista,
aquietaram-se, enquanto um sentimento de temor penetrava no coração dos súditos
da luz. Entregaria Ele o domínio de toda a criação, para livrar-Se das vis
acusações? De acordo com a lógica a partir da qual Lúcifer fundamentava seus
ensinamentos, não restava alternativa ao Criador. Nesta tremenda expectativa, o
Universo acompanhava os passos de YHWH (YAOHUH). Num gesto de humildade, o
Criador despojou-Se de Sua coroa e de Seu manto real, depondo-os sobre o alvo
trono. Em Seu semblante não havia expressão de ressentimento ou ira, mas de
infinito amor e tristeza. Com solenidade, o Eterno proclamou que o momento
decisivo chegara, quando cada criatura deveria selar sua decisão ao lado da luz
ou das trevas. Numa ampla revelação, alertou para as conseqüências de um
rompimento com a Fonte da Vida. Com olhar de ternura o Criador contemplou seus
filhos. Era um olhar de humildade, que cheio de amor, suplicava para que
permanecessem ao Seu lado. Incontáveis criaturas, emocionadas, corresponderam
ao Seu olhar de bondade, enquanto uma multidão se manteve cabisbaixa. Lúcifer e
seus seguidores estavam conscientes da seriedade daquele momento. Ainda era
possível voltar atrás em seus planos, entregando-se arrependidos ao divino Pai
que sempre os amara. Enquanto cabisbaixos consideravam sobre a decisão final,
Lúcifer e seus adeptos ouviam o cântico daqueles que, em reconhecimento e
gratidão, colocavam-se ao lado do Eterno. A última luta travava-se no coração
dos infiéis que, estremecidos, chegaram a pensar em recuar. Finalmente, a
lembrança do recente gesto divino, despojando-Se da coroa, deu-lhes a certeza
de que o governo lhes seria entregue. Vendo que o Trono permanecia vazio,
Lúcifer e suas hostes, dominados pela cobiça, romperam definitivamente com o
Criador Ao ver um terço dos súditos transpor as divisas da eterna separação,
YHWH (YAOHUH) deixou extravasar a dor angustiante que por tanto tempo
martirizava Seu coração, curvando-Se em inconsolável pranto. Contemplando Seus
filhos rebeldes, ergueu a voz numa lamentação dolorosa: "Meus filhos, meus
filhos! Já não posso chamá-los assim! Queria tanto tê-los nos braços meus!
Lembro-Me quando os formei com carinho! Vocês surgiram felizes e perfeitos, em
acordes de esperança em eterna harmonia! Vivi para vocês, cobrindo-os de glória
e poder! Vocês foram a minha alegria! Por que seus corações mudaram tanto? O
que mais poderia eu ter feito para fazê-los permanecer comigo? Hoje minh'alma
sangra em dor pela separação eterna! Como olharei para os lugares vazios onde
tantas vezes rejubilantes ergueram as vozes em hosanas festivas, sem me vir à
mente um misto da felicidade e dor?! Saudade infinita já invade o meu ser, e
sei que será eterna! Hoje o meu coração rompeu e quebrou-se; as cicatrizes
carregarei para sempre! Depois de proclamar em pranto tão dolorosa lamentação,
o Eterno, dirigindo-Se a Lúcifer, o causador de todo o mal, disse: "Você
recebeu um nome de honra ao ser criado. Agora não mais o chamarão Lúcifer, mas
Satã, o inimigo do Criador e de Suas leis." Depois de lamentar a perdição
das hostes rebeldes, o Eterno, em lentos passos, ausentou-se do jardim do Éden,
lugar do trono Universal.. Onde seria agora a Sua morada? As hostes fiéis
acompanharam reverentes os Seus misteriosos passos de abandono, que pareciam
descerrar um futuro difícil, de sofrimentos e humilhações. Ocupariam os
rebeldes o divino trono, profanando-o como domínio do pecado? Esta indagação
torturava o coração dos súditos do Eterno. Deixando Sua amada Cidade, o Senhor
da luz conduziu-Se, em meio às glórias do Universo, em direção do abismo
imenso, a respeito do qual silenciara até então. Ali deteve-Se mais uma vez,
emudecido, enquanto parecia ler nas trevas um futuro de grandes lutas. Ante o
sofrimento do Eterno, expresso na tristeza de Seu semblante, os fiéis puderam
finalmente compreender o significado daquele misterioso abismo: consistia numa
representação simbólica do reino da rebeldia. Na face entristecida de YHWH
(YAOHUH) manifestou-se, por fim, um brilho que aos fiéis animou. Erguendo os
poderosos braços ante as trevas, ordenou em alta voz: "Haja luz."
Imediatamente, a luz de Sua presença inundou o profundo abismo e, triunfando
sobre as trevas, revelou um mundo inacabado, coberto por cristalinas águas. Com
esse gesto, iniciava o Eterno uma grande batalha pela reivindicação de Seu
governo de luz; batalha do amor contra o egoísmo; da justiça contra a
injustiça; da humildade contra o orgulho; da liberdade contra a escravidão; da
vida contra a morte. Batalha que, sem trégua, se estenderia até que, no
alvorecer almejado, pudesse o divino Rei retornar vitorioso ao santo monte
Sião, onde, entronizado em meio aos louvores dos remidos, reinaria para sempre
em perfeita paz. As trevas, em sua fuga, apontavam para o aniquilamento final
da rebeldia. As águas abundantes que cobriam aquele mundo, até então oculto,
simbolizavam a vida eterna que para os fiéis seria conquistada pelo amor que
tudo sacrifica. O mundo revelado era a Terra. Visitada pelas trevas e pela luz,
ela seria o palco da grande luta. Rejubilavam-se os fiéis ante o triunfo da luz
naquele primeiro dia, quando as trevas em sua fúria rolaram sobre o planeta,
sucumbindo-o em densa escuridão. A luz, que parecia vencida, renasceu vitoriosa
num lindo alvorecer. Ao raiar a luz do segundo dia, o Eterno ordenou:
"Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre água e
águas." Imediatamente, o calor de Sua luz fez com que imensa quantidade de
vapor se elevasse das águas, envolvendo o planeta num manto de transparência
anil. Surgiu assim a atmosfera, com sua mistura perfeita de gases que seriam
essenciais à vida que em breve coroaria o planeta. O Criador, contemplando a
expansão, denominou-a "céus". A atmosfera, que cheia de brilho
envolvia a Terra, sombreou-se ao sobrevir o crepúsculo de um outro entardecer.
CAPITULO 3
O TERCEIRO DIA DA CRIAÇÃO.
O primeiro dia após a rebelião de
Lúcifer.
E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares; e viu Deus que era bom.
E disse Deus: Produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente está nela sobre a terra; e assim foi.
E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie, e a árvore frutífera, cuja semente está nela conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.
E foi a tarde e a manhã, o dia terceiro. ( Gênesis 1:9-13 )
A HISTORIA DO UNIVERSO CAPITULO 3
Ao serem vencidas as trevas no terceiro dia, o Criador
prosseguiu Sua obra, fazendo surgir os imensos continentes que ainda estavam
sob a superfície das águas. Com as mãos erguidas ordenou: "Ajuntem-se as
águas debaixo dos céus num lugar e apareça a porção seca."
Em pronta obediência, as cristalinas águas cederam sua posição
superior à porção seca que se ergueu, sobrepondo-se a elas.
Nas regiões baixas da Terra, as águas continuariam refletindo o
brilho celeste, sendo um refrigério para as criaturas sedentas.
Nesse gesto de humildade, as águas prefiguravam o Criador, que
na grande luta desceria ao mais profundo abismo para fazer renascer nas almas
sedentas a vida eterna.
Contemplando a face daquele novo mundo, o Eterno denominou a
parte seca "terra", e ao ajuntamento das águas chamou
"mares".
Com Sua poderosa voz prosseguiu, ordenando: "Produza a
terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a
sua espécie, cuja semente esteja nela sobre a terra."
Em obediência ao mando divino, a superfície sólida do planeta
revestiu-se de toda sorte de vegetação: lindos prados a florir, campos
verdejantes entrecortados por rios cristalinos, florestas sem fim.
Enquanto com admiração as hostes contemplavam as belezas daquela
criação, surpreenderam-se ao reconhecer sobre o novo planeta o jardim do Éden,
lugar do trono divino. O Eterno, pelo poder de Sua palavra, o havia transferido
para o seio daquele mundo especial, onde em justiça seria confirmado o governo
do Universo.
Contemplando Sua obra, o Criador com felicidade exclamou:
"Eis que tudo é muito bom."
As hostes fiéis agora podiam compreender melhor a importância da
luz divinal. Sua ausência havia ofuscado, naquela noite, as belezas de Sião.
Nesse novo dia, o Criador expressaria o Seu grande poder, dando
à Terra luminares que a encheriam de luz e calor. Esses luminares permaneceriam
para sempre como símbolos da presença espiritual do Eterno, que é a fonte de
toda a luz.
Contemplando o espaço escuro e vazio que se estendia ao redor da
Terra, com potente voz ordenou: "Haja luminares na expansão dos céus, para
haver separação entre o dia e a noite; sejam eles para sinais e para tempos
determinados, para dias e anos. E sejam para luminares na expansão dos céus
para alumiarem a Terra."
