segunda-feira, 16 de outubro de 2017

O"Tudo me é permitido", mas nem tudo convém. "Tudo me é permitido", mas eu não deixarei que nada domine. 1º Corintos 1:6-12
 
O que nos separa dos monstros?
O nosso senso moral, o que temos por certo e errado, justo e injusto, pelo medo de ferir nossa alma, ou mesmo pelo medo da punição, da cadeia, do julgamento social.
Não roubamos porque sabemos que roubar é errado, mais e os que roubam de consciência tranquila, será que eles não tem consciência?
Não matamos porque sabemos que matar é errado, mais e os que matam de consciência tranquila, será que eles não tem consciência?
Do mesmo modo os que adulteram e o fazem tranquilamente e voltam para os seus lares com a satisfação do dever cumprido, do mesmo modo os que blasfemam e voltam-se para seus afazeres como se nada tivessem feito, do mesmo modo os que no escuro de seus quartos, na solidão de suas revistas, televisores, computadores, viajam na mais profunda das perversidades, assim também o fazem como àqueles que falam dos outros com a naturalidade da xícara de café quente.
Alguns monstros praticam maldades indescritíveis e abomináveis, como chamar a vizinha ao muro para falar mal da vizinha da rua de baixo, alimentando falsos testemunhos, gerando intrigas, matando.
Outros monstros praticam maldades horríveis, como entorpecer-se de álcool ou outras substâncias e ficarem alienados da realidade, viajando em todo tipo de sensações ou então fomentando pensamentos maus, insanos, diabólicos, inocentes perversos, que no final parecem ser hilários.
Há outros monstros que acordam pela manhã e olham aquela pessoa ainda dormindo ao seu lado, sem dar se conta de quem é, ou de onde esta, mesmo assim, sorrirá contando ou não aos amigos.
Posso enumerar mais tipos de monstros, e para cada monstruosidade, basta apenas darmos o primeiro passo.
Para um homicídio, basta a oportunidade e o convencer-se de que nada daquilo foi ruim, para um roubo, basta a oportunidade e o convencer-se de que esta certo, para um porre basta a bebida, para a “viagem” basta a droga, para o adultério basta o sexo e tudo passa pelo primeiro passo.
O primeiro passo para o amor são os olhos, o primeiro passo para o ódio são os olhos, o primeiro passo para a verdade são as palavras, o primeiro passo para a mentira são as palavras, o primeiro passo para a salvação é a ação, o primeiro passo para a perdição é a ação.
Se não vemos, não falamos, não agimos.
Porém, se vemos, falamos e agimos, o passo foi dado, mais há escolhas, livre arbítrio, ou seja, vemos, julgamos, nos posicionamos, falamos e agimos, isso muda tudo, o certo sempre será o certo, pois, o conceito moral é inalterável.
Os dez mandamentos ainda são o principio de toda sociedade, seja ela crente ou não, ainda assim, o pentateuco rege o senso moral de nossas sociedades, somos judaico cristão, seguimos o senso moral de Deus, quer creiamos no próprio Deus ou não.
Fato é que para ser um monstro, não necessitamos necessariamente cometer uma monstruosidade social, a monstruosidade é o pecado, e passa a ser monstro quando passamos a pecar deliberadamente, achando normal a ação.
A nossa “falta” de percepção ao pecado, cria monstros dentro de nós, o olhar a mais, a palavra a mais, o agir.

Vocês observam apenas a aparência das coisas. Se alguém está convencido de que pertence a Cristo, deveria considerar novamente consigo mesmo que, assim como ele, nós também pertencemos a Cristo. 2 Coríntios 10:7

Há um monstro que me come por dentro, dia após dia alimentando-se de minhas fraquezas, convencendo-me de que tudo esta bem, que não tem nada de mais, que as coisas são assim, que isso faz parte da vida, que devemos viver cada segundo, afinal a vida é só esta, há um monstro em mim, que me consome a vida, oferecendo-me a morte a qual aceito e até pago por ela, mesmo achando que a mesma é vida.
Tudo começou pelo olhar, que me faz desejar, depois passou pelo experimentar, que me fez pedir e o mundo me serviu, e nessas ações foram dados os primeiros passos de muito rumo ao engano, rumo a perdição, muito caminhei nesta estrada, e embora convencido de que somente Cristo é o caminho, muitas vezes, diariamente, me vejo buscando atalhos, atalhos que me levarão fora do caminho, vezes percebo-os e fujo deles, noutras vezes ando neles até entender que não é o caminho e tenho de retornar, não é fácil.

Abstende-vos de toda a aparência do mal. 1 Tessalonicenses 5:22
 
E onde mais esta tal aparência senão encravado em meu próprio coração, o qual alimento com minhas fantasias? O pecado segue o mesmo principio do comércio, é a lei da oferta e da procura, a diferença é que o pecado vem sem entrada com preço a prazo, para ser pago na outra vida, o pecado nos dá a vida toda para usufruí-lo, para pagá-lo apenas no dia do juízo, é onde a conta vem, e vem pela eternidade.
Meus desejos estão presos neste mundo de modo que, fico eu postergando minha conversão, acatando o mundo e suas ofertas, Deus fala, faz, e a gente diz, depois, mais o depois poderá ser tardio, de modo que nossa consciência tem de ser para o hoje, o agora o já. Afinal, quem é maior que você, o seu eu que sabe o certo, ou o pecado que o escraviza?
Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça? Romanos 6:16
Então olhamos e não tocamos, sentimos mais não provamos, tocamos mais não possuímos?
Em determinados aspectos sim, pois, a aparência do mal, não é um monstro pernicioso, horrendo e desprezível, ele é antes de tudo, se-du-tor.
Afinal, ninguém em sã consciência acariciaria ou comeria baratas, elas são asquerosas, ao contrário do suculento e maravilhoso bife, ou pudim.
O pecado não tem uma aparência desprezível e sim aprazível aos olhos e aos nossos sentidos, como a bela mulher, ou homem, como a bebida gelada, como as drogas, porque se tais não oferecessem prazeres, não estaríamos a mercê de tais, o mesmo segue para outras monstruosidades, como o roubo e até mesmo o assassinato, pois a literatura, a história esta repleta de personagens e pessoas que sentem prazer em ver o irmão sofrer.
Logo, não podemos nós sermos escravos, porque sabemos da verdade e a verdade é quem liberta pelo nome de Jesus Cristo, o Filho Unigênito do Pai, que junto com o Espírito Santo, regem nossas vidas, e uma vez entregues verdadeiramente na fé, temos a capacidade de fugir da aparência do mal, das seduções deste mundo.

E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. João 8:32

Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. João 8:36

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