- 98%
dos protestantes nem sabem contra o que protestam, assim denominados
evangélicos surgem como ervas em todos os cantos das cidades, com
igrejas sem fundamentos ou bases teológicas, na unção do mundo, no
achismo, assim pervertem o evangelho e pior, desviam muitos que
deveriam ser salvos.
- 13 Mas
ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque fechais aos
homens o reino dos céus; pois nem vós entrais, nem aos que
entrariam permitis entrar.
- 14 [Ai
de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque devorais as casas
das viúvas e sob pretexto fazeis longas orações; por isso
recebereis maior condenação.]
- 15 Ai
de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque percorreis o mar e
a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o
tornais duas vezes mais filho do inferno do que vós.
Mateus
23:13-15
- Nunca
poderei dizer que fui um católico verdadeiro, flertei com o
catolicismo sim e embora minha família, ou melhor meus pais o sejam
verdadeiramente, nunca tive a coragem em sê-lo.
- Se
me perguntarem hoje, posso assegurar, eu sou batista, porque passei a
conhecer também as origens da mesma e porque me senti
verdadeiramente abraçado neste dogma de fé, se perguntarem-me
porque deixei a igreja católica, direi: simplesmente porque jamais
fui dela, embora tenha sido batizado ainda criança, feito primeira
comunhão e crisma, e casado a primeira vez nela, jamais a entendi
como hoje a entendo, e sei que seus dogmas são corretos, aliás, foi
justamente por haver me divorciado que me afastei dela, porque
respeito seus dogmas e estatutos, (ninguém
jamais me proibiu de segui-la, fui eu quem me afastei, mais ainda
frequento alguns de seus seguimentos como tenho mais respeito hoje
pela santa missa do que jamais tive) enfim, neste processo
pude conhecer a fé batista, que foi a que encontrei verdadeiramente
a minha fé, e embora creia que as placas de religiões não salvem,
creio que a verdadeira igreja de Cristo será alçada aos céus, seja
ela, católica romana, católica ortodoxa ou protestante. Mesmo
porque a igreja somos nós! Irmãos em fé e na fé em CRISTO JESUS.
- Antes
que falem em imagens e adoração, lembremo-nos irmãos, há muitos
pastores adorados como se fossem o próprio Deus, há muitos artistas
da fé adorados, há o dinheiro adorado em muitas igrejas
infelizmente, há mais pecados em nós irmãos, sendo nós católicos,
ortodoxos ou protestantes, que em muitos céticos.
- A
Pré-Reforma tem suas origens em uma denominação
cristã do século XII
conhecida como valdenses,
que era formada pelos seguidores de Pedro
Valdo, um comerciante de Lyon
que se converteu ao cristianismo por
volta de 1174. Ele decidiu encomendar uma tradução da Bíblia para
a linguagem popular e começou a pregá-la ao povo sem ser sacerdote.
Ao mesmo tempo, renunciou à sua atividade e aos bens, que repartiu
entre os pobres. Desde o início, os valdenses afirmavam o direito de
cada fiel de ter a Bíblia em
sua própria língua, considerando ser a fonte de toda autoridade
eclesiástica. Eles reuniam-se em casas de famílias ou mesmo em
grutas, clandestinamente, devido à perseguição da Igreja
Católica Romana, já que
negavam a supremacia de Roma .
- Graças
a estes pioneiros que hoje temos as inúmeras versões bíblicas em
nossos lares, pelo mundo todo.
- A
reforma de Lutero possibilitou esta massificação da Palavra de
Deus, pois foi somente ai que a bíblia pode deixar o clero e ir para
nossos lares.
- No
século XIV, o inglês John
Wycliffe,[5] considerado
como precursor da Reforma Protestante, levantou diversas questões
sobre controvérsias que envolviam o cristianismo, mais precisamente
a Igreja
Católica Romana. Entre
outras ideias, Wycliffe queria o retorno da Igreja à primitiva
pobreza dos tempos dos evangelistas,
algo que, na sua visão, era incompatível com o poder político do
papa e dos cardeais, e que o poder da Igreja devia ser limitado às
questões espirituais, sendo o poder político exercido pelo Estado,
representado pelo rei. Contrário à rígida hierarquia eclesiástica,
Wycliffe defendia a pobreza dos padres e os organizou em grupos.