Imediatamente, o espaço tornou-se radiante pelo brilho do sol e
pelo reflexo de planetas e estrelas. Ante esta demonstração de poder, as hostes
fiéis curvaram-se em reverente adoração.
LIVRO A
CAVERNA DOS TESOUROS 1:8-11
8
No terceiro dia, Deus ordenou às águas abaixo do
firmamento que se ajuntassem num lugar, e que aparecesse a parte seca. Quando
então a cobertura da água foi retirada da superfície da terra, revelou-se que
esta não era consistente e firme, mas sim que possuía uma natureza úmida e
flácida.
9
A água então agregou-se nos mares, mas também debaixo
da terra, e sobre a terra, e acima da terra. E Deus criou no seio dela
corredores, veios e canais, para o fluxo das águas, e também para os vapores
que emanam da terra, a partir desses veios e cursos; criou também os calores e
os frios, para o melhor benefício da terra. Pois, na sua profundidade, a terra
é como uma esponja, porque se apóia sobre as águas.
10
No mesmo terceiro dia, Deus ordenou à terra que fizesse
brotar ervas por baixo dela. E assim, no seu seio, ela ficou prenhe de árvores,
sementes, plantas e raízes. No terceiro dia, Deus criou o sol, a lua e as
estrelas.
11
E quando o calor do sol se estendeu sobre a superfície
da terra, esta endureceu a sua moleza, pois foi-lhe retirada a umidade e a
fluidez das águas.
Quando esquentou o pó da terra, esta fez brotar árvores, plantas,
sementes e raízes, que no terceiro dia foram engendradas no seu selo.
Neste
plano, o universo a qual conhecemos habitará Deus também, há contudo o céu dos
céus, ou seja, o mundo espiritual donde provém Deus, e agora temos o mundo
material, donde vem o cosmos e toda materialidade. O projeto de Deus não
fracassou com a rebelião Luciferiana, muito pelo contrário, cumpriu seu
propósito, pois, embora não fizesse parte dos planos de Deus, Deus sabia em sua
infinita sabedoria e misericórdia que as trevas poderiam se apossar de Suas
criaturas, mesmo ele avisando e mostrando o perigo das trevas. Lúcifer nutriu
em seu coração sentimentos tais, a negativa de Deus de lhe expor os segredos
das trevas não coloca Deus jamais no banco dos réus do Universo, pois, antes
mesmo que qualquer um descobrissem as trevas, ELE, Deus levou as hordas
celestiais a conhecerem as trevas e a escuridão, e através do livre arbítrio
deixado para cada criatura, deixou a cada um a escolha entre a sabedoria
infinita da Luz, O Criador, que a cada passo
revelava aos anjos os mistérios de Seu reino, ficou ali silencioso, como que
guardando para Si um segredo. As trevas daquele abismo consistiam no teste da
fidelidade. Voltando-Se para as hostes, o Eterno solenemente afirmou:
-"Todos os tesouros da luz estarão abertos ao vosso conhecimento, menos os
segredos ocultos pelas trevas. Sois livres para me servirem ou não. Amando a
luz estareis ligados à Fonte da Vida".
É
o mesmo quando ensinamos nossos pequeninos, não roubes, não mates, não ires,
ora, quando uma pessoa opta por ações contrárias a moralidade, ele o faz dentro
da consciência, o dizer e mostrar o que é errado, como o uso de drogas por
exemplo, pois por mais que se alerte, ainda há quem opte por esses caminhos.
Deus
jamais quer a destruição dos seus, e como ficou comprovado até aqui, Deus sofre
também pelos seus filhos perdidos, contudo, nada pode fazer quando os filhos seus escolhem a perdição, assim como
nós pais mortais e terrenos, sofremos pelas escolhas erradas de nossos filhos,
Deus sofre mais ainda quando os seus caem nas armadilhas da escuridão.
¶ E disse Deus: Haja
luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e
sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos.
E sejam para luminares na expansão dos céus, para iluminar a terra; e assim foi.
E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas.
E Deus os pôs na expansão dos céus para iluminar a terra,
E para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas; e viu Deus que era bom.
E foi a tarde e a manhã, o dia quarto. (Gênesis 1:14-19)
E sejam para luminares na expansão dos céus, para iluminar a terra; e assim foi.
E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas.
E Deus os pôs na expansão dos céus para iluminar a terra,
E para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas; e viu Deus que era bom.
E foi a tarde e a manhã, o dia quarto. (Gênesis 1:14-19)
¶ E disse
Deus: Produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente; e voem as aves
sobre a face da expansão dos céus.
E Deus criou as grandes baleias, e todo o réptil de alma vivente que as águas abundantemente produziram conforme as suas espécies; e toda a ave de asas conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.
E Deus os abençoou, dizendo: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei as águas nos mares; e as aves se multipliquem na terra.
E foi a tarde e a manhã, o dia quinto. (Gênesis 1:20-23)
E Deus criou as grandes baleias, e todo o réptil de alma vivente que as águas abundantemente produziram conforme as suas espécies; e toda a ave de asas conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.
E Deus os abençoou, dizendo: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei as águas nos mares; e as aves se multipliquem na terra.
E foi a tarde e a manhã, o dia quinto. (Gênesis 1:20-23)
12 No
quinto dia, Deus deu ordens às águas, e estas produziram toda espécie de peixes
possíveis e frutos do mar, as baleias, o Leviatã e outros animais de aparência
horrorosa, bem como os pássaros do ar e as aves aquáticas.
13 No mesmo quinto dia, Deus criou da terra todo o gado, os
animais selvagens e os animais predadores, cada um segundo a sua espécie.
(LIVRO CAVERNA DOS
TESOUROS)
No quarto dia, o Eterno criou os mundos de nosso sistema
solar não para serem habitados como a Terra, mas para o equilíbrio do sistema.
Encheriam também o céu de fulgor, abrandando as trevas das noites terrenas.
Volvendo os olhos para a Terra, as hostes alegraram-se por vê-la radiante em
cores. Bem próximo dela podia-se ver a Lua que, com seu reflexo prateado, afugentaria
as profundas sombras noturnas. Envolvidos por esse cenário encantador, os
filhos da luz, rejubilantes, saudaram o alvorecer do quinto dia, que seria de
muitas surpresas. O Eterno tornaria a Terra festiva pela presença de
infindáveis espécies de animais irracionais que habitariam toda a superfície do
planeta. Essa criação teria continuidade no sexto dia. Erguendo as poderosas
mãos, o Criador, olhando primeiramente para as cristalinas águas, ordenou:
"Produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente." De
imediato, as águas tornaram-se ondulantes pela presença de incontáveis espécies
de répteis que, felizes e gratos, festejavam a existência num contínuo nadar e
saltitar. Desde os seres microscópicos até as grandes baleias, todos surgiram em
completa harmonia, refletindo em sua natureza o amor do Criador. Pousando os
olhos sobre a atmosfera anil que repousava sobre as verdejantes florestas, o
Eterno continuou: "Voem as aves sobre a face da expansão dos céus".
Mediante Sua ordem, os Céus encheram-se de pássaros coloridos que, voando em
todas as direções, tinham no coração um cântico de gratidão pela vida. Esse
cântico encheu o ar, misturando-se com o perfume das matas floridas.
Contemplando com prazer Suas criaturas terrenas, o Eterno abençoou-as dizendo:
"Frutificai e multiplicai-vos e enchei as águas nos mares, e as aves se
multipliquem na Terra." Rejubilantes, as hostes fiéis presenciaram o
alvorecer do sexto dia. O que criaria YHWH (YAOHUH) nesse novo dia? Esta
indagação pairava na mente de todos os seres racionais. Estavam certos de que
algo muito especial estava para acontecer. Erguendo os potentes braços, o
Eterno ordenou: "Produza a Terra alma vivente conforme a sua espécie:
gado, répteis e bestas-feras da terra, conforme a sua espécie." Sua voz
poderosa foi prontamente ouvida e, nas florestas e campos, pôde-se ver o
resultado de Seu poder criador. Animais de todas as espécies despertaram numa
existência feliz, em meio a um paraíso de perfeita paz. A Terra tomara-se
extremamente bela, qual princesa adornada para receber o seu rei e senhor. Quem
seria esse ser especial? Movendo-Se com majestade, o Eterno baixou às glórias
do novo mundo, dirigindo-Se ao jardim do Éden, lugar do divino trono. Os anjos
da luz acompanharam-no reverentes, detendo-se qual nuvem sobre os céus do
paraíso. Todo Universo observava com profundo interesse o desdobramento dos
atos do Criador, em resposta às acusações de seus inimigos. O momento era
decisivo. Tudo indicava que o Eterno demonstraria não ser tirano nem egoísta, coroando
alguém sobre o monte Sião. Satã e seus seguidores não duvidavam de que o reino
lhes seria entregue e reinariam vitoriosos no seio daquele antigo abismo, onde
as trevas e a luz agora se entrelaçavam. Os súditos da luz estremeceram ante
essa perspectiva. Junto à fonte do rio da vida, o Eterno curvou-Se solenemente
e, com os elementos naturais da Terra, começou a moldar, com muito carinho, uma
criatura especial.