Estes padres foram conhecidos como "lolardos".
Mais tarde, surgiu outra figura importante deste período: Jan
Huss. Este pensador tcheco
iniciou um movimento religioso baseado nas ideias de John Wycliffe.
Seus seguidores ficaram conhecidos como hussitas.[6]
- A
Reforma Protestante foi iniciada por Martinho
Lutero, embora tenha sido
motivada primeiramente por razões religiosas,[7] também
foi impulsionada por razões políticas e sociais[7] [8] [9]
-
os
conflitos políticos entre autoridades da Igreja Romana e
governantes das monarquias européias, tais governantes desejavam
para si o poder espiritual e ideológico da Igreja e
do Papa,[10] [11] muitas
vezes para assegurar o direito
divino dos reis;
-
Práticas
como a usura eram
condenadas pela ética católica
romana, assim aburguesia capitalista que
desejava altos lucros econômicos sentiria-se mais "confortável"
se pudesse seguir uma nova ética religiosa, adequada ao espírito
capitalista, necessidade que foi atendida pela ética protestante e
conceito de Lutero de que o homem é justificado pela fé, sem as
obras da lei (Romanos
3:28)
(Sola
fide);[11] [10] [12] [13] [14] [15]
-
Algumas
causas econômicas para a aceitação da Reforma foram o desejo da
nobreza e dos príncipes de se apossar das riquezas da igreja romana
e de ver-se livre da tributação papal que, apesar de defender a
simplicidade, era a instituição mais rica do mundo.[16] Também
na Alemanha, a pequena nobreza estava ameaçada de extinção em
vista do colapso da economia senhorial. Muitos desses pequenos
nobres desejavam as terras da igreja. Somente com a Reforma, estas
classes puderam expropriar as terras;[17] [18] [19]
-
Durante
a Reforma na Alemanha, autoridades de várias regiões do Sacro
Império Romano-Germânico pressionadas
pela população e pelos luteranos, expulsavam e mesmo assassinavam
sacerdotes católicos das igrejas,[20] substituindo-os
por religiosos com formação luterana;[21]
-
Lutero
era radicalmente contra a revolta camponesa iniciada em 1524 pelos
anabatistas liderados por Thomas
Münzer,[21] que
provocou a Guerra
dos Camponeses.
Münzer comandou massas camponesas contra a nobreza imperial, pois
propunha uma sociedade sem diferenças entre ricos e pobres e
sempropriedade
privada,[21] Lutero
por sua vez defendia que a existência de "senhores
e servos" era
vontade divina,[21] motivo
pelo qual eles romperam
- No
início do século XVI, o monge alemão Martinho
Lutero, abraçando as ideias
dos pré-reformadores, proferiu três sermões contra
as indulgências em
1516 e 1517. Em 31 de outubro de 1517 foram pregadas as 95
Teses na porta
da Catedral
de Wittenberg, com um convite
aberto a uma disputa
escolástica sobre
elas.[22] Esse
fato é considerado como o início da Reforma Protestante.[23]
-
- Martinho
Lutero,
aos 46 anos de idade, por Lucas
Cranach, o Velho,
1529
- Essas
teses condenavam a "avareza e o paganismo" na Igreja, e
pediam um debate teológico sobre o que as indulgênciassignificavam.
As 95
Teses foram
logo traduzidas para o alemão e amplamente copiadas e impressas.
Após um mês se haviam espalhado por toda a Europa.[24]
- Após
diversos acontecimentos, em junho de 1518 foi aberto um processo por
parte da Igreja Romana contra Lutero, a partir da publicação das
suas 95 Teses. Alegava-se, com o exame do processo, que ele incorria
em heresia.
Depois disso, em agosto de 1518, o processo foi alterado para heresia
notória.[25] Finalmente,
em junho de 1520 reapareceu a ameaça no escrito "Exsurge
Domini" e, em janeiro de 1521, a bula "Decet Romanum
Pontificem" excomungou Lutero.
Devido a esses acontecimentos, Lutero foi exilado no Castelo
de Wartburg,
em Eisenach,
onde permaneceu por cerca de um ano. Durante esse período de retiro
forçado, Lutero trabalhou na sua tradução da Bíblia para
o alemão, da qual foi impresso o Novo
Testamento,
em setembro de 1522.[26]
-
- Extensão
da Reforma Protestante na Europa.
- Enquanto
isso, em meio ao clero saxônio, aconteceram renúncias ao voto de
castidade, ao mesmo tempo em que outros tantos atacavam os votos
monásticos. Entre outras coisas, muitos realizaram a troca das
formas de adoração e terminaram com as missas, assim como a
eliminação das imagens nas igrejas e a ab-rogação do celibato. Ao
mesmo tempo em que Lutero escrevia "a
todos os cristãos para que se resguardem da insurreição e
rebelião".
Seu casamento com a ex-freira cisterciense Catarina
von Boraincentivou
o casamento de outros padres e freiras que haviam adotado a Reforma.
Com estes e outros atos consumou-se o rompimento definitivo com a
Igreja Romana.[27] Em
janeiro de 1521 foi realizada a Dieta
de Worms,
que teve um papel importante na Reforma, pois nela Lutero foi
convocado para desmentir as suas teses, no entanto ele defendeu-as e
pediu a reforma.[28]Autoridades
de várias regiões do Sacro
Império Romano-Germânico pressionadas
pela população e pelos luteranos, expulsavam e mesmo assassinavam
sacerdotes católicos das igrejas,[20] substituindo-os
por religiosos com formação luterana.[21]
- Toda
essa rebelião ideológica resultou também em rebeliões armadas,
com destaque para a Guerra
dos Camponeses (1524-1525).
Esta guerra foi, de muitas maneiras, uma resposta aos discursos de
Lutero e de outros reformadores. Revoltas de camponeses já tinham
existido em pequena escala em Flandres (1321-1323),
na França (1358),
naInglaterra (1381-1388),
durante as guerras
hussitas do
século XV, e muitas outras até o século XVIII. A revolta foi
incitada principalmente pelo seguidor de Lutero, Thomas
Münzer,[21] que
comandou massas camponesas contra a nobreza imperial, pois propunha
uma sociedade sem diferenças entre ricos e pobres e sem propriedade
privada,[21] Lutero
por sua vez defendia que a existência de "senhores
e servos" era
vontade divina,[21] motivo
pelo qual eles romperam,[29] sendo
que Lutero condenou Münzer e essa revolta.[30]
-
- O Muro
dos Reformadores.
Da esquerda à direita, estátuas deGuilherme
Farel, João
Calvino,Teodoro
de Beza e John
Knox.
- Em
1530, foi apresentada na Dieta imperial
convocada pelo imperador Carlos
V,
realizada em abril desse ano, a Confissão
de Augsburgo,
escrita por Felipe
Melanchton [31]com
o apoio da Liga
de Esmalcalda.
Os representantes católicos na dieta resolveram preparar uma
refutação ao documento luterano em agosto, a Confutatio
Pontificia(Confutação),
que foi lida na dieta. O imperador exigiu que os luteranos admitissem
que sua confissão havia sido refutada. A reação luterana surgiu na
forma da Apologia
da Confissão de Augsburgo,
que estava pronta para ser apresentada em setembro do mesmo ano, mas
foi rejeitada pelo Imperador. A Apologia foi
publicada por Felipe Melanchton no fim de maio de 1531, tornando-se
confissão de fé oficial quando foi assinada, juntamente com
a Confissão
de Augsburgo,
em Esmalcalda, em 1537.[32]
- Ao
mesmo tempo em que ocorria uma reforma em um sentido determinado,
alguns grupos protestantes realizaram a chamada Reforma
Radical.
Queriam uma reforma mais profunda. Foram parte importante dessa
reforma radical os anabatistas,
cujas principais características eram a defesa da total separação
entre igreja e estado e o "novo batismo" [33] (que
em grego é anabaptizo).[34]
-
- João
Calvino.
- Enquanto
na Alemanha a reforma era liderada por Lutero, Na França e na Suíça
a Reforma teve como líderes João
Calvino eUlrico
Zuínglio.[35]
- João
Calvino foi
inicialmente um humanista.
Foi integrante do clero, todavia não chegou a ser ordenado sacerdote
romano. Depois do seu afastamento da Igreja romana, este intelectual
começou a ser visto como um representante importante do movimento
protestante.[36] Vítima
das perseguições aoshuguenotes na
França, fugiu para Genebraem
1533 [37] onde
faleceu em 1564. Genebratornou-se
um centro do protestantismo europeu e João Calvino permanece desde
então como uma figura central da história da cidade e da Suíça.
Calvino publicou asInstitutas
da Religião Cristã,[38] que
são uma importante referência para o sistema de doutrinas adotado
pelas Igrejas
Reformadas.[39]
- Os
problemas com os huguenotes somente concluíram quando o rei Henrique
IV,
um ex-huguenote, emitiu o Édito
de Nantes,
declarando tolerância religiosa e prometendo um reconhecimento
oficial da minoria protestante, mas sob condições muito restritas.
O catolicismo romano se manteve como religião oficial estatal e as
fortunas dos protestantes franceses diminuíram gradualmente ao longo
do próximo século, culminando na Louis XIV do Édito
de Fontainebleau,
que revogou o Édito de Nantes e fez de Roma a única Igreja legal na
França. Em resposta ao Édito de Fontainebleau, Frederick William
de Brandemburgo declarou
o Édito de Potsdam, dando passagem livre para franceses huguenotes
refugiados e status de isenção de impostos a eles durante 10 anos.
- Ulrico
Zuínglio foi
o líder da reforma suíça e fundador das igrejas reformadas suíças.
Zuínglio não deixou igrejas organizadas, mas as suas doutrinas
influenciaram as confissões calvinistas. A reforma de Zuínglio foi
apoiada pelo magistrado e pela população de Zurique,
levando a mudanças significativas na vida civil e em assuntos de
estado em Zurique.[40]
- No
Reino Unido[editar | editar
código-fonte]
- O
curso da Reforma foi diferente na Inglaterra.
Desde muito tempo atrás havia uma forte corrente anticlerical, tendo
a Inglaterra já visto o movimento Lollardo,
que inspirou os hussitas na Boémia.
No entanto, ao redor de 1520 os lollardos já
não eram uma força ativa, ou pelo menos um movimento de massas.
-
- Henrique
VIII,
por Hans
Holbein, o Jovem,
1537, Museu
Thyssen-Bornemisza
- Embora Henrique
VIII tivesse
defendido aIgreja
Romana com
o livro Assertio
Septem Sacramentorum (Defesa
dos Sete Sacramentos),
que contrapunha as 95 Teses de Martinho Lutero, Henrique promoveu a
Reforma Inglesa para satisfazer as suas necessidades políticas.
Sendo este casado com Catarina
de Aragão,
que não lhe havia dado filho homem, Henrique solicitou ao
papaClemente
VII a
anulação do casamento.[41]Perante
a recusa do papado,
Henrique fez-se proclamar, em 1531, protetor da Igreja inglesa. O Ato
de Supremacia,
votado no parlamento em novembro de 1534, colocou Henrique e os seus
sucessores na liderança da igreja, nascendo assim o anglicanismo.
Os súditos deveriam submeter-se ou então seriam excomungados,
perseguidos [42] e
executados, tribunais religiosos foram instaurados e católicos foram
obrigados à assistir cultos protestantes,[43] muitos
importantes opositores foram mortos, tais comoThomas
More,
o bispo John
Fischer e
alguns sacerdotes, frades franciscanos e monges cartuxos.
Quando Henrique foi sucedido pelo seu filho Eduardo
VI em
1547, os protestantes viram-se em ascensão no governo. Uma reforma
mais radical foi imposta diferenciando o anglicanismo ainda mais do
catolicismo romano.[44]
- Seguiu-se
uma breve reação romana durante o reinado de Maria
I (1553-1558).
De início moderada na sua política religiosa, Maria procura a
reconciliação com Roma,
consagrada em 1554, quando o parlamento votou
o regresso à obediência ao papa.[41]Um
consenso começou a surgir durante o reinado de Isabel
I.
Em 1559, Isabel I retornou ao anglicanismo com o restabelecimento
do Ato
de Supremacia e
do Livro
de Orações de Eduardo
VI.
Através da Confissão
dos Trinta e Nove Artigos (1563),
Elizabeth alcançou um compromisso entre o protestantismo e
o catolicismo romano: embora o dogma se aproximasse do calvinismo,
só admitindo como sacramentos oBatismo e
a Eucaristia,
foi mantida a hierarquia episcopal e o fausto das cerimônias
religiosas.
-
- John
Knox.
- A
Reforma na Inglaterra procurou
preservar o máximo da Tradição Romana (episcopado, liturgia e
sacramentos). A Igreja da Inglaterra sempre se viu como a ecclesia
anglicanae,
ou seja,A
Igreja cristã na Inglaterra e
não como uma derivação da Igreja de Roma ou
do movimento reformista do século XVI. A Reforma Anglicana buscou
ser a "via média" entre Roma e o protestantismo.[45]
- Em
1561, apareceu uma confissão de fé com uma Exortação à Reforma
da Igreja modificando seu sistema de liderança, pelo qual nenhuma
igreja deveria exercer qualquer autoridade ou governo sobre outras, e
ninguém deveria exercer autoridade na Igreja se isso não lhe fosse
conferido por meio de eleição. Esse sistema, considerado
"separatista" pela Igreja Anglicana, ficou conhecido
como congregacionalismo.[46] Richard
Fytz é considerado o primeiro pastor de uma igreja congregacional,
entre os anos de 1567 e 1568, na cidade de Londres.
Por volta de 1570, ele publicou um manifesto intitulado As
Verdadeiras Marcas da Igreja de Cristo.[47] Em
1580, Robert
Browne,
um clérigo anglicano que
se tornou separatista, junto com o leigo Robert Harrison, organizou
em Norwich uma
congregação cujo sistema era congregacionalista,[48] sendo
um claro exemplo de igreja desse sistema.
- Na Escócia, John
Knox (1505-1572),
que tinha estudado com João
Calvino emGenebra,
levou o Parlamento
da Escócia a
abraçar a Reforma Protestante em 1560, sendo estabelecido
o presbiterianismo.
A primeira Igreja Presbiteriana, a Igreja
da Escócia (ou Kirk),
foi fundada como resultado disso.[49]
- Nos
Países Baixos e na Escandinávia[editar | editar
código-fonte]
-
- Erasmo
de Roterdão,
por Hans
Holbein, o Jovem,
1530
- A
Reforma nos Países
Baixos,
diferente de alguns outros países, não foi iniciado pelos
governantes das Dezessete Províncias, mas sim por vários movimentos
populares que, por sua vez, foram reforçados com a chegada dos
protestantes refugiados de outras partes do continente. Enquanto o
movimento anabatista gozava
de popularidade na região nas primeiras décadas da Reforma, o
calvinismo, através da Igreja Reformada Holandesa, tornou a fé
protestante dominante no país desde a década de 1560 em diante. No
início de agosto de 1566, uma multidão de protestantes invadiu a
Igreja de Hondschoote na Flandres (atualmente Norte da França)
com a finalidade de destruir as imagens católicas,[50] [51] [52] esse
incidente provocou outros semelhantes nas províncias do norte e sul,
até Beeldenstorm, em que calvinistas invadiram igrejas e outros
edifícios católicos para destruir estátuas e imagens de santos em
toda a Holanda,
pois de acordo com os calvinistas, estas estátuas representavam
culto de ídolos. Duras perseguições aos protestantes pelo governo
espanhol de Felipe
II contribuíram
para um desejo de independência nas províncias, o que levou
à Guerra
dos Oitenta Anos e
eventualmente, a separação da zona protestante (atual Holanda,
ao norte) da zona católica (atual Bélgica,
ao sul).[49]
- Teve
grande importância durante a Reforma um teólogo holandês: Erasmo
de Roterdã.
No auge de sua fama literária, foi inevitavelmente chamado a tomar
partido nas discussões sobre a Reforma. Inicialmente, Erasmo se
simpatizou com os principais pontos da crítica de Lutero,
descrevendo-o como "uma poderosa trombeta da verdade do
evangelho" e admitindo que, "É claro que muitas das
reformas que Lutero pede são urgentemente necessárias.".[53] Lutero
e Erasmo demonstraram admiração mútua, porém Erasmo hesitou em
apoiar Lutero devido a seu medo de mudanças na doutrina. Em seu
Catecismo (intitulado Explicação
do Credo Apostólico,
de 1533), Erasmo tomou uma posição contrária a Lutero por aceitar
o ensinamento da "Sagrada Tradição" não escrita como
válida fonte de inspiração além da Bíblia, por aceitar no
cânon bíblicoos livros
deuterocanônicos e
por reconhecer os sete sacramentos.[54] Estas
e outras discordâncias, como por exemplo, o tema do Livre
arbítrio fizeram
com que Lutero e Erasmo se tornassem opositores.
-
- Catedral
luterana em Helsinque,Finlândia
- Na Dinamarca,
a difusão das ideias de Luterodeveu-se
a Hans
Tausen.
Em 1536 [55] na
Dieta de Copenhaga,
o rei Cristiano III aboliu a autoridade dos bispos católicos, tendo
sido confiscados os bens das igrejas e dos mosteiros. O rei atribuiu
a Johann Bugenhagen, discípulo de Lutero,
a responsabilidade de organizar uma Igreja
Luterana nacional.[56] A
Reforma na Noruegae
na Islândia foi
uma conseqüência da dominação da Dinamarca sobre
estes territórios; assim, logo em 1537 ela foi introduzida
na Noruega e
entre 1541 e 1550 [55]na Islândia,
tendo assumido neste último território características violentas.
- Na Suécia,
o movimento reformista foi liderado pelos irmãos Olaus Petri e
Laurentius Petri. Teve o apoio do rei Gustavo
I Vasa,[57] que
rompeu com Roma em
1525, na Dieta de Vasteras. O luteranismo,
então, penetrou neste país estabelecendo-se em 1527.[55] Em
1593, a Igreja sueca adotou a Confissão
de Augsburgo.
Na Finlândia,
as igrejas faziam parte da Igreja sueca até o início do século
XIX, quando foi formada uma igreja nacional independente, a Igreja
Evangélica Luterana da Finlândia.
- Em
outras partes da Europa[editar | editar
código-fonte]
- Na Hungria,
a disseminação do protestantismo foi auxiliada pela minoria étnica
alemã, que podia traduzir os escritos de Lutero. Enquanto
o luteranismo ganhou
uma posição entre a população de língua alemã, o calvinismo se
tornou amplamente popular entre a etnia húngara.[58] Provavelmente,
os protestantes chegaram a ser maioria na Hungria até o final do
século XVI, mas os esforços da Contrarreforma no
século XVII levaram uma maioria do reino de volta ao catolicismo
romano.[59]
- Fortemente
perseguida, a Reforma praticamente não penetrou
em Portugal e Espanha.
Ainda assim, uma missão francesa enviada por João
Calvino se
estabeleceu em 1557 numa das ilhas da baía
de Guanabara,
localizada no Brasil,
então colônia de Portugal. Ainda que tenha durado pouco tempo,
deixou como herança a Confissão
de Fé da Guanabara.[60] Por
volta de 1630, durante o domínio
holandês em Pernambuco,
a Igreja
Cristã Reformada (Igreja
Protestante na Holanda) instalou-se no Brasil. Tinha ao conde
Maurício
de Nassau como
seu membro mais ilustre. Esse período se encerrou com aGuerra
da Restauração portuguesa.[61] Na
Espanha, as ideias reformadas influíram em dois monges
católicos: Casiodoro
de Reina,
que fez a primeira tradução da Bíblia para o idioma espanhol,
e Cipriano
de Valera,
que fez sua revisão,[62] originando
a conhecida como Biblia
Reina-Valera.[63]
Nenhum comentário:
Postar um comentário