(PSEUDO EPÍGRAFO DE GÊNESIS)
Deus não abandonou
Seu Trono Celestial, ao contrário disso, prova para os anjos seduzidos por
Satã, assim como aos anjos fiéis o poder da Luz e as maravilhas pela Luz
obtidas e possíveis, ou seja, pela Luz a verdadeira Luz, tudo é possível, Satã
por sua vez mantém o desejo de igualar-se a Deus, sem deixar arrepender que
seus sentimentos egoístas e invejosos, não só o condenou ao abismo da
escuridão, como o impossibilitou de voltar a Luz de Deus, porque ele, Satã teve
todas as chances de arrepender-se dos sentimentos por ele, e somente por ele
gerados.
Desde o principio,
Deus é amor, Deus é perfeição e bondade, Deus é compreensão e razão, jamais em
momento algum Deus quis criar autômatos, seres que o obedecessem apenas por
medo, ou mesmo por imposição, Deus nos dá amor e em troca espera amor, e amor
antes de tudo também é gratidão. A gratidão de termos sido criados, a gratidão
por termos sidos gerados em espírito, a gratidão pelo acordar e adormecer, a
gratidão por estarmos a cada dia mais próximos de ama-lo e venera-lo, tendo
muito a agradecer e pouco a pedir.
Jamais iremos
compreender o amor de Deus, e nem precisamos ou poderemos, além de apenas
aceita-lo, e Deus nos aceita, basta pedir que ELE nos adota como filhos, e nos
ama como a filhos, e nos quer como a filhos.
Nestes cinco
primeiros dias da criação, podemos observar que Deus em momento algum se
contradiz e tampouco se mostra vingativo, com os erros assumidos pelos anjos
rebelados, ao contrário ELE, Deus, sofre a eternidade, por não poder mais
partilhar com eles, a alegria da presença, pois, no mais alto dos céus, o
pecado não tem lugar e não pode habitar, pois o pecado é a destruição da
vida, é a aniquilação da existência
perfeita, pois o pecado, é pecado, é uma mancha imunda, onde a alvura não pode compartilhar
sem se contaminar.
CAPITULO 5.
¶ E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme
a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus,
e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a
terra.
E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o
criou; homem e mulher os criou.
E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e
multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do
mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.
¶ E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que
dê semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que há
fruto que dê semente, ser-vos-á para mantimento.
E a todo o animal da terra, e a toda a ave dos céus, e a
todo o réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde será para
mantimento; e assim foi.
¶ E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era
muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto. (Gênesis 1:26-31)
Depois de alguns instantes, estava estendido diante do
Criador o corpo, ainda sem vida, do primeiro homem. O Eterno contemplou-o e,
após acariciar-lhe a face fria e descorada, soprou-lhe nas narinas o fôlego da
vida e o homem começou a viver. Como que despertando de um sono, o homem abriu
os olhos e contemplou a face meiga de Seu Criador que, sorrindo, beijou-lhe a
face agora corada e cheia de vida. Emocionou-se ao ouvir o Eterno dizer-lhe com
voz suave e cheia de afeição: "Meu filho, meu querido filho!" Por ter
nascido do solo, o primeiro homem recebeu o nome de Adão. Tomando-o pela mão, o
Eterno levantou-o. Sem perceber o cenário de fulgor que o circundava, Adão, num
gesto de gratidão pela existência, envolveu o Criador num terno abraço,
prostrando-se em reverente adoração. As hostes fiéis que admiradas
testemunhavam a grandiosa realização divina, emocionadas ante o gesto humano,
prostraram-se também em reverente adoração. Uniram então as vozes num cântico
de júbilo em saudação àquela criatura especial, que despertava para a vida num
momento tão decisivo para o Universo. Com o coração cheio de felicidade, Adão
uniu-se aos anjos em seu cântico de louvor. Sua voz, ao ecoar pelos arredores
floridos, misturou-se ao canto das aves e ao mugir de animais que se
aproximavam em festa. Num passeio de surpresas inesquecíveis, Adão foi
conscientizado das belezas de seu lar. Com admiração, contemplou o monte Sião,
donde jorrava o rio da vida, numa cascata de luz. O glorioso monte jazia
coroado por um lindo arco-íris. Em seus passos, seguiu o curso do cristalino
rio, que deslizava sereno em meio às maravilhas do Éden. Admirava-se das
altaneiras árvores que, embaladas pela brisa, deixavam pender dos ramos
abundantes flores e frutos. Inclinava-se aqui e acolá, atraído pelo fulgor de
pedras preciosas que por todas as partes enfeitavam o gramado. Com intensa
alegria, Adão tomava conhecimento das infindáveis espécies de animais que
povoavam o jardim. Todos eram mansos e submissos e viviam em perfeita harmonia
e felicidade. Detendo-se em seus passos, Adão admirou-se da alvura e meiguice
de um animalzinho que brincava no gramado. Aproximando-se, tomou-o em seus
braços, dedicando-lhe um afeto especial. Como era agradável acariciar sua alva
lã! Seus olhinhos meigos refletiam um brilho de amor e humildade. Havia algo de
especial naquele animalzinho. Afetuosamente, Adão chamou-o de
"cordeiro". Com o animalzinho em seus braços, Adão olhou agradecido
para o Eterno e O adorou. Contemplando Suas alvas vestes, Seus olhos
expressivos de um amor sem par, Adão descobriu que tinha nos braços um símbolo
de seu Autor. Feliz, exclamou: "Oh, Senhor, este cordeirinho revestido de
tão branca lã, com olhar expressivo de tanto amor, se parece Contigo. Eu quero
tê-lo sempre junto a mim." Observando os animais, Adão percebeu que eles
desfrutavam de um companheirismo especial. Via por toda parte casais felizes
que viviam um para o outro. Seus pensamentos voltaram-se para o Seu
Companheiro. Olhou ao derredor e ficou surpreso por não vê-Lo. O Eterno havia
Se ocultado propositalmente, tornando-Se invisível. Adão sentia-se solitário em
meio àquele paraíso. Com quem partilharia sua felicidade e seu amor? Havia ali
os animais, mas eles eram irracionais, não podendo compartilhar de seus ideais.
Nascia em seu coração, ao caminhar solitário naquele entardecer, um desejo
ardente de encontrar alguém que pudesse estar sempre a seu lado. Enquanto Adão
olhava para as distantes colinas na esperança de ver alguém, o Eterno
apresentou-Se ao seu lado e disse-lhe: "Não é bom que o homem esteja só;
far-lhe-ei uma companheira." Adão ficou feliz ao ouvir do Criador essa
promessa, justamente no momento em que tanto ansiava ter alguém para estar
sempre visível a seu lado. Tomado por um profundo sono, Adão reclinou-se no
peito de seu amoroso Criador que, com carícias, o fez adormecer.
(PSEUDO EPÍGRAFO DE GÊNESIS)
¶ Assim os céus, a terra e todo o seu exército foram
acabados.
E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera,
descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito.
E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque
nele descansou de toda a sua obra que Deus criara e fizera.
¶ Estas são as origens dos céus e da terra, quando foram
criados; no dia em que o Senhor Deus fez a terra e os céus,
E toda a planta do campo que ainda não estava na terra,
e toda a erva do campo que ainda não brotava; porque ainda o Senhor Deus não
tinha feito chover sobre a terra, e não havia homem para lavrar a terra.
Um vapor, porém, subia da terra, e regava toda a face da
terra.
E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou
em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.
¶ E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, do lado
oriental; e pôs ali o homem que tinha formado.
E o Senhor Deus fez brotar da terra toda a árvore
agradável à vista, e boa para comida; e a árvore da vida no meio do jardim, e a
árvore do conhecimento do bem e do mal.
E saía um rio do Éden para regar o jardim; e dali se
dividia e se tornava em quatro braços.
O nome do primeiro é Pisom; este é o que rodeia toda a
terra de Havilá, onde há ouro.
E o ouro dessa terra é bom; ali há o bdélio, e a pedra
sardônica.
E o nome do segundo rio é Giom; este é o que rodeia toda
a terra de Cuxe.
E o nome do terceiro rio é Tigre; este é o que vai para
o lado oriental da Assíria; e o quarto rio é o Eufrates.
E tomou o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden
para o lavrar e o guardar.
¶ E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a
árvore do jardim comerás livremente,
Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não
comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.
¶ E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja
só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele.
Havendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todo o
animal do campo, e toda a ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como
lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu
nome.
E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e
a todo o animal do campo; mas para o homem não se achava ajudadora idônea.
¶ Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre
Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu
lugar;
E da costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou
uma mulher, e trouxe-a a Adão.
E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne
da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada.
Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e
apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.
E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se
envergonhavam.
(Gênesis 2:1-25)
Entramos assim no
oitavo dia da criação, Adão já não mais estaria só, pois tinha sua companheira
Eva, e ao tê-la inicia-se a história da humanidade, pois, é ordem de Deus,
crescer e multiplicar, assim como é ordem de Deus, a indissolubilidade da
união, (Portanto deixará o homem o seu pai e a sua
mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.)
Deus também alerta
Adão para que o universo seja testemunha favorável a Deus a respeito do
conhecimento do bem e do mal, assim como alertou a todos os anjos quando da
criação do universo espiritual, aquele que não vemos, que se oculta do
materialismo e somente foi revelado estar escondido sobre o abismo quando
Lúcifer e seus seguidores, resolveram reivindicar um trono e um status que não
vos pertencia, quando resolveram, afrontar o Criador. Provocando a tristeza
eterna no coração de Deus, por sua rebeldia, gerando assim sua queda, para o
universo que jazia sobre as trevas, donde nossos olhos veem, donde nossa
existência habita, contudo não seria assim, se Adão não tivesse além de pecado,
ter transferido a culpa de seu pecado para Eva, se Adão não tivesse
desobedecido, se Adão não tivesse sido seduzido pela idéia de que poderia ser
tal qual seu Criador. O pecado de Satã antes Lúcifer, já não mais se agravará,
pois até então ele o enganador, ainda posicionava-se na presença de Deus, mesmo
caído, desta vez portanto, ele o diabo, seduz ao homem criação de Deus Pai Todo
Poderoso, seduz com a mesma mentira que o fez cair dos tronos celestes, e Adão
sucumbe então ao pecado praticamente com o mesmo tempo de criação de Lúcifer,
ou seja, dois dias apenas pós ter sido criado, pois Adão foi feito no sexto
dia, e caiu no oitavo, Lúcifer foi feito no primeiro dia, e caiu no segundo,
desta vez, Deus em sua infinita misericórdia e bondade, não mais apenas poderia
levar Adão para outro plano, senão a morte, Lúcifer caiu e foi mandado para o
universo material, Adão caiu e foi mandado ao mesmo universo material, porém
como veremos a seguir, Adão arrepende-se amargamente, e este arrependimento, não lhe trará a morte
eterna, como é prometido e sentenciado a besta e sim, lhe é prometido a
ressurreição, como poderemos ver a seguir.
CAPITULO 6
Em seu subconsciente surgiram os primeiros sonhos
coloridos: Contempla o olhar meigo do Eterno; ouve o som harmonioso da música
angelical; descobre as maravilhas ao derredor: o monte Sião com seu arco-íris;
o rio da vida; os prados em flor; os animais que o saúdam em festa. Repetem-se
em seus sonhos as cenas que o envolveram em seu anseio; olha ao derredor na esperança
de encontrar seu companheiro, mas não o vê. Sente-se solitário em seu sonho, e
isso o faz procurar alguém com quem possa compartilhar sua existência. Seu
olhar estende-se por campinas verdejantes, divisando ao longe colinas floridas.
Enquanto caminha esperançoso, sente a brisa mansa a afagar-lhe os cabelos
macios. Conversa com a brisa: "Brisa, você parece ser quem tanto procuro;
você me afaga os cabelos; beija minha face; você tem o perfume das verdes
matas. Se eu pudesse ver sua face, beijá-la-ia; se eu pudesse tocar os seus
cabelos, faria longas tranças e as enfeitaria com as flores do nosso
jardim!" Após caminhar em sonho pelos prados do paraíso, Adão deteve-se
enquanto contemplava a paisagem ao redor. Admirou-se por não ver o efeito da
brisa nos ramos floridos. Mas como, se a sentia calidamente no rosto? Começou
então a despertar de seu sonho. Ainda com os olhos fechados lembrou-se do
momento em que, sonolento, recostara-se no peito do Eterno. Seria a brisa o
afago de Suas mãos? Com esta indagação abriu os olhos e emocionou-se ao
contemplar uma linda mulher que, com as mãos perfumadas, acariciava-lhe a face
com amor. Era a brisa de seu sonho; a promessa de um Criador que só queria
fazê-lo feliz. Agora Adão era completo, pois tinha Eva, que era carne de sua
carne e ossos de seus ossos. Tomando-a pela mão, Adão convidou-a para um
passeio de surpresas inesquecíveis. Mostraria à sua companheira as belezas de
seu lar. Sensibilizada Eva detinha-se a cada passo, atraída pelas flores que
exalavam suaves perfumes; pelos pássaros que gorjeavam alegres cantos; pelos
animais que os seguiam submissos; pela vegetação de ricos matizes; pelas águas
cristalinas do rio da vida que jorravam em cascata do monte Sião. Tudo no
paraíso era perfeito e belo, mas nada se igualava ao ser humano, criado à
imagem de YHWH (YAOHUH). Voltaram-se um para o outro em admiração e carícias.
Embalados por esse amor, permaneceram até o entardecer. Com deleite, o jovem
casal passou a contemplar o sol poente que, através de rosados raios, coloria o
céu em lindo arrebol. Era o sexto dia que chegava ao seu final, dando lugar às
horas de um dia especial: o sábado. Esse dia, em seu significado, seria solene
para todos os súditos do Eterno, pois seu alvorecer traria a vitória para o
reino da luz. O sol, que durante o sexto dia alegrara a natureza com seu brilho
e calor, ocultou-se, deixando-a em frias sombras. Os alegres pássaros,
silenciando seus trinos, buscavam seus ninhos enquanto os outros animais se
recolhiam. Somente o casal permaneceu imóvel, procurando divisar, no último
lampejo que se apagava no horizonte, a esperança de um novo alvorecer.
Indagavam o sentido das trevas quando, por entre as ramagens, viram um lindo
luar, cujos raios prateados banhavam a natureza em suave luminosidade. Todo o
céu estava iluminado pelo fulgor das estrelas. Admirados, descobriram que a
noite somente era trevas quando se olhava para baixo. Adão e Eva em sua
inocência não sabiam que aquela noite simbolizava o futuro sombrio da
humanidade. Quando o compreendessem, ficariam confortados ao contemplar o
fulgor dos céus: o luar falaria de esperança e as estrelas cintilantes
testemunhariam o interesse das hostes da luz em aclarar-lhes as trevas morais,
dando alento aos pecadores. Mas seriam iluminados apenas aqueles que, desviando
os olhos da Terra, contemplassem os altos céus. Após contemplar por algum tempo
o céu em sua luminosidade, o casal, lembrando-se das belezas do paraíso, volveu
os olhos, buscando divisá-las. Estavam, porém, ocultas em meio às sombras.
Quanto almejavam o alvorecer, pois somente ele traria consigo o paraíso! Ante o
anseio do coração humano, o Eterno surgiu em meio às trevas, devolvendo ao
casal a alegria de se encontrar novamente num jardim colorido. Banhados em
suave luz, caminhavam agora por prados verdejantes e floridos. o brilho do
Criador despertava a natureza por onde passavam, colorindo e alegrando tudo em
derredor. O casal, admirado, aprendeu que ao lado do Eterno poderiam ter um
paraíso em plena noite. Sentindo-se sonolentos, Adão e Eva recostaram-se no
colo do amoroso Pai, que os faz adormecer docemente, esperançosos de um
despertar feliz. Deitando-os sobre a relva macia, o Eterno elevou-Se indo para
junto das hostes contemplativas. Voltaria a manifestar-Se ao alvorecer, fazendo
o casal despertar para o mais solene acontecimento, que reduziria a pó as vis
acusações dos inimigos. A noite escura e fria, através de suas longas horas,
parecia zombar da luz. Ofuscaria para sempre as belezas da criação? Oh, jamais!
O sol não recuaria ante a imponência das trevas; surgiria em breve como um
libertador, arrebatando com seus cálidos raios a natureza das frias garras,
dando-lhe vida e cor. Num último desafio, as trevas tornaram-se densas nas
horas que antecederam o alvorecer. A noite arregimentava suas forças para lutar
pelo domínio usurpado. Finalmente, surgiu no leste um lampejo que parecia falar
de esperança em um novo dia. O céu aos poucos tornou-se colorido de um vermelho
vivo. As trevas impotentes recuaram ante a força crescente da luz e foram consumidas
em sua fuga. A natureza começou a despertar da longa noite, refletindo em seu
seio os saudosos raios. Flores abriram-se, exalando perfumes de alegria;
animais e aves, silenciados pela noite, uniram as vozes num cântico triunfal em
saudação ao alvorecer daquele dia grandioso. A negra noite chegara ao fim,
dando lugar à luz do dia sonhado - dia que para YHWH (YAOHUH) tinha um sentido
especial, pois prefigurava a final vitória de Seu reino sobre o domínio da
rebeldia. O Eterno agora despertaria Seus filhos humanos que, banhados pela luz
de Sua presença, haviam adormecido na esperança de um alvorecer feliz. Numa
marcha festiva, todas as hostes santas, com cânticos de vitória,
acompanharam-nO rumo ao paraíso banhado em luz. Quando já estavam próximos, o Criador
deteve-Se contemplando o casal adormecido, e exclamou suavemente: "Acordem
meus filhos." Sua voz penetrou nos ouvidos de Adão e Eva, despertando-os
para a mais feliz comunhão. Quão depressa raiara a acalentada manhã, trazendo
em sua luz o doce paraíso, perdido naquela noite! Com alegria o casal saudou o
divino Criador, unindo-se aos anjos em antífonas triunfais. O Universo vivia um
momento deveras solene. Naquela manhã festiva, o Eterno haveria de revelar a
grandeza de Seu caráter, que é justiça e amor. As acusações de que Seu governo
era de egoísmo e tirania seriam refutadas. Aos olhos de todas as criaturas
racionais do vasto Universo, YHWH (YAOHUH) conduziu o jovem casal ao monte
Sião, lugar do divino trono. Ali, ante o estremecimento das hostes emudecidas,
o Criador, num gesto surpreendente, cobriu o homem com o manto real, colocando
sobre sua cabeça a coroa que fora cobiçada por Lúcifer. Movidos por profunda
gratidão pela suprema honra conferida, Adão e Eva prostraram-se reverentes,
depondo aos pés do Criador sua coroa preciosa, em sinal de submissão. Seguiu-se
a esse gesto humano um brado de vitória que sacudiu toda a Criação. Os filhos
da luz, que por tanto tempo haviam sofrido afrontas e humilhações ante as
constantes acusações das hostes rebeldes, exaltaram em retumbante louvor o YHWH
(YAOHUH) bendito, que em Sua obra de justiça desmentira os inimigos, revelando
Seu caráter de humildade, desprendimento e amor. Tendo constituído o homem como o senhor de toda a
criação, o Eterno, com voz solene, passou a conscientizá-lo da grandiosidade de
sua missão. Como um mordomo fiel, deveria cuidar do paraíso, mantendo límpida a
fonte do rio da vida. As leis da justiça e do amor, fundamentos do reino da
luz, deveriam ser honradas. Como um cetro racional, caberia ao homem, em gesto
de reconhecimento e gratidão, aceitar livremente o governo d'Aquele que o
criou. As hostes, que maravilhadas testemunhavam a revelação do desprendimento
divino, compreenderam que o Senhor da Luz não governaria mais o Universo, a não
ser com o consentimento humano. O homem, pela vontade do Eterno, fora feito o
árbitro da criação; em seu glorioso ser, feito à imagem do Criador,
resplandecia o selo do eterno domínio. Após revelar ao casal a infinita honra e
responsabilidade de sua missão, o Criador conscientizou-o do conflito
espiritual que se travava pela conquista do domínio universal: Lúcifer, que por
incontáveis eras servira ao divino Rei em Sião, havia sido corrompido pelo
orgulho e pelo egoísmo, sendo seguido por um terço das hostes racionais;
buscavam agora destronar o Eterno, desonrando-O com vis acusações. Tendo
revelado ao ser humano a dolorosa situação em que o Universo se encontrava, o
Eterno, num gesto solene, mostrou-lhe duas altaneiras árvores que, carregadas
de grandes frutos, se erguiam em ambas as margens do rio que nascia do trono. A
que se elevava à direita revelou o Senhor ser a árvore da vida monumento do
reino da luz. A que se erguia à outra margem revelou ser a árvore da ciência do
bem e do mal - símbolo da rebeldia. Comendo do fruto da árvore da vida, o homem
manifestaria sua submissão ao Criador, que é Fonte de vida e luz. Comer da
outra árvore seria entregar ao inimigo o domínio de Sião. O inevitável
resultado desse passo seria a morte eterna, não somente para o ser humano, mas
para toda a criação, que se reduziria ao caos sob a fúria da rebeldia. Após
contemplar demoradamente as duas altaneiras árvores, que externavam em seus
frutos tão infinita responsabilidade, Adão prostrou-se ante o Criador, dizendo:
"Digno és Senhor de reinar sobre o Universo, pois pela Tua sabedoria, amor
e poder todas as coisas foram criadas e subsistem." O sábado,
emblema do triunfo divino, encheu-se de louvor. Todos os filhos da luz
uniram-se ao ser humano no mais harmonioso cântico de exaltação Àquele cuja
grandeza é sem par. Foi com espanto que Satã e seus seguidores testemunharam a
grandiosa realização do Eterno. Presenciaram com amargura a alegria dos fiéis
ante a coroação do homem- acontecimento que lançara por terra as fortes acusações
que eles haviam levantado contra o governo divino. Cheios de frustração e ira,
consideravam agora sua triste condição. Quão terrível e humilhante era-lhes o
pensamento de verem seus planos de rebeldia desfazerem-se diante do Criador,
semelhantes às sombras daquela noite. Se pudessem, pensavam, encheriam o sábado
de trevas, banindo da mente dos súditos do Eterno qualquer esperança de
vitória. Finalmente, em suas considerações, Satã e seus liderados compreenderam
que lhes restava uma oportunidade: no meio do jardim do Éden, nas alturas de
Sião, elevava-se, junto ao rio da vida, a árvore da ciência do bem e do mal.
Bastaria um gesto humano, nada mais, e teriam sob seu poder, para sempre, o
domínio cobiçado. Mas como seduzi-lo? Animado ante a perspectiva de uma
conquista, Satã procurou, com engenhosidade, arquitetar um plano de abordagem.
Sabia que, se falhasse em sua tentativa, todas as esperanças de triunfo
ter-se-iam diluído, desfazendo-se todos os seus sonhos de aventura. Concluiu
que o engano haveria de ser sua poderosa arma. Não fora através dele que
conseguira dominar um terço das hostes celestes?! Aguardaria, portanto, um
momento propício para armar sua cilada.
(PSEUDO EPÍGRAFO DE GÊNESIS)
E assim é dada ao homem autoridade sobre
o universo e Deus criador de tudo quanto o que há, deixa sob a gerencia humana
a responsabilidade sobre o universo material a qual conhecemos, tendo elo de
ligação o Edén, e entre o paraíso (mundo espiritual, o universo a qual não
percebemos, e o mundo material onde caído encontra-se Satã e suas hordas, assim
sendo Adão e Eva recebem as honras sublimes sobre o universo, mas também a
sentença sobre o mesmo, comer do fruto da árvore da vida, representava para
Deus a obediência e servidão voluntaria, comer da arvore do conhecimento,
representava o pecado, o erro, o saber sobre o bem e o mal, seria repetir o
erro de Satã e sua horda.
5 Mas com que outro objetivo teria Deus criado Adão desses
quatro elementos, a não ser para que todas as coisas do mundo lhe fossem
submetidas?
6 Tomou um grãozinho de terra, para que todos os seres que
procedem do pó servissem a Adão; uma gota de água, para que tudo o que existe
nos mares e nos rios se lhe fosse apropriado; um sopro de vento, para que todas
as coisas do ar lhe fossem entregues; e um halo de calor, para que todas as
naturezas e forças ígneas estivessem a seu serviço.
7 E Deus plasmou Adão com as suas mãos santas, segundo a sua
imagem e semelhança. Quando os Anjos constataram o seu aspecto magnífico,
ficaram tocados pela beleza da sua figura. Pois viram que a imagem do seu
semblante era luminosa como o brilho do sol, a luz dos seus olhos irradiava
raios como a luz solar, e o brilho do seu corpo era como o do cristal.
8 Ele se alongou e pôs-se de pé no centro da terra. E
colocou os seus pés naquele mesmo lugar em que foi erguida a cruz do nosso
Salvador: daí é que Adão foi criado em Jerusalém. Ali é que ele se revestiu das
vestes da realeza; ali foi-lhe colocada a coroa real sobre a cabeça. Ali ele
foi constituído rei, sacerdote e profeta; ali Deus fê-lo assentar-se sobre o
trono da sua glória. Ali Deus deu-lhe o domínio sobre toda a Criação.
9 Lá reuniram-se todos os animais selvagens, bem como o gado
e as aves, e apresentaram-se diante de Adão; então ele deu um nome a cada um e
eles curvaram a cabeça diante dele. Todas as espécies respeitavam-no e
serviam-no.
10 Os Anjos e as Potestades ouviram a voz de Deus, quando
falou a ele: "Adão! Eu te constituí rei, sacerdote e profeta, bem como
senhor, chefe e guia de todos os seres vivos e de toda a Criação. Todas as
criaturas deverão servir-te como coisa tua; dei-te o domínio sobre tudo o que
foi por mim criado".
11 Ao ouvirem essas palavras, os Anjos todos puseram-se de
joelhos e o adoraram.
(LIVRO CAVERNA DOS TESOUROS)
¶ Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias
do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus
disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?
E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do
jardim comeremos,
Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse
Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais.
Então a serpente disse à mulher: Certamente não
morrereis.
Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se
abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.
Gênesis 3:1-5
O ódio alimentado por Satã começa a mostrava seus frutos de morte e
destruição, Pois Satã sabia que seduzindo Eva, ele, “o diabo” teria o controle
sobre o universo, e assim sabe que irá por o processo de Criação em destruição,
pois o próprio Criador ao dar a gerencia do universo a Adão e Eva, alerta-os
sobre o que adviria da desobediência, assim sendo, Deus sabe que haverá a
tentação sobre Adão e Eva, como sabia que haveria a tentação sobre o abismo,
porém, Deus quer que nós sejamos fiéis a Ele, incondicionalmente assim como Ele
nos é, sendo ELE Criador de tudo que há, o reconhecimento e nossa obediência é
o mínimo a ser feito por nós, ELE Deus, não nos obriga a nada, e assim como um
Pai nos ensina, e nos alerta, porém ELE Deus, não intervém em nossas ações,
assim como nós não intervimos nas ações de nossos filhos, a isso chama-se livre
arbítrio.
Assim sendo, quando nossos filhos tomam decisões erradas, por vezes
com consequências terríveis, como prisão, e até mesmo morte, resta-nos
entristecermos, pois, da mesma forma que ficamos tristes e inconsoláveis com as
atitudes de nossos filhos, amigos, etc, Deus fica abatido quando um filho Seu
desvia-se da luz e opta pelas trevas, e que trevas são essas que destrói a
vida, que trevas são essas que nos legam a morte, que trevas são essas que
odeiam a Deus?
São as trevas de nossa própria maldade, as trevas de nosso egoísmo, as
trevas de nossa ambição, as trevas de nossa covardia, as trevas de nosso orgulho, as trevas de nossa
desobediência, as trevas das desesperanças.
Primariamente fomos constituídos de Luz, e abdicamos desta luz em prol
da escuridão, chama-se a isso o pecado original, que nos foi legado quando Adão
deixa seduzir-se por Eva.
Vejamos bem, a serpente, ou seja, satanás seduz Eva, que após ser
seduzida por ele, o diabo, seduz Adão dentro da mesma mentira. O pecado
cometido por Adão é o mesmo pecado cometido por Lúcifer, que após decair,
torna-se Satanás.
Quando Lúcifer realiza sua rebelião contra Deus, acusando o Criador de
tirania, por omitir nas trevas o poder das trevas, Deus estava poupando os seus,
de conhecerem o mal, e assim, privou a escuridão da luz, dizer que Deus não
previa tal fato é inocência de quem quer que seja. Contudo, Deus sabia que
limitar a liberdade de seus anjos até este ponto de divisão entre a luz e a
escuridão, deixando ao abismo as trevas, Deus experimentava também a fidelidade
dos seus, ou seja, o universo jamais poderá acusa-lo de não ter avisado sobre
as trevas e o perigo das trevas, ao rebelar-se, Lúcifer descobre o poder das
trevas, e com este poder origina-se todo os pecados.
Sendo assim voltamos então a Adão, ele Adão não foi seduzido pela
serpente, mas sim Eva, e cegamente Adão segue a Eva na consumação do pecado, e
ao pecar, em seu intimo Adão que tinha a imagem e semelhança de Deus, não
obstante estar na presença de Deus, Adão quis , assim como Satã ser Deus, ou
seja, comete o mesmo pecado, tanto Lúcifer, agora Satanás , assim como Adão,
viveram na presença física de Deus, mais isso não bastou, eles quiseram a
glória de Deus.
Assim veremos na Bíblia em Gêneses
¶ E viu a mulher que aquela árvore era boa para se
comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou
do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.
Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que
estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.
E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim
pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do Senhor
Deus, entre as árvores do jardim.¶ E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe:
Onde estás?
E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi,
porque estava nu, e escondi-me.¶ E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu?
Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses? Então disse Adão: A
mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi.
(Gênesis 3:6-12)
Com a serpente em seus braços, Eva interrogou-a a
respeito de muita coisa. Maravilhou-se ao perceber que a serpente a sobrepujava
grandemente em conhecimento. Cheia de curiosidade, perguntou à serpente: - Onde
está a fonte de seu tão grande saber? Responda-me, pois quero também possuí-la.
Sem perder tempo, Satã, apontando para a árvore da ciência do bem e do mal,
respondeu: - Ali está a fonte de todo meu saber. Ele conta então uma mentirosa
história: disse que era uma serpente como as demais, comendo dos frutos do
paraíso. Provando certo dia daquele fruto proibido, recebeu, como que por
encanto, todas as virtudes. Olhando para a árvore da ciência do bem e do mal,
Eva ficou surpresa e confusa. Privaria o Criador em seu amor algo tão bom às
suas criaturas?! Vendo-a surpresa, Satã perguntou: - É assim que YHWH (YAOHUH)
disse: Não comereis de todas as árvores do jardim? Eva, inquieta, respondeu: -
Dos frutos das árvores do jardim comemos, mas do fruto dessa árvore que você
diz ser fonte de sabedoria, disse YHWH (YAOHUH): "Não comereis dele, para
que não morrais." A serpente em tom de desdém disse: - Isso é falso. Se
fosse assim, eu teria morrido. Certamente o Eterno os proibiu de comer dessa
árvore para impedir que o homem venha a se tomar como Ele, conhecendo todas as
coisas. As palavras sedutoras da serpente causaram confusão na mente de Eva. Em
quem confiaria? Tinha em mente a lembrança da ordem do Criador e de sua
sentença, mas ao mesmo tempo tinha diante de si uma prova palpável que O
contradizia. Atordoada, começou a duvidar do caráter do Eterno. Num desafio, a
serpente colheu frutos da árvore proibida e passou a saboreá-los. Colocando um
fruto nas mãos da mulher, incentivou-a a comer, dizendo: - Não disse o Eterno
que se alguém tocasse nesse fruto morreria? Um completo silêncio pairava sobre
o Universo. Em cada planeta habitado, os filhos da luz contemplavam impotentes
àquela angustiante cena. O futuro deles estava em jogo. Em Jerusalém havia
grande comoção. Poderosos anjos apresentaram-se diante do Criador, solicitando
permissão para esmagarem o covarde inimigo, oculto naquela serpente. O Eterno,
contudo, impediu-lhes tal ação. Se o uso da força fosse a solução, já o teria
aplicado. Deviam respeitar o livre-arbítrio concedido ao homem, podendo ele
manifestar sua escolha sob a tentação do inimigo. Os filhos da luz sofriam
imensamente ao verem a mulher duvidando dAquele que tão bondosamente lhes dera
a vida e a oportunidade de reinarem naquele paraíso. Como poderia duvidar de
quem lhes dedicava tanto amor?! Adão, que numa forte esperança de assegurar a
acalentada vitória apressava-se em sua corrida, contemplou ao longe sua amada,
assentada junto à árvore da prova. O que fazia Eva naquele lugar tão perigoso?!
Um pressentimento horrível lhe sobreveio, ao lembrar-se mais uma vez das
advertências recebidas, mas procurou bani-lo como pensamento de que alcançaria
sua esposa antes que algum mal lhe ocorresse. Eva vacilava em sua convicção ao
contemplar o fruto em suas mãos. Por alguns momentos o futuro pareceu-lhe
sombrio e aterrador, mas venceu esse sentimento, pensando nas glórias que
haveria de conquistar ao comer aquele fruto. Ainda um tanto indecisa, ergueu
vagarosamente as mãos até tocar o fruto com os lábios. Os súditos do reino da
luz, estremecidos, inclinaram-se tomados por grande espanto. Parecia quase
impossível, àquela altura, a mulher voltar atrás. Enquanto pálidos os fiéis
indagavam sobre uma possível esperança, presenciaram com horror a terrível
decisão de Eva: resolvera romper para sempre com o Criador, tornando-se cativa
da morte. O Eterno, que em silente dor contemplava aquela cena de rebelião,
curvou a fronte tendo a face banhada de lágrimas. Não podia suportar a dor
daquela separação. Os fiéis, que em pânico julgavam-se vencidos, foram
conscientizados de que nem tudo estava perdido. Se Adão resistisse à tentação,
permanecendo fiel ao Eterno, ele selaria a grande vitória. Eva, que fora vítima
de um engano, poderia ser conscientizada de seu erro, sendo favorecida com o
perdão divino. Quando Adão em sua angustiosa corrida alcançou o lugar da
provação, já era tarde demais. Assentada junto ao rio, Eva saboreava
despreocupadamente o fruto proibido. Adão estremeceu. Seria mesmo o fruto da
prova? Num gesto de esperança olhou para a árvore da ciência do bem e do mal,
mas em pranto reconheceu a triste condenação. Cheio de tristeza contemplou sua
esposa, mas não encontrou palavras para despertá-la para tão amarga realidade.
Em completo desespero, ergueu a voz numa dolorosa exclamação: "Eva, Eva, o
que você está fazendo!" Ao comer do fruto proibido, a mulher foi tomada
por emoções que a fizeram imaginar haver alcançado uma esfera superior de vida.
Ao ouvir a voz de seu esposo, ainda tomada pelas ilusórias emoções, ergueu a
fronte estampando um sorriso, mas surpreendeu-se ao vê-lo chorando. Com
profunda amargura, Adão procurou saber a razão que a levara a rebelar-se contra
o Eterno. Eva, prontamente, passou a contar-lhe a fantástica história da sábia
serpente. Satã sabia que essa história de serpente jamais convenceria o homem a
comer do fruto da árvore proibida. Precisava encontrar uma maneira sutil de
levá-lo a selar sua sorte seguindo os passos de sua esposa. Tendo Eva sob seu
poder, resolveu fazer dela o objeto tentador. Aguardaria o momento oportuno
para enlaçá-lo. No dia em que dela comerdes, certamente morrereis. A lembrança
desta sentença deixava Adão muito aflito. A expectativa de ver sua amada
perecendo em seus braços, era demais para suportar. Esta aflição, contudo, foi
diminuindo, ao ver que ela continuava feliz e carinhosa ao seu lado, como se
nenhum mal lhe houvesse acontecido. Aliviado, Adão voltou a sorrir,
correspondendo aos afetos de sua companheira. Rendia-se às mais doces emoções,
longe de saber que era o inimigo quem o envolvia naqueles abraços. Nesse
momento de enlevo, Eva começou a falar-lhe de sua experiência com a ciência do
bem e do mal. Falou-lhe dos tesouros da sabedoria que lhe haviam sido abertos. Em
seu novo reino, viveria muito feliz. Entretanto, essa felicidade seria
incompleta sem a participação de seu esposo. Falou-lhe da impossibilidade de
retroceder em seus passos, e insistiu para que ele a seguisse. Depois de
falar-lhe de sua decisão, Eva, com um doce sorriso, estendeu-lhe as mãos
contendo um fruto, pedindo-lhe que o comesse numa demonstração de seu amor por
ela. Com a voz tentadora em seus ouvidos, Adão assentou-se no gramado em
profunda reflexão. Sua face tornou-se novamente pálida e suas mãos trêmulas.
Temia rebelar-se contra o Criador, mas ao mesmo tempo compreendia que não
conseguiria viver separado de sua companheira, a quem amava com infinito amor.
Eva era carne de sua carne, a extensão de seu ser. Sentia-se angustiado ao ter
de tomar uma decisão tão séria. A palidez do rosto de Adão refletiu-se no
semblante de todos os fiéis ao Eterno. Ouviram a insinuação do inimigo e
perceberam com horror a vacilação do homem. A indecisão de Adão deixava-os
desesperados. Obedecesse ele àquela proposta de Satã, toda felicidade seria
eternamente banida. Nas decisões do ser humano estava o destino de todo o
Universo. Atenderia ele ao apelo de Satã? Depois de intensa luta íntima, Adão
olhou para sua companheira; a ela unira-se em promessas de uma eterna entrega.
Não a deixaria só agora. Partilharia com ela os resultados da rebelião. Tomou
então das mãos de Eva um fruto e, num gesto apressado, levou-o à boca.
Procurando abafar a voz de sua consciência, que lhe falava de uma eterna
perdição, Adão lançou-se nos braços de sua esposa, desfrutando o alto preço de
sua rebelião. Satã, com brados de triunfo, deixou o paraíso, voando rapidamente
para junto de suas inumeráveis hostes, que aguardavam ansiosas o resultado de
tão arriscada tentativa. Ao saberem da desgraça humana, uniram-se numa
estrondosa festa. Sentiam-se seguros. Sião agora lhes pertencia por direito,
podendo lá estabelecer um reino eterno, jamais sendo molestados pelas leis do
Eterno. Em todo o Universo os filhos da luz sofriam e pranteavam a derrota. Nunca
houvera tanta tristeza e horror ante o futuro. As vozes que viviam a entoar
louvores ao Criador proferiam agora lamentações. O Eterno, que vencido por
infinita dor prostrara - Se em pranto ante a queda do homem, não fora, contudo,
surpreendido. Antes mesmo de criar o Universo já havia previsto esse triunfo da
rebeldia e, em Sua sabedoria e amor, idealizara um plano de resgate que O
envolveria num imenso sacrifício. Enxugando as lágrimas de Seu pranto, pôs-Se a
agir poderosamente em favor de Seus fiéis aflitos, impedindo-os de caírem nas
mãos dos inimigos. Nessa misteriosa intervenção que aparentemente depunha
contra a justiça, o Eterno ordenou que Seus mais poderosos anjos circundassem
imediatamente o jardim do Éden, impedindo que Satã tomasse posse do monte Sião.
Consoladas ante a manifestação divina, as potentes criaturas, em pronta
obediência, romperam o espaço infinito, circundando em instantes o paraíso, no
seio do qual o ser humano, já transtornado pelo pecado, vivia o negror de uma
noite que seria longa e cruel. Sendo a autoridade do Eterno fundamentada na
justiça, de que maneira poderia justificar Suas ações diante dos inimigos? Não
entregara por Sua vontade o reino ao homem, e esse por livre escolha não o
submetera a Satã? Enquanto surpresas as criaturas racionais consideravam as
ações decisivas de YHWH (YAOHUH), ouviram Sua potente voz que, repercutindo por
toda a criação, trazia a revelação do grande mistério - revelação tão
maravilhosa que a partir daquele momento, por toda a eternidade, ocuparia a
mente dos fiéis, sendo tema para as mais doces meditações. O Eterno falou
primeiramente sobre a terrível condenação que pendia sobre o homem e toda a
criação. Disse que, ao se desligar da Fonte da Vida, o homem havia se
precipitado em tão profundo abismo que não poderia ser alcançado pelo Seu braço
de justiça e poder. Humilhado e torturado pelas garras do inimigo, não restava
ao homem outra sorte além da morte - fruto doloroso de sua espontânea rebelião.
Considerando a situação humana, as hostes da luz não viam possibilidades de
triunfo. Sabiam que só o homem poderia retomar o domínio do inimigo,
devolvendo-o ao Criador. Mas o ser humano, eternamente escravizado em sua
natureza, seria incapaz de tal vitória. Com voz melodiosa e cheia de ternura,
YHWH (YAOHUH) revelou o plano da redenção, dizendo: "Na verdade, o homem
colherá o fruto de sua rebelião numa terrível morte. Não posso, com o meu
poder, mudar-lhe a sorte. Se assim agisse, seria injusto diante de meu decreto.
(PSEUDO EPÍGRAFO DE GÊNESIS.)
Neste momento o pecado de Adão é sentenciado, pois, ele não só comeu
da fruta da arvore do discernimento do bem e do mal, como não assume seu erro,
jogando sobre os ombros de Eva o seu pecado. Que por sua vez irá acusar a
serpente por sua falta, e a serpente é o próprio satã, e sua missão então é
concluída, o de colocar a humanidade em perdição.
E disse o Senhor Deus à mulher: Por que fizeste isto? E
disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.
¶ Então o Senhor Deus disse à serpente: Porquanto
fizeste isto, maldita serás mais que toda a fera, e mais que todos os animais
do campo; sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida.
E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua
semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
¶ E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor,
e a tua conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu
marido, e ele te dominará.
¶ E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua
mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela,
maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua
vida.
Espinhos, e cardos também, te produzirá; e comerás a
erva do campo.
No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te
tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás.
¶ E chamou Adão o nome de sua mulher Eva; porquanto era
a mãe de todos os viventes.
¶ E fez o Senhor Deus a Adão e à sua mulher túnicas de
peles, e os vestiu.
¶ Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem é como um
de nós, sabendo o bem e o mal; ora, para que não estenda a sua mão, e tome
também da árvore da vida, e coma e viva eternamente,
O Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden,
para lavrar a terra de que fora tomado.
E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente
do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o
caminho da árvore da vida.
(Gênesis 3:13-24)
Mas farei cair toda a condenação sobre um Substituto que
surgirá na descendência humana. Esse Homem não trará em suas mãos as algemas da
morte, sendo inocente e incontaminado em Sua natureza. Como representante da
raça humana, enfrentará Satã e o vencerá. Após triunfar nessa batalha, provando
que o amor é mais forte que o egoísmo, que a verdade é mais forte que a
mentira, que a humildade é mais poderosa que o orgulho, o fiel Substituto
erguerá as mãos vitoriosas não para saudar a grande conquista, mas para tomar
das mãos da humanidade escravizada a taça de sua condenação. Sorverá assim,
submisso, o cálice da eterna morte. Esse imenso sacrifício abrirá aos seres
humanos uma oportunidade de serem redimidos, voltando aos braços do Criador,
juntamente com o domínio perdido."
As hostes, surpresas ante a revelação do Eterno,
indagaram a identidade d'Esse Substituto. O Criador, com um sorriso amoroso,
disse-lhes:
"Parte de Mim será esse Homem. O Meu Espírito
repousará sobre uma virgem, e nela será gerado um Filho Santo. Esse menino será
divino e humano. Em sua humanidade, ele será submisso à divindade que n'Ele
habitará. Os remidos verão n'Ele o Pai da Eternidade, o Criador e Redentor, o
Rei dos reis. O Seu nome será Yoshua (nome hebraico que traduzido significa o
Eterno salva)."
Assumindo a natureza humana, Deus poderia pagar o
resgate, morrendo em lugar dos pecadores.
As hostes da luz ficaram emudecidas ao conhecer o plano
do Criador. O pensamento de verem-nO submeter-Se a tão penoso sacrifício, a fim
de redimir o domínio perdido, era demais para suportarem. Não havia, contudo,
outra esperança de vitória, a não ser através dessa amorosa entrega.
Após desfrutar o
pecado, o jovem casal sentiu-se mal. Inicialmente sentiram um grande
vazio no coração, que logo foi preenchido pelo remorso e pela tristeza.
Perceberam que, inspirados pela cobiça, haviam selado sua triste sorte e a de
toda a criação. Parecia-lhes ouvir ao longe o gemido de um Universo vencido.
O sol, que os enchera de vida e calor naquele dia,
ocultava-se no horizonte, anunciando-lhes uma negra noite. O arrebol, que até
ali anunciara-lhes o feliz encontro com o Criador, parecia envolve-los numa
sentença de que jamais despertariam para um novo dia. Com o olhar voltado para
o frio solo, vinha-lhes à lembrança a sentença: "No dia em que dela
comerdes, certamente morrereis." Desesperadas lágrimas rolavam em seus
rostos ao aguardarem o trágico fim.
Ao considerar o motivo de sua rebelião, Adão começou a
recriminar sua esposa por ter dado ouvidos à serpente. Eva, por sua vez, procurando
desculpar-se, lançou a culpa sobre o Criador, dizendo: "Por que o Eterno
permitiu que a serpente me enganasse?!"
O amor que reinava no coração humano desaparecia, dando
lugar ao orgulho e ao egoísmo, que se fundiam em ressentimentos e ódio. Sua natureza
já não era pura e santa, mas corrompida e cheia de rebeldia. Tudo estava
mudado. Mesmo a brisa mansa que até ali os havia banhado em carícias
refrescantes, enregelava agora o culposo par. As árvores e os canteiros
floridos, que eram seu deleite, consistiam agora em empecilhos ao caminharem
sem rumo naquela noite.
O propósito de Satã em encher o sábado de trevas parecia
haver se cumprido. Naquela noite, não existia sequer o reflexo prateado do luar
para falar-lhes de esperança. As estrelas cintilantes, suspensas no escuro céu,
estavam ofuscadas pela dor.
Baixavam sobre o mundo as trevas de uma longa noite de
pecado - sombras sob as quais tantos se arrastariam sem esperança de um
alvorecer.
A noite já ia alta e as trevas pareciam envolver o
triste casal em eternas sombras quando surgiu repentinamente um brilho no céu,
que ia aumentando à medida que se aproximava da Terra. O casal estremeceu, pois
sabia que era o Criador que vinha dar-lhes o castigo. Vencidos pelo pânico,
puseram-se a correr, distanciando-se do monte Sião, o lugar da vergonhosa
queda. Justamente para ali viram o Criador dirigir-Se. Eles, que sempre corriam
ao encontro do amoroso Pai, atraídos por Sua luz, fugiam agora desesperados em
busca de lugares escuros, de densa floresta.
O Eterno, movido por infinito amor, passou a seguir os
passos do casal fugitivo. Como tudo se
transformara! Seus filhos não conseguiam mais ver n'Ele um Pai de amor, mas
alguém que, irado, buscava castigá-los.
Movido por forte anseio de abraçar Seus filhos humanos,
Deus fez ecoar a voz numa indagação: "Adão, onde vocês se encontram?"
Sua voz, ao soar em meio às trevas, trazia consigo somente um eco vazio
Quantos, enganados por Satã, fugiriam de Sua presença no
decorrer da longa noite de pecado, julgando-No um Senhor tirano, que vive
buscando falhas e fraquezas nos pecadores, a fim de castigá-los! O Criador,
todavia, não desistiria de procurá-los pelos vales sombrios do reino da morte,
até conquistar um povo arrependido.
Adão e Eva, exaustos pela pressurosa fuga, esconderam-se
por entre a folhagem de um pé de figueira. Reconhecendo sua nudez, procuraram
fazer aventais cosendo aquelas folhas. Vestidos assim, julgaram poder livrar-se
do sentimento de vergonha ante o Criador.
O Eterno, aproximando-Se do local onde o casal se
escondia, perguntou:
- Adão, onde estão vocês?
Não podendo mais se ocultar de Deus, Adão ergueu-se
juntamente com sua companheira e, cabisbaixos, apresentaram-se ao Criador,
prostrando-se trêmulos a Seus pés. Não conseguiram encará-Lo mais, devido ao
senso de culpa.
O Criador, carinhosamente, tomou-os pelas mãos,
erguendo-os do chão, e, com expressão de tristeza no semblante,
perguntou-lhes:
- Por que vocês fugiram de Mim? Acaso comeram do fruto
da árvore da ciência do bem e do mal?
Adão, todo trêmulo, com voz entrecortada de temor, respondeu:
- A mulher que me deste por companheira, ela deu-me o
fruto e eu comi.
Com esta resposta, Adão procurava desculpar-se, lançando
a culpa sobre sua companheira.
Voltando-Se para Eva, o Eterno indagou-lhe:
- Por que você fez isso?
Eva prontamente respondeu-Lhe:
- Aquela serpente me enganou e eu comi.
Ambos não queriam reconhecer a culpa, lançando-a sobre
outrem. Em suma, atribuíam ao Criador a responsabilidade por todo o mal
praticado: "Por que concedera-lhes o livre-arbítrio? Por que criara a
mulher? Por que criara a serpente?"
Deus observava Seus filhos que, tímidos e
desconcertados, permaneciam diante de Si. Com profunda tristeza, Ele previu que
essa seria a experiência de incontáveis seres humanos no decorrer da história.
Quantos haveriam de se perder por não reconhecerem a própria culpa! Quantos
procurariam justificar-se, lançando seus erros sobre os outros e até mesmo
sobre o Criador!
Com palavras brandas, o Eterno procurou fazê-los
reconhecer sua culpa. Somente reconhecendo sua necessidade, poderiam ser
ajudados.
Olhando para as frágeis vestes tecidas por mãos
pecadoras, disse ao casal:
- Filhos, essas vestes são insuficientes, logo secando
se desfarão. Vocês precisam de vestes duradouras, que possam cobrir vossa
nudez, livrando-vos da condenação. Se vocês quiserem, Eu posso dar-lhes essa
veste.
Ante as palavras bondosas do Criador, que traziam
esperança, o casal prostrou-se arrependido, despindo-se de suas ilusórias
vestes, símbolos de seu fracasso. Almejavam agora as vestes da salvação,
prometidas pelo Divino Pai.
(PSEUDO
EPÍGRAFO DE GÊNESIS.)
A Expulsão do Paraíso
1 Na terceira hora, eles deram entrada no Paraíso; por três
horas gozaram suas delícias; por três horas ficaram nuas as suas vergonhas, e
na hora nona aconteceu a sua expulsão.
2 Depois que saíram do Paraíso em grande tristeza, Deus
falou com Adão, consolou-o e disse: "Não te aflijas; Adão. Eu haverei de
restabelecer a tua herança. Considera que é grande o amor por ti! Por tua causa
eu amaldiçoei toda a terra; mas a ti eu preservei da maldição. Encerrei as
pernas da serpente na sua barriga, e dei-lhe como alimento o pó da terra, e
coloquei sobre Eva o jugo da submissão.
3 "Com certeza, tu transgrediste o meu Mandamento. Assim,
deves sair; mas não fiques aflito! Depois de cumpridos os tempos que estabeleci
para vós, em que deveis ficar fora, como estranhos sobre o mundo maldito, eu
enviarei o meu Filho. Ele virá para trazer-te a Salvação; habitará numa virgem
e se revestirá de um corpo. Por seu intermédio ocorrerá a tua libertação e o
teu retorno.
4 "Mas ordena aos teus filhos que depois da tua morte
unjam o teu corpo com mirra e aloés e o depositem na Caverna! Nela permito-vos
morar pelo tempo em que devereis viver fora dos limites do Paraíso, na terra
que se situa no exterior. E aquele que restar naqueles dias, levará consigo o
teu corpo e o depositará no centro da terra, num lugar que eu lhe mostrarei.
Pois lá acontecerá a Salvação para ti e para todos os teus filhos."
5 E Deus revelou a Adão todo o futuro, e que o Filho haveria
de sofrer em seu lugar. Depois que Adão e Eva saíram do Paraíso, foram fechadas
as suas portas, e um Querubim postou-se diante delas com uma espada de dois
gumes. Adão e Eva desceram do monte do Paraíso; encontraram uma caverna no alto
de uma colina, entraram nela, e lá se esconderam. Adão e Eva eram virgens.
(LIVRO A CAVERNA DOS TESOUROS)
Consumado o pecado de
Adão ou o pecado original, pois, desde então todos nós nascemos pecadores,
impossibilitando-nos a nascermos puros, pois, ao sentenciar Adão a terra, e
Deus por sua vez já a tendo amaldiçoada inclusive sentenciando Satã sobre ela, concluímos
que nada puro nasceria da terra, desde que feita sobre ação humana, ou seja,
nada que seja produzido pelo homem será livre do pecado, absolutamente nada,
exceto quando há intervenção direta de Deus.
Logo todos nós
recebemos a mesma condenação de Adão, que é a morte, tal herança trás junto
também a rebeldia, a desobediência, a prepotência, o orgulho, os vícios, a
mentira, enfim, todo pecado revelado pelo poder das trevas, que antes oculto
estava, até Lúcifer rebelar-se contra Deus, e posteriormente seduzir Adão que já
trouxe consigo outro pecado além da afronta, que foi a dissimulação em não
reconhecer sua culpa.
Então o homem começa a povoar a terra, e agora, fora do Éden onde Deus
colocou anjos para impedir que o pecado retorne ao universo superior, faz uma
promessa a Adão que é de reconciliação, se por um homem veio o pecado no mundo,
por outro homem, o pecado será vencido. Assim sendo, até neste momento não há
um povo escolhido, não há uma nação selecionada para levar o plano de redenção
e amor de Deus adiante, assim, haverá de se povoar a terra para que
posteriormente haja a salvação, é necessário habitar toda a terra, para que o
homem possa obter sua redenção, Deus não mais irá surgir face a face com os
homens, como o fez com Adão e Eva, assim como fazia com Lúcifer.
Iremos travar batalhas, iremos implorar para ver a face de Deus, mas
Deus irá se revelar então através dos homens, que serão seus mensageiros, que
serão sua voz, ante a terra perdida e condenada